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O vencedor do Oscar Daniel Day-Lewis, de 60 anos, um dos atores mais aclamados de sua geração - anunciou nesta terça-feira (20) que vai se aposentar.

Citando a porta-voz do ator, Leslee Dart, a revista Variety informou que Lewis "deixará de trabalhar como ator".

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"Ele está imensamente grato a todos seus colaboradores e ao público que o acompanhou durante tantos anos", acrescentou Dart.

"Esta é uma decisão privada e nem ele nem seus representantes farão mais nenhum comentário sobre este assunto", completou.

Conhecido por ser seletivo com seus papéis, Day-Lewis foi o único ator a ganhar três vezes o Oscar de Melhor Ator.

O último filme de Day-Lewis será "Phantom Thread", do diretor Paul Thomas Anderson.

O ator, nascido em Londres, ganhou uma estatueta dourada por seu papel em "Meu pé esquerdo" (1989), filme no qual interpretou o escritor e artista Christy Brown, preso a uma cadeira de rodas devido a uma paralisia cerebral.

Seu segundo Oscar foi concedido por seu trabalho em "Sangue negro" (2008), e o terceiro, por "Lincoln" (2013).

Também foi indicado pelos filmes "Em nome do pai" e "Gangues de Nova York".

Sua estreia no cinema foi com "Domingo maldito" (1971), aos 14 anos, e ele voltou a aparecer nas telas somente mais de uma década depois, em 1982.

O ator começou a conhecer o sucesso com "Minha adorável lavanderia" e "Uma janela para o amor", ambos de 1985, e interpretou papéis memoráveis em "A insustentável leveza do ser" (1988) e "O último dos moicanos" (1992).

Daniel Day-Lewis é filho do poeta britânico Cecil Day-Lewis e da atriz Jill Balcon e tem três filhos.

Segundo a revista Variety, Daniel Day-Lewis pretende se aposentar da carreira de ator. Leslee Dart, agente do ator, não divulgou os motivos da aposentadoria, mas deu um depoimento agradecendo o apoio dos fãs. “Ele está imensamente grato com todos os colaboradores e o fãs que o acompanharam ao longo dos anos. É uma decisão privada e nem ele, nem seus representantes farão qualquer comentário futuro sobre o assunto".

O último filme que Day-Lewis protagoniza é “Phantom Thread”, que está em pré-produção e tem previsão de estreia para 2018 no Reino Unido. O longa é dirigido por Paul Thomas Anderson e ainda não teve sinopse oficial divulgada, mas a trama gira em torno da indústria da moda na Nova York da década de 1950.  

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Daniel Michael Blake Day-Lewis tem 60 anos e nasceu em Londres em 27 de abril de 1957. É filho do poeta inglês Cecil Day-Lewis. Começou sua carreira no cinema nos anos 70 com o filme “Domingo Maldito”. Em 1985, Day-Lewis recebeu o seu primeiro papel como protagonista com o longa “Minha Adorável Lavanderia”. O primeiro Oscar da carreira do ator veio com a personagem Christy Brown do filme “Meu Pé Esquerdo” de 1989, depois disso Daniel Day-Lewis recebeu mais dois Oscars: Sangue Negro de 2007 e Lincoln de 2012. Daniel Day-Lewis é o único profissional da área a receber três Oscars de melhor ator. 

O filme Argo, dirigido pelo diretor e ator norte-americano Ben Affleck e produzido por George Clooney, venceu neste domingo, em Londres, a premiação do cinema britânico Bafta de melhor filme. O longa-metragem, que retrata a retirada de diplomatas norte-americanos do Irã durante a Revolução Iraniana, superou Lincoln de Steven Spielberg, As aventuras de Pi, de Ang Lee, Os Miseráveis, de Tom Hooper e A hora mais escura, de Kathryn Bigelow.

Ben Affleck recebeu o prêmio de melhor diretor na grande noite do cinema britânico, enquanto Daniel Day-Lewis conquistou o prêmio de melhor ator por sua interpretação em Lincoln e a francesa Emmanuelle Riva levou o título de melhor atriz com Amor. Anne Hathaway recebeu o prêmio de melhor atriz coadjuvante pela atuação como Fantine no musical Os Miseráveis e Christoph Waltz o de melhor ator coadjuvante por seu papel em Django.

