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A advogada Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro (PL), teria omitido em sua declaração do patrimônio enviada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma residência avaliada em mais de R$ 7 milhões (cerca de 13 milhões de coroas norueguesas) em seu nome na Noruega, país onde mora seu atual marido, o carpinteiro Jan Raymond Hansen. A informação é da revista Crusoé desta sexta-feira (11). 

Ana também é apontada como responsável por operar um esquema de desvio de salários de funcionários do gabinete do vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Ela disputou uma vaga à Câmara Federal em 2018, mas não foi eleita.  

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Em sua declaração de patrimônio enviada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2018, quando disputou a vaga no Congresso Nacional, a propriedade no exterior não constava entre seus bens. O TSE exige que os candidatos apresentem sua relação atual de bens contendo o valor declarado à Receita Federal. 

De acordo com a revista Crusoé, o imóvel - do qual Ana Cristina seria dona da metade - está registrado junto à Autoridade Norueguesa de Mapeamento (Kartverket, em norueguês) e fica localizado na cidade de Halden, no interior do país escandinavo. 

Como o imóvel não consta da lista encaminhada ao tribunal eleitoral, existe a suspeita de que ela também tenha escondido o patrimônio ao declarar o imposto de renda, o que configura crime de sonegação fiscal. Segundo o documento obtido pela Crusoé, a ex-mulher de Bolsonaro comprou a casa em fevereiro de 2013.  

Atualmente, ela mora numa mansão localizada no Lago Sul, região nobre de Brasília, junto com o filho Jair Renan Bolsonaro, o “04”. O imóvel está avaliado em cerca de R$ 3 milhões. 

A primeira-dama Michelle Bolsonaro indicou amigos microempresários, com uma espécie de “lista VIP”, aos programas de crédito emergencial com juros baixos promovidos pela Caixa Econômica Federal durante a pandemia da Covid-19, segundo documentos obtidos pela revista Crusoé. Apesar de nenhuma irregularidade ter sido detectada nos valores concedidos, a forma de adesão chamou a atenção da CEF. Michelle teria se encontrado pessoalmente com o presidente do banco federal, Pedro Guimarães.

De acordo com a revista, um e-mail divulgado pela publicação mostra uma assessora da primeira-dama avisando sobre o envio de "documentos dos microempresários de Brasília que têm buscado créditos a juros baixos". A mensagem faz menção a um contato anterior entre Michelle e Guimarães. A Caixa chegou a apurar internamente após notar um “fato estranho” no sistema de controle.

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Ao analisar processos de concessão de empréstimo, a auditoria identificou a sigla PEP, acrônimo para “pessoa exposta politicamente", e chegou a uma lista de indicações feitas pela primeira-dama, que incluía pessoas próximas a ela como a dona de uma rede de confeitarias de Brasília.

Segundo a Crusoé, os integrantes da lista aprovados foram enquadrados no Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) e não há indícios de que os valores liberados extrapolassem os limites previstos pela lei. A maioria das operações de crédito se deu em uma mesma agência, em Taguatinga, no Distrito Federal, que segundo a reportagem foi visitada por auditores que descobriram uma pasta "Indicações" no sistema de computadores. Ela concentraria os pedidos enviados por superiores do banco a respeito destas demandas.

Além da confeiteira, a lista tinha uma empresa com duas lojas em Brasília que já teria sido promovida pela primeira-dama e outras marcas que fazem parte do que a revista chama de um "círculo pequeno de gente bem relacionada" e de indicados por eles.

<p>O último podcast dessa semana sai um dia mais cedo devido ao feriado da Sexta-Feira Santa. Nessa edição, o cientista político Adriano Oliveira faz uma análise sobre a polêmica envolvendo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli e a imprensa. Na última sexta-feira (12), o também ministro Alexandre de Moraes determinou que os sites da revista Crusoé e dO Antagonista retirassem do ar matérias relacionadas a trechos da delação de Marcelo Odebrecht, que citava Toffoli.&nbsp;</p><p>Adriano lembra que desde o início da operação Lava Jato (2014), virou corriqueira a divulgação de delações premiadas e o consequente lixamento moral por parte da mídia e redes sociais. Dessa forma, pessoas que ainda não foram condenadas, nem mesmo investigadas, sofrem as consequências negativas da divulgação. Essa situação fere o Estado de Direito, que afirma que apenas a Justiça pode condenar alguém.&nbsp;</p><p>O programa Descomplicando a política, além da exibição na fanpage do LeiaJá, em vídeo, toda terça-feira, a partir das 19h, também é apresentado em duas edições no formato de podcast, as segundas e sextas-feiras.&nbsp;</p><p>Confira mais uma análise a seguir:</p><p>&nbsp;</p><p>
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