Na última segunda-feira (15), a China teve parte da região norte e da capital afetada por uma tempestade de areia. O ocorrido provocou o cancelamento de mais de 400 voos nos dois principais aeroportos de Pequim, por conta dos ventos fortes e o perigo da baixa visibilidade. Segundo o Centro Meteorológico Nacional, o fenômeno foi o mais intenso da última década.
A tempestade chegou sem previsão e atingiu cidadãos que estavam nas ruas. Com a visão debilitada, eles se protegeram como puderam, precisaram usar óculos para proteger a visão e conseguiam enxergar até 300 metros à frente. Os prédios no centro de Pequim não podiam ser vistos, e até o sol ficou com o brilho opaco diante da quantidade de areia que o fenômeno carregava.
##RECOMENDA##O fenômeno começou no deserto de Gobi, na divisa da região norte da China com a região sul da Mongólia. A área está entre os cinco maiores desertos do mundo, com uma extensão de aproximadamente 1.125.000 km², onde as tempestades costumam ocorrer com frequência na primavera.
Ainda está em pauta quanto a poluição tem influência sobre esse fenômeno. Nos últimos anos, o Partido Comunista da China tenta reduzir a emissão de gases carbônicos, seja em Pequim ou em outras regiões. Segundo a organização, uma meta foi estipulada para que nos próximos cinco anos haja queda de 18% na taxa de emissão. De acordo com dados divulgados pelo Global Carbon Atlas, a China é o país com maior índice de emissão de dióxido de carbono desde 2007.