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De acordo com os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Ministério da Defesa informou, nesta sexta-feira (12), que os alertas de desmatamento na região amazônica em janeiro tiveram queda de 70% em comparação do mesmo mês no ano passado. Em janeiro de 2020 foram 284 km² de áreas afetadas, contra 86 km² no mês passado.

Em um recorte maior, nos últimos seis meses, os dados revelam que houve uma redução de alertas de desmatamento de 988 km², esse registro representa uma queda de 21%. O número total corresponde a uma área maior que a cidade de São Paulo, que possui 950 km². Segundo o Ministério da Defesa, esse bom desempenho reflete no projeto coordenado pelo Conselho Nacional da Amazônia Legal, em especial, por meio da Operação Verde Brasil 2.

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De maio de 2020 a janeiro de 2021 foram aplicadas mais de 4.842 multas, resultando em mais de R$ 3 bilhões. Neste período também foram apreendidos mais de 331 mil metros cúbicos de madeira, 1.699 embarcações, 326 tratores e 20 aviões/helicópteros.

O governo federal já prepara a saída das Forças Armadas da região. O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, confirmou essa semana que a operação em vigor desde maio encerra no dia 30 de abril. A fiscalização voltará a ser comandada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Por Rafael Sales

O bioma Mata Atlântica perdeu 13.312 hectares de área em um ano no Brasil, o que corresponde a 133 quilômetros quadrados (km²), segundo o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica divulgado nesta terça-feira pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe) e pela Fundação SOS Mata Atlântica, que analisa o período de 2010 para 2011. Minas Gerais liderou o desmatamento, com 6.339 hectares.

A Bahia ficou na segunda posição, com desflorestamento de 4.686 hectares. Na sequência vêm Mato Grosso do Sul (588), Santa Catarina (568), Espírito Santo (364), São Paulo (216), Rio Grande do Sul (111), Rio de Janeiro (92), Paraná (71) e Goiás (33).

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O ritmo de desmatamento é inferior ao registrado no Atlas anterior, que analisou dois anos até 2010, quando o bioma perdeu ao todo 31.195 hectares.

Os Estados de Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo foram avaliados parcialmente no estudo, por causa da cobertura de nuvens que prejudicou a captação de imagens por satélite. O estudo analisou dez dos 17 Estados que possuem o bioma, que representam 93% da área total de Mata Atlântica.

"Embora tenha tido uma leve queda, provavelmente o índice apresentado hoje seria maior se não tivéssemos problemas com nuvens. O (ritmo de) desmatamento continua estável, o que é preocupante", disse a coordenadora do Atlas pelo SOS Mata Atlântica, Marcia Hirota, em referência a Minas Gerais e Bahia, que encabeçam o ranking dos que mais desmataram no período.

Em relação aos municípios, os pesquisadores alertam para a região que chamam de "triângulo do desmatamento", entre Bahia e Minas Gerais. No ranking dos municípios, cidades dos dois Estados ficam no topo.

Nos últimos 25 anos, a Mata Atlântica perdeu 1.735.479 hectares, ou 17.354 km², ficando reduzida a 7,9% de sua área original, se considerados os remanescentes florestais em fragmentos acima de 100 hectares, representativos para a conservação de biodiversidade.

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