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Na última quarta-feira (7), o youtuber Daniel Penin publicou em seu canal a segunda parte de um vídeo em que explica como funciona o site de apostas Blaze, que ganhou visibilidade por patrocinar o jogador Neymar, o empresário Felipe Neto, clubes de futebol, entre outros influenciadores digitais no Brasil. No vídeo, Penin apresenta o caminho que percorreu na internet para tentar descobrir quem é o dono da empresa, tendo encontrado o nome do proprietário do domínio do site brasileiro, Erick Loth Teixeira.

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Erick Loth Teixeira (circulado em vermelho), ao lado do comediante Fábio Porchat (centro). Foto: Reprodução/Redes sociais

Apesar de não ter divulgado o nome nem as imagens de Teixeira no vídeo, por não haver respaldo legal, além de saber que as provas apresentadas podem ser refutadas, Penin mostrou uma foto onde ele aparece com outras celebridades, como o comediante e apresentador Fábio Porchat. Apesar de não ser um rosto anônimo, sendo conhecido nas redes sociais, e aparecer rodeado de famosos, Teixeira não é o primeiro nome que aparece nas pesquisas relacionadas à Blaze, mas sim o influencer Jon Vlogs, conhecido por ser um dos nomes patrocinados pela empresa, e ter grande visibilidade nas redes.

Após a publicação do vídeo de Penin, Vlogs comentou na sua conta no Twitter que em breve vai se pronunciar para mostrar que as especulações contra ele, e contra a Blaze, são falsas.

Jon Vlogs comentou no Twitter após a publicação do vídeo de Penin. Foto: Reprodução/Twitter

Em um podcast para o qual foi convidado, Vlogs falou que ele havia apresentado a ideia de divulgar a Blaze por meio de influenciadores, publicando stories no Instagram. O convite feito a famosos para fazer a divulgação acontece por meio de contrato, que estabelece uma porcentagem de ganhos para o influenciador à medida que seu cupom é utilizado por seguidores.

Mesmo sendo um site de apostas e de jogos de azar, atividades proibidas por lei no Brasil, uma das instruções dadas aos influenciadores é de não utilizar as palavras “aposta/cassino/dinheiro” nos vídeos, nem nos títulos.

Os contratos podem chegar a R$ 50 milhões, como é o caso de Felipe Neto, e Penin expõe o influenciador por defender a existência do site. Uma das publicações na sua conta do Instagram, Neto chegou a falar do site como uma forma de ganhar uma “renda extra”, e foi criticado nas redes por utilizar de uma atividade irregular no Brasil para ter lucros individuais. Em discussão no Twitter, Felipe Neto afirmou que a postagem em questão foi um erro, corrigido logo depois.

Post de Felipe Neto explica que a Blaze é uma forma de "conseguir uma renda extra". Foto: Reprodução/Instagram

“O senhor se colocou como paladino da justiça e defensor dos pobres, e por baixo dos panos você lucrou a perda do dinheiro desses pobres que confiavam em você. Escolhendo ou não escolhendo, você ganhou das perdas de todo mundo, porque o dinheiro que pagou você veio das perdas de outras pessoas”, declarou em seu vídeo.

Entenda o caso

A Blaze é um site de apostas e de jogos de azar, que já existe há cerca de dois anos. Ao entrar no site, o usuário pode participar de algum jogo com a possibilidade de ganhar dinheiro a cada vitória, mas é preciso comprar créditos para continuar jogando, dobrar o valor que ganhou na primeira vitória e assim receber o valor na sua conta bancária.

O problema surge no momento em que uma pessoa tenta realizar o saque do valor ganhado, que geralmente não cai na conta. A plataforma conta com mais de 5,7 mil reclamações no site Reclame Aqui, e se alguém entra na justiça para reaver o dinheiro perdido, não encontra nenhum representante legal da empresa no Brasil.

Futebol

Atualmente a Blaze é patrocinadora do Santos, mas também já patrocinou o Botafogo. Na época em que havia fechado contrato com o time carioca, os dirigentes do clube chegaram a ser questionados quem representou a empresa na assinatura do contrato, e eles se negaram a responder.

Blaze no mundo

Segundo o portal de análise de tráfego online SimilarWeb, a casa de apostas virtuais chegou a ter mais de 41 milhões de acessos só no mês de abril, sendo 98,93% só no Brasil. Segundo Daniel Penin, o número pode facilmente chegar a 100%, se contar que os acessos vindos de outros países podem ter sido de brasileiros utilizando uma rede privada virtual (VPN), que protege de onde o usuário estaria acessando o site.

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