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O chileno Claudio Miranda obteve o prêmio de melhor fotografia por A vida de Pi.

Com "Lincoln", o cineasta Steven Spielberg lança um filme ambicioso sobre a abolição da escravidão nos Estados Unidos, apresentado como um retrato intimista do 16º presidente dos Estados Unidos, que é interpretado pelo britânico Daniel Day-Lewis.

Exibido em outubro no Festival de Cinema de Nova York e, na quinta-feira, no encerramento do AFI Fest de Hollywood - que tradicionalmente marca o início da corrida pelo Oscar -, "Lincoln" estreia sexta-feira na América do Norte e em 25 de janeiro no Brasil.

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Spielberg sonhava há mais de uma década com a ideia de dirigir um filme sobre Abraham Lincoln, assassinado em abril de 1865 e, sem dúvida, o presidente mais reverenciado da história americana.

"Sempre tive um fascínio pessoal pelo mito de Abraham Lincoln", disse o cineasta em uma entrevista coletiva em Los Angeles no fim de outubro, antes de lamentar que o personagem tenha sido reduzido a "uma espécie de estereótipo cultural nacional".

De maneira espantosa, o cinema não se interessa seriamente pela figura histórica do presidente desde 1939, quando John Ford dirigiu "A Mocidade de Lincoln", protagonizado por Henry Fonda.

Para o projeto, Steven Spielberg decidiu não embarcar em uma biografia sobre a vida do homem de Estado republicano.

"Teríamos dilatado muito, tanto os criadores como os atores", afirmou o cineasta, vencedor de três prêmios Oscar.

"Teríamos mostrado apenas os momentos-chave, as grandes frases, sem poder mostrar a profundidade deste homem", disse.

Com a cumplicidade do roteirista e dramaturgo Tony Kushner, Spielberg decidiu concentrar a ação nos últimos meses da vida do presidente e mostrar seus esforços a favor do fim da escravidão, enquanto a guerra civil ainda devastava o país.

O resultado é um filme de formato intimista, único na filmografia de Spielberg. Rodado quase totalmente em cenários internos, sem grandes cenas espetaculares - com exceção de um campo de batalha no início -, o drama se concentra nos diálogos e nas atuações.

No elenco estão ainda Tommy Lee Jones, que interpreta um defensor da abolição, Sally Field no papel de Mary, a esposa do presidente, e Joseph Gordon-Levitt como o filho Robert.

No papel de Lincoln, o britânico Daniel Day-Lewis tem mais uma interpretação brilhante e é presença praticamente certa na cerimônia do Oscar, em 24 de fevereiro em Los Angeles.

O ator, que venceu duas estatuetas da Academia por "Meu Pé Esquerdo" (1989) e "Sangue Negro" (2008), é famoso por ser muito exigente ao escolher seus papéis.

Ele mesmo admitiu que hesitou por muito tempo a aceitar o papel de um "homem cuja vida foi mitificada a tal ponto que existe o risco de de não poder representá-la corretamente".

"Não sabia se poderia fazê-lo. A última coisa que queria era manchar irrevogavelmente a reputação do maior presidente dos Estados Unidos", explicou Day-Lewis.

"Foi difícil de convencê-lo. Mas se ele tivesse falado não, eu não teria feito o filme", confirmou Spielberg.

O cineasta explicou que aguardou deliberadamente as eleições americanas (vencidas pelo presidente democrata Barack Obama) para a estreia do filme, evitando assim a politização do longa-metragem.

"As ideologias políticas dos dois partidos (republicano e democrata) deram um giro de 180 graus em 150 anos. É tudo muito confuso, agora todos reivindicam a figura de Lincoln para seu próprio lado", resumiu.

"O presidente representa cada um de nós e o que ele fez basicamente provocou todas as oportunidades que nós estamos desfrutando hoje em dia", concluiu o cineasta.

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