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O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) determinou que Dávine Muniz Cordeiro seja transferida para um hospital particular nesta terça (3). A professora de Inglês de 34 anos está internada na UTI do Hospital da Restauração, na área central do Recife, desde o dia 22, quando sofreu traumatismo craniano após ser arremessada por um brinquedo do Mirabilandia.

A decisão da juíza Dilza Christine Lundgren de Barros, publicada nessa segunda (2), concedeu o prazo de 24h para que o parque de diversões arque com os custos do translado e do tratamento. O prazo encerra às 16h e, em caso de descumprimento, o estabelecimento vai pagar multa diária de R$ 5 mil.

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A família indicou que Dávine será transferida ao Hospital São Marcos, no bairro da Boa Vista, na área central da cidade, e espera que a remoção ocorra até o fim da tarde.

"Até agora o parque não se pronunciou, mas o que a gente já sabe e que só vão se pronunciar aos 45 minutos do segundo tempo", afirmou o primo Ricardo Lima.

Dávine passou por uma traqueostomia nesta segunda e segue respirando com a ajuda de aparelhos. A família informou que seu quadro permanece estável e sem intercorrências.

"Dávine continua apresentando uma melhoria muito significativa. Ontem ela passou por uma traqueostomia no fim da tarde para deixar ela mais confortável e agilizar a transferência", comentou Ricardo.

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A reportagem procurou o Mirabilândia para confirmar a intenção de cumprir a liminar. O parque segue interditado e, através de nota, pontuou que "a assessoria jurídica está avaliando a medida a tomar, dentro do prazo legal".

O Hospital da Restauração não foi autorizado a repassar informações sobre a paciente, mas a equipe médica teria liberado a transferência na manhã da sexta (29). O Hospital São Marcos chegou a ser procurado por um dos gestores do Mirabilandia para receber a professora. Contudo, ele desistiu no mesmo dia.

A direção do Mirabilândia informou que a transferência de Dávine Muniz Cordeiro do Hospital da Restauração, na área central do Recife, para uma unidade particular ainda depende da autorização dos médicos. A coordenadora de um curso de Línguas, de 34 anos, caiu de uma altura de 12 metros, na sexta (22), depois das correntes do brinquedo em que estava arrebentarem.

Em um comunicado, a gestão do parque de diversões indicou que vem prestando suporte financeiro para a recuperação da jovem e que vai auxiliar na remoção para um hospital particular.

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. "O Mirabilandia em nenhum momento se negou ou deixou de procurar a família para dar o suporte necessário, psicológico e financeiro. E tem procurado atender as demandas dos familiares, com o custeio de suas despesas, bem como despesas de médicos e psicólogos especializados", assegurou. "Neste momento, a questão fundamental é a plena recuperação de Dávine, muito além do custeio de despesas da família, médicos e psicólogos", frisou o texto.

O Hospital da Restauração (HR) apontou que a família proibiu que as informações sobre o estado de saúde da professora sejam repassadas. A família ainda alega que o parque havia indicado que arcaria com todo o tratamento em uma unidade particular.

 Socorrida com um quadro de traumatismo craniano e fraturas espalhadas pelo corpo, a paciente passou por uma cirurgia na cabeça e permanece na UTI do HR desde o dia do acidente.

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Uma das advogadas da mulher de 34 anos que ficou gravemente ferida após cair de um brinquedo no Mirabilândia, em Olinda, na sexta (22), disse que o médico contratado pelo parque de diversões teve acesso ao prontuário da paciente durante uma visita ao Hospital da Restauração, no Recife. Entretanto, esse mesmo documento teria sido negado ao médico da família da paciente.

A advogada Priscila Alves afirmou, nessa quinta (28), que o médico de confiança da família foi barrado pela direção do hospital de entrar na UTI, na terça (27).

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"Não temos acesso a um prontuário médico, não temos acesso a um boletim que diga que ela tem segurança para ser transferida. Estamos tentando protocolar um pedido para que nos seja fornecido um parecer médico [...] Chego lá embaixo, dizem que é o setor de protocolo, o protocolo diz que é outro setor, e chega-se ao ponto que eu não consigo protocolar esse pedido", reclamou Priscila.

Ela também contou que o médico do parque de diversões teve acesso livre às mesmas dependências que o profissional indicado pela família teria sido proibido.

"É uma questão bem delicada. A família, inclusive, trouxe um médico de confiança para acessar o hospital. De igual modo, o parque possui um médico que tem livre acesso à UTI; isso é de conhecimento de todos. Nós também queremos essa paridade. Porque se o parque tem acesso livre para discutir parecer médico e condições clínicas, nós também queremos essa condição", apontou a advogada.

Internada desde o dia do incidente, há uma semana, Dávine Muniz Cordeiro sofreu traumatismo craniano e passou por uma cirurgia na cabeça. Ela também teve diversas fraturas pelo corpo e foi colocada em coma induzido pela equipe médica.

O pai da paciente, José Leandro Cordeiro, criticou os gestores do Mirabilândia pela falta de apoio. "Não recebi informação nenhuma, apoio logístico, solidário, de ninguém. A não ser, assim, as informações que recebi por intermédio de terceiros", disse.

"O estado da minha filha é muito grave. Só peço à providência divina, aos médicos, para fazer com que minha filha volte ao seio familiar", continuou. 

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