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O ex-vice-presidente Hamilton Mourão pode trocar o Republicanos, sua atual legenda, pelo Partido Novo. De acordo com o colunista do Metrópoles, Igor Gadelha, Mourão não gostou da adesão de seu partido ao Governo Lula.

Na última quarta-feira (6), o deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) foi anunciado como novo ministro de Portos e Aeroportos. A posse do republicano está prevista para acontecer no dia 13 de setembro.

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Segundo Igor Gadelha, o general da reserva já iniciou conversas com o Partido Novo, que tem como principal expoente na atualidade o governador de Minas Gerais, Romeu Zema. Tanto o presidente nacional da sigla, Eduardo Ribeiro, coom o senador Eduardo Girão (Novo-CE) trabalham para articular a entrada de Mourão no partido. 

Na tentativa de evitar a debandada de quadros, o Republicanos publicou uma nota em que nega fazer parte da base do governo. Nos últimos anos, o partido se consolidou nos campos da direita e da extrema-direita, filiando nomes como o atual governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas, que foi ministro do ex-presidente Jair Bolsonaro.

 

A operação deflagrada pela Polícia Federal na quarta-feira, 22, para desmantelar um plano criminoso do PCC que mirava o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) provocou uma discussão nas redes sociais que envolveu, além do ex-juiz, os também senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Hamilton Mourão (Republicanos-RS).

Líder do governo no Congresso, Randolfe disse que Moro buscava politizar o plano do PCC e classificou a ação como "mau-caratismo" do ex-juiz. Para Randolfe, o fato de Moro ter sido informado com antecedência sobre a investigação e a Polícia Federal (PF), sob comando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ter agido de forma "republicana" ao proteger o ex-juiz são justificativas para uma não politização do episódio.

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Moro reagiu nas redes sociais e criticou a postura de Randolfe. "No dia em que foi descoberto um plano do PCC para me matar e a minha família, o Senador vem me chamar de mau caráter!?", escreveu.

Antes, o ex-vice-presidente e atual senador Hamilton Mourão já havia saído em defesa de Moro ao relembrar nas redes sociais declaração de Lula no dia anterior. O petista afirmou ao site Brasil 247 que, quando era perguntado se estava bem durante o período em que esteve preso em Curitiba, respondia: "Só vai ficar bem quando eu f... com o Moro".

Mourão, então, publicou em suas redes sociais. "Quando o Presidente da República tem por objetivo f… um magistrado que cumpriu sua função, ele mostra todo o seu desprezo pelo Estado Democrático de Direito. Na realidade, ele está f... o seu País", disse.

Operação

Na quarta-feira, 22, a Polícia Federal (PF) tornou pública a Operação Sequaz contra uma quadrilha ligada ao PCC que pretendia atacar servidores públicos e autoridades, planejando assassinatos e extorsão mediante sequestro em quatro Estados e no Distrito Federal. Ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro, Moro era um dos alvos da facção. Investigadores do caso desconfiam que toda a vigilância sobre a família do ex-juiz tinha como mais provável objetivo o sequestro do senador; sua mulher, a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP); e dos filhos, que seriam mantidos reféns em uma das chácaras, para obrigar o Estado a negociar a libertação de Marcola ou sua retirada do sistema penal federal.

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, reagiu duramente às declarações dadas pelo ex-vice-presidente Hamilton Mourão, que criticou o governo Lula pela troca de comando no Exército.

Nas redes sociais, Joaquim Barbosa pede a Mourão que o agora senador eleito pelo Republicanos "poupe-nos da sua hipocrisia, do seu reacionarismo, da sua cegueira deliberada e do seu facciosismo político". Barbosa afirma que "fatos são fatos!" e pede "mais respeito a todos os brasileiros!"

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Os comentários foram feitos após Mourão divulgar uma entrevista publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, neste sábado, 21, em que Mourão critica a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ter determinado a demissão do comandante do Exército, Júlio Cezar Arruda, por insubordinação e resistência em anular a nomeação do ex-braço direito de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, que seria enviado para o comando de um batalhão do Exército em Goiânia (GO).

Mourão afirmou que, "se o motivo foi tentativa de pedir a cabeça de algum militar, sem que houvesse investigação, mostra que o governo realmente quer alimentar uma crise com as Forças e em particular com o Exército. Isso aí é péssimo para o país", disse Mourão à Folha.

Joaquim Barbosa respondeu. "Mais respeito a todos os brasileiros! ‘Péssimo para o país’ seria a continuação da baderna, da ‘chienlit’ (termo francês para se referir à baderna ou confusão, em tradução livre) e da insubordinação claramente inspirada e tolerada por vocês, militares", escreveu, mandando um conselho para Mourão, que agora será senador.

"Senhor Mourão, assuma o mandato e aproveite a oportunidade para aprender pela primeira vez na vida alguns rudimentos de democracia! Não subestime a inteligência dos brasileiros!"

A reportagem enviou uma mensagem a Hamilton Mourão, para que o senador eleito se manifestasse a respeito das declarações de Joaquim Barbosa. Não houve resposta até a publicação deste texto.

Segundo relatos colhidos pela reportagem no Exército e no Planalto, o general Júlio Cezar Arruda foi demitido por três fatores principais. Primeiro, Lula ficou irritado com a resistência no Comando do Exército de permitir a prisão no acampamento de bolsonaristas em frente ao Quartel-General em Brasília, na noite da invasão e depredação das sedes dos Poderes. Pesou também para a demissão do comandante os fortes indícios de que o Comando Militar do Planalto, ligado ao Exército, falhou significativamente na contenção dos ataques.

O terceiro fator, visto como a gota d’água nas relações de confiança, foi a resistência de Arruda para exonerar o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, conhecido como "coronel Cid". Fiel escudeiro de Jair Bolsonaro e ajudante de ordens do ex-presidente, Cid foi nomeado para chefiar o 1.º Batalhão de Ações de Comando do Exército em Goiânia. Foi grande a pressão para que a nomeação fosse cancelada por Arruda, o que não ocorreu. O general foi demitido um dia após ele e os comandantes da Marinha e da Aeronáutica se reunirem com Lula e os ministros da Defesa e da Casa Civil, Rui Costa.

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O presidente da República em exercício, senador eleito Hamilton Mourão (Republicanos), destacou, em mensagem institucional de fim de ano, que a alternância do poder em uma democracia "é saudável e deve ser preservada". De acordo com Mourão, em 1º de janeiro de 2023, o País mudará de governo, "mas não de regime", com a posse do presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em uma contextualização sobre o governo de Jair Bolsonaro, o qual foi vice-presidente, e citando as eleições presidenciais, Mourão citou o silêncio de líderes que deixaram que no País se criasse um "clima de caos". 'Lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um projeto de País deixaram com que o silêncio ou o protagonismo inoportuno e deletério criasse um clima de caos e de desagregação social e de forma irresponsável deixaram que as Forças Armadas de todos os brasileiros pagassem a conta, para alguns por inação e para outros por fomentar um pretenso golpe", disse.

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Desde a derrota nas eleições presidenciais, Bolsonaro fez longos períodos de silêncio, mesmo diante de protestos no País nas rodovias nacionais.

O presidente da República em exercício agradeceu os votos dos apoiadores do governo. "Desejo concitá-los a lutar pela preservação da democracia, dos nossos valores, do estado de direito e pela consolidação de uma economia liberal, forte, autônoma e pragmática e que nos últimos tempos foi tão vilipendiada e sabotada por representantes dos três poderes da República, pouco identificados com o desafio da promoção do bem comum", disse, retomando os ataques do governo por falta de equilíbrio entre os Poderes, especialmente no Judiciário.

Na avaliação de Mourão, a falta de confiança de parcela significativa da sociedade nas principais instituições públicas "decorre da abstenção intencional desses entes do fiel cumprimento dos imperativos constitucionais".

Segundo ele, isso gera uma "equivocada canalização de aspirações e expectativas para outros atores públicos que, no regime vigente, carecem de lastro legal para o saneamento do desequilíbrio institucional em curso".

Às lideranças eleitas, o vice-presidente disse que cumpre o dever de dar continuidade aos projetos iniciados e direcionar seus esforços para assegurar uma democracia "pujante e plural, em um ambiente seguro e socialmente justo". Já aos que farão oposição do governo Lula 3, Mourão destaca que cumprirá a missão de "opor-se a desmandos, desvios de conduta e a toda e qualquer tentativa de abandono do perfil democrático e plural, duramente conquistado por todos os cidadãos". "Buscando-se a redução das desigualdades por meio da educação isenta e eficaz, criando oportunidades iguais a todos os brasileiros", reiterou.

"Tranquilizemo-nos", pediu Mourão. "Retornemos à normalidade da vida, aos nossos afazeres e ao concerto de nossos lares, com fé e com a certeza de que nossos representantes eleitos farão dura oposição ao projeto progressista do governo de turno, sem, contudo, promover oposição ao Brasil".

Ao finalizar o discurso, ele pede que "o nosso amado Brasil continue sua caminhada na direção de seu destino manifesto, tornando-se a mais próspera e bem-sucedida democracia liberal ao Sul do Equador".

Mourão assumiu a chefia do Executivo na sexta, após o presidente Jair Bolsonaro viajar para os Estados Unidos, onde passará a virada do ano.

Este ano foi a primeira vez que Bolsonaro não fez um pronunciamento de Natal em cadeia nacional, como em 2019, 2020 e 2021.

O senador eleito e presidente da República em exercício, Hamilton Mourão (Republicanos-RS), convocou cadeia nacional de rádio e TV para este sábado, 31, para divulgar uma mensagem de fim ano.

Ele fará o pronunciamento no lugar do presidente Jair Bolsonaro, que está neste momento em voo para os Estados Unidos. A mensagem de 7 minutos será veiculada amanhã às 20h.

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A Presidência da República prestou em nota oficial divulgada pela Secretaria de Comunicação nesta quinta, 29, condolências a familiares e amigos de Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, morto hoje em São Paulo aos 82 anos. No final, a nota informa também que o presidente Jair Bolsonaro, "roga a Deus que o receba em seus braços e dê força e fé a toda a sua família e amigos".

Leia abaixo a nota oficial.

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"O Governo Federal, por meio da Presidência da República, presta suas condolências aos familiares e amigos de Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, em razão de seu falecimento na cidade de São Paulo.

Pelé, o Rei do Futebol, foi um dos maiores atletas de todos os tempos. O único tricampeão mundial demonstrou por suas ações que, além de grande atleta, foi também um grande cidadão e patriota, elevando o nome do Brasil por onde passou.

O Presidente da República, Jair Bolsonaro, roga a Deus que o receba em Seus braços e dê força e fé a toda a sua família e amigos para superar esse difícil momento."

Mourão

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos), publicou no Twitter a sua homenagem a Pelé, morto aos 82 anos: "Hoje nos despedimos do Rei! Valoroso atleta e militar, Pelé encheu nossos corações de alegria. A Vice-Presidência da República, seus admiradores e amigos, enlutados, lamentam o falecimento do maior jogador de futebol do mundo. Que Jesus Cristo abençoe e conforte toda família."

Em mais uma aparição em público, dessa vez na cerimônia em homenagem ao Dia do Marinheiro em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (PL) não discursou no evento nesta terça-feira (13). No local, um narrador leu uma mensagem em nome do presidente.

Ele afirma que Bolsonaro está se sentindo "um legítimo herdeiro da coragem, bravura e resiliência de Tamandaré [patrono da Marinha no Brasil]" e cita que o militar atuou "em defesa dos interesses nacionais e liberdade do povo".

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Na ocasião, o presidente se manteve sentado ao lado do vice-presidente Hamilton Mourão. Além disso, o único a discursar no evento foi o comandante da Marinha, Almir Garnier Santos. Ele falou sobre o forte sentimento de nacionalismo dos brasileiros: "Lutam incansavelmente pelo ideal de um Brasil cada vez melhor, verdadeiramente livre e completamente soberano”.

O vice-presidente Hamilton Mourão, senador eleito pelo Republicanos do Rio Grande do Sul, afirmou na última sexta-feira (2) que os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) devem aceitar a vitória do futuro presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Está chegada a hora de as pessoas compreenderem que ele foi eleito e agora tem de governar", disse. Desde a divulgação do resultado do segundo turno, apoiadores do chefe do Executivo têm protestado na frente de quartéis e em rodovias contra o resultado das urnas. Mourão defendeu as manifestações, alegando que as pessoas estão demonstrando seu "inconformismo" com o processo eleitoral".

"Em primeiro lugar, as pessoas que estão nas ruas se manifestando de forma ordeira e pacífica, e muitas vezes sendo taxadas de golpistas e antidemocráticas, estão externando seu inconformismo com um processo eleitoral que teve os seus vícios. O principal vício ocorreu quando a Suprema Corte simplesmente anulou todos os processos aos quais o ex-presidente Lula foi submetido, julgado e condenado. É algo que, na minha visão, foi uma manobra jurídica que permitiu que o ex-presidente voltasse ao jogo", disse o atual vice, em entrevista ao site Gaz, do Rio Grande do Sul.

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"Tenho certeza de que os protestos teriam que ter acontecido naquele momento, não agora. A partir do momento em que aceitamos participar do jogo com esse jogador, que não poderia participar, tudo poderia acontecer, inclusive ele vencer, conforme venceu. Está chegada a hora de as pessoas compreenderem que ele foi eleito e agora tem que governar."

Intervenção militar

Mourão alegou ainda que uma intervenção militar no dia ou antes da posse de Lula seria uma medida "extrema", para a qual "não há uma causa". "(A intervenção) é um movimento que não pode acontecer porque as consequências para essa mesma população que está na rua protestando seriam terríveis. É importante que as pessoas compreendam que não temos liberdade de manobra para uma ação fora do que prevê a Constituição. Isso redundaria em sanções contra o nosso País e, consequentemente, desvalorização da nossa moeda e aumento de juros e inflação, uma situação muito difícil", explicou o vice-presidente.

Sobre a passagem da faixa presidencial, Mourão voltou a negar a possibilidade de Bolsonaro renunciar ao final do ano para escapar da cerimônia. "Pelo que sei, o presidente não irá passar a faixa e também não irá renunciar. Consequentemente, alguém colocará a faixa em uma almofada e entregará ao novo presidente após ele subir a rampa", disse.

O vice-presidente Hamilton Mourão disse que o presidente Jair Bolsonaro estava "meio triste" ao participar da cerimônia realizada na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende (RJ), no sábado, 26. Foi o primeiro evento público ao qual o chefe do Executivo compareceu após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições.

As câmeras que transmitiam a cerimônia capturaram o momento em que Mourão fala algo a Bolsonaro. Questionado sobre o teor da conversa, Mourão respondeu hoje que recomendou ao presidente cumprimentar apoiadores, que entoavam gritos de "mito" no local.

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"Eu falei que tinha aquela porção de gente que queria tirar foto com ele, pedi pra ele 'vai lá, tira uma foto com o povo, pô'. Só isso aí", disse o vice-presidente a jornalistas nesta terça-feira, 29.

Mourão também foi indagado sobre a falta de resposta do presidente. "Ele estava meio triste", respondeu.

Apesar do episódio, o vice-presidente afirmou que a transição de governo para a gestão do presidente eleito Lula "está andando". Nesta terça, Mourão recebeu o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) para um café no Palácio do Planalto.

Ele ainda minimizou o fato de Bolsonaro não participar da transição. "Presidente não participa da transição. Já recebeu o Alckmin aí, deixa pra lá. Está bom. Está tudo andando. Está tudo tranquilo", garantiu.

Segundo Mourão, Alckmin quis entender a estrutura de funcionamento da vice-Presidência. "(Alckmin) Ligou ontem, pediu para tomar um café, e eu projetei para ele qual nossa estrutura, nossas atribuições, as assessorias que ele tem provimento. Expliquei como funciona", afirmou ele, que garantiu que Alckmin não fez nenhum pedido específico durante o encontro.

O general da reserva Hamilton Mourão, vice-presidente e senador eleito pelo Republicanos do Rio Grande do Sul, afirmou, nesta terça-feira (29), que o ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) José Múcio Monteiro "será um nome positivo" para comandar o Ministério da Defesa.

Como mostrou o Estadão, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com Múcio nessa segunda e indicou que vai convidá-lo para chefiar a pasta a partir de 2023. A ideia é que o nome do ministro da Defesa e dos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica sejam anunciados até a próxima semana.

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"Tenho muito apreço e respeito pelo ministro Múcio, com quem tive excelente relação quando ele estava no TCU. Julgo que será um nome positivo para o cargo", afirmou o vice do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Estadão. O tom do general contraria o discurso agressivo de bolsonaristas radicais, que tem pregado contra a eleição de Lula e pedido intervenção para que o petista não assuma.

Mourão também minimizou o fato de o comando da Defesa ficar pela primeira vez com um civil em mais de quatro anos. A tradição dos governos do PSDB e do PT era que civis comandassem o ministério, mas desde fevereiro de 2018, quando o então presidente Michel Temer (MDB) escolheu o general Joaquim Silva e Luna para a pasta, o ministério sempre foi chefiado por militares. "Tivemos inúmeros civis como ministros", declarou o senador eleito.

Eleito cinco vezes deputado federal por Pernambuco, Múcio foi ministro das Relações Institucionais de 2007 a 2009, no segundo mandato de Lula, e é elogiado pela capacidade de articulação política. Lula enfrenta muitas dificuldades de relacionamento com a cúpula militar e Múcio tem ótimo trânsito nas Forças Armadas.

Os militares ganharam protagonismo político sob Bolsonaro. Além do Ministério da Defesa, integrantes das Forças Armadas chegaram a comandar Saúde e Minas e Energia, sem contar estatais, como Correios e Petrobras.

Desde o fim do período eleitoral, bolsonaristas radicais estão acampados em frente a quartéis pedindo, entre outras coisas, a anulação da eleição do petista e intervenção militar. Em outra frente, mais de mil protestos com bloqueios de estradas foram desfeitos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Diante desse quadro, os militares optaram por adotar uma postura dúbia.

Interlocutores do PT com as Forças Armadas têm defendido que a definição do ministro da Defesa seja uma das primeiras a serem anunciadas. A avaliação é que a definição de um porta-voz para a área ajudaria a construir um diálogo com os militares, poderia servir para acalmar os setores mais radicais e jogaria as discussões sobre a área para "o futuro", evitando que os atuais comandantes das três Forças Armadas e o atual ministro da Defesa de Bolsonaro ditassem os rumos.

Pela primeira vez desde as eleições, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) e o vice-presidente e senador eleito Hamilton Mourão (Republicanos-RS) se reuniram, na manhã desta terça-feira (29), de forma presencial no Palácio do Planalto.

Ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o general Eugênio Pacelli, que comanda o gabinete de Mourão, afirmou que Alckmin e o número dois do presidente Jair Bolsonaro (PL) conversaram por cerca de 40 minutos sobre estrutura e atribuições da Vice-Presidência.

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Mourão e Alckmin conversaram por telefone no dia seguinte às eleições, quando o senador eleito se colocou à disposição do vice do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva na passagem de bastão.

Até o momento, Bolsonaro ainda não reconheceu publicamente sua derrota, não telefonou para Lula, como é praxe, e teve apenas um rápido encontro com Alckmin no Palácio do Planalto.

Um vídeo do vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) viralizou nas redes sociais neste final de semana. No conteúdo, o vice pede para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) fale com o "seu povo". Desde que perdeu o segundo turno para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro tem se mantido fora dos holofotes das agendas públicas e das redes sociais.

"Você não vai falar para o seu povo, não? Abre o jogo", diz o vice. Em resposta, o presidente faz um sinal negativo com a cabeça. A declaração de Mourão foi identificada pela CNN após análise de leitura labial.

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A conversa entre os dois líderes aconteceu neste sábado (26), durante cerimônia do Aspirantado 2022, promovida pela Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). Essa foi a primeira participação de Bolsonaro em uma agenda oficial depois do resultado das urnas, em 30 de outubro.

Bolsonaro, entretanto, não seguiu o conselho de Mourão. O chefe do Executivo não discursou durante o evento e saiu do local sem falar com a imprensa. Ele segue em silêncio também nas redes sociais.

O isolamento de Bolsonaro após o segundo turno tem sido justificado por aliados, dentre eles o vice Mourão, devido ao agravamento de uma ferida na perna por causa de erisipela, um tipo infecção cutânea. Na semana passada, o atual chefe do Executivo também foi diagnosticado com uma nova hérnia, reflexo ainda da facada da qual foi vítima em 2018.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos) usou suas redes sociais para se posicionar sobre a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que indeferiu o pedido do PL, que contestava os resultados das urnas, e aplicou uma multa de quase R$ 23 milhões.

Para Mourão, o recente recurso do PL "não dá ao TSE o direito de rejeitá-lo" de maneira decisiva. O vice-presidente ainda classificou a multa milionária arbitrada pelo ministro Alexandre de Moraes contra a legenda presidida por Valdemar da Costa Neto como "absurda".

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"Supressão discricionária do direito de recorrer e sanções desproporcionais configuram vingança, tudo o que o país não precisa neste momento", publicou.

Confira a publicação

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Mourão já havia dito na quarta-feira (23), que a investida do PL não iria prosperar. Ele chegou a afirmar que uma parcela da sociedade considera que o processo eleitoral tem problemas, mas "é uma questão que teremos que resolver adiante". 

O vice-presidente da República, o senador eleito Hamilton Mourão (Republicanos) declarou, nesta quarta-feira (23), não acreditar que a ação proposta pelo partido do presidente Jair Bolsonaro, o Partido Liberal (PL), para anular os votos de 59% das urnas, será bem sucedida. 

O vice-presidente afirmou que uma parcela da sociedade considera que o processo eleitoral tem problemas. “De minha parte, vejo que precisamos dar mais transparência ao processo. Não bastam respostas lacônicas do TSE, teremos que evoluir”, disse. 

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“Em relação a essa questão que o PL entrou ontem, julgo que não vai prosperar. É uma questão que teremos que resolver adiante”, destacou. 

O PL entrou com uma ação para anular os votos de 279 mil urnas eletrônicas e reverter o resultado da derrota de Bolsonaro. A sigla, que nega fraude, alega que cinco dos seis modelos das urnas utilizados na votação não são “auditáveis”, o que é negado pelos especialistas. Se for considerar apenas o resultado dessas urnas, Bolsonaro teria 51% dos votos válidos contra 48,9% de Lula (PT). 

A representação foi respondida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o presidente Alexandre de Moraes disse que o partido teria 24 horas para enviar uma auditoria do relatório. 

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, convidou os comandantes-gerais de todas as Polícias Militares para uma nova reunião em Brasília, nesta quarta-feira, 23. Oficialmente, o objetivo da reunião será o de fazer um balanço das ações de segurança durante as eleições, discutir protocolos para os próximos pleitos e "sedimentar a parceria" das forças estaduais com a Justiça Eleitoral.

A iniciativa para a "aproximação" ocorre no contexto de críticas à politização da cúpula da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o processo eleitoral. O vice-presidente Hamilton Mourão e o núcleo próximo ao presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestaram incômodo com os acenos do TSE às tropas estaduais. Mourão chegou a falar em "estado de exceção" provocado por decisões de Moraes.

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Interlocutores das cúpulas das polícias ouvidos pelo Estadão disseram ver no chamado de Moraes para uma nova reunião, depois das disputas eleitorais, um interesse do ministro em se contrapor à ala bolsonarista da PRF. Mesmo assim, se sentem prestigiados com o convite para sentar à mesa em Brasília. O ofício chegou aos comandantes no dia 8 - data em que a PRF anunciou o fim dos bloqueios totais nas estradas após mais de uma semana de movimentações.

Aliados do Planalto falam em desrespeito ao pacto federativo e investida inconstitucional de Moraes sobre as polícias, subordinadas aos governadores. Com o novo chamado de Moraes, o vice-presidente, general Hamilton Mourão (PRTB), senador eleito pelo Rio Grande do Sul, encomendou um estudo à sua assessoria jurídica para tentar barrar a interlocução direta do ministro com os comandantes.

O documento fala em "estado de exceção" provocado pela Justiça. A análise sustenta que não caberia uma reunião neste momento porque as eleições já acabaram e as PMs não poderiam atuar como "força auxiliar" do TSE. Além disso, destaca que Moraes não poderia pedir para que elas se mobilizem para conter bloqueios em rodovias federais. Esta seria uma atribuição da PRF.

"A título de combater manifestações conceituadas como antidemocráticas, as decisões judiciais do ministro Alexandre de Moraes têm suspendido direitos fundamentais outorgados na Constituição", diz o texto da equipe de Mourão.

A atuação do diretor-geral, Silvinei Vasques, nos bloqueios de estradas e nas abordagens a eleitores no dia da votação em segundo turno, virou alvo de investigações. Condutas do policial, de anos atrás, também repercutem no Judiciário: a União cobra de Vasques uma indenização que precisou pagar a um homem que foi agredido por ele.

Pressionado por um pedido de afastamento apresentado pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, ele saiu de férias e pode ser enviado para um mestrado no exterior com despesas custeadas pela PRF.

Maturidade

O comandante da PM da Bahia e presidente do Conselho Nacional de Comandantes Gerais, coronel Paulo Coutinho, afirmou que o encontro servirá para reforçar a "maturidade institucional".

"Estamos sendo chamados para discutir emprego de tropa e aproximar as PMs do TSE para outros eventos. As forças de segurança são necessárias para a garantia de qualquer pleito no Estado de Direito. Será para discutir avanços, protocolos de outras eleições e sedimentar parceria que foi exitosa no pleito", disse.

Na pré-campanha eleitoral, havia um temor de ruptura democrática a partir de policiais militares depois que o bolsonarismo ganhou os quartéis. Pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontou, inclusive, crescimento do radicalismo nas tropas. O presidente Bolsonaro chegou a oferecer um "pacote de bondades" para consolidar sua base nas polícias.

Um primeiro encontro de Moraes com comandantes das PMs ocorreu ainda em agosto, antes do primeiro turno da disputa. Na ocasião, os militares estaduais rechaçaram insubordinação e garantiram respeito ao resultado das urnas.

Ministros da Corte Eleitoral também receberam os chefes das polícias em 11 de outubro, depois do primeiro turno, e elogiaram os trabalhos nos Estados.

"O que se viu foi uma eleição com paz, segurança, harmonia, respeito e maturidade", disse Moraes, na ocasião. "Como era de esperar, a PM agiu de acordo com regras e regulamentos, teve atuação forte, presente e discreta, sem truculência e muito compatível com a festa da democracia que são as eleições", declarou o ministro Ricardo Lewandowski.

O vice-presidente e senador eleito, Hamilton Mourão disse durante entrevista para ao jornal O Globo, que a ausência do presidente Bolsonaro (PL) após a derrota nas eleições presidenciais desse ano, se deve a uma ferida na perna agravada por erisipela, que o impede de se vestir formalmente ao trabalho.   

Desde que perdeu as eleições Bolsonaro foi poucas vezes no palácio do planalto, não compareceu a COP-27, conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas realizadas no Egito. Além disso, fez poucas postagens para seus apoiadores nas redes sociais, onde era bem ativo. Inclusive, também não estão sendo feitas as lives tradicionais das quinta-feiras. 

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 “É questão de saúde. Está com uma ferida na perna, uma erisipela. Não pode vestir calça, como é que ele vai vir para cá de bermuda?”, explicou Mourão ao fim da cerimônia de recebimento das cartas credenciais de embaixadores estrangeiros. 

 Erisipela 

Essa doença é uma forma superficial de infecção de pele (celulite) tipicamente causada por estreptococos. Ela é causada por uma bactéria, que geralmente entra no organismo por meio de ferimentos na pele, como pequenos cortes. Além disso, a erisipela ocorre com mais frequência nas pernas e no rