O Ministério do Interior do Egito afirmou neste domingo que foram mortos 19 suspeitos de envolvimento em um ataque letal a cristãos coptas há dois dias.
O ataque a tiros contra ônibus que levavam fiéis coptas saídos de uma visita a um mosteiro matou sete pessoas na sexta-feira. Foi o ataque mais mortal a cristãos egípcios no ano.
##RECOMENDA##O atentado, que teve autoria assumida pelo Estado Islâmico, encerra um período de quase um ano em que não havia registro de ataques em território egípcio. A calmaria vinha sendo considerada um sinal de sucesso pelo governo do presidente Abdel Fattah Al Sisi, que prometeu resgatar a segurança no país depois de anos tumultuados no cenário político.
Ex-chefe militar que assumiu o poder após um golpe em 2013, Sisi tem comandado uma batalha contra os militantes do Estado Islâmico concentrados na Península do Sinai, onde eles continuam a promover contínuos ataques contra forças de segurança.
O Estado Islâmico assumiu a responsabilidade por uma série de ataques contra a comunidade copta no Egito, incluindo bombardeios a uma igreja que deixaram dezenas de mortos.
O Ministério do Interior afirmou que as forças de segurança monitoraram suspeitos de participarem do tiroteio até um esconderijo no deserto na província de Minya. Ali foram mortos os 19 suspeitos. A declaração do Ministério não mencionava se houve sobreviventes ou se algum suspeito se rendeu.
Imagens mostrando os corpos ensanguentados e homens deitados na areia do deserto foram divulgadas pelo Ministério egípcio. Armas aparecem ao lado dos corpos. As fotos mostram ainda cabanas rudimentares contendo artigos básicos de alimentação e o que parecem ser bandeiras do Estado Islâmico impressas em papel.
A declaração e as imagens seguem um padrão que o Ministério do Interior do Egito tipicamente usa para anunciar mortes de supostos militantes em combate com policiais. Já houve vários anúncios do tipo este ano.
Um funeral para os fiéis coptas vítimas do ataque ocorreu numa igreja em Minya no sábado, com centenas de pessoas carregando os caixões brancos de seis dos mortos. A sétima vítima foi enterrada separadamente. Fonte: Dow Jones Newswires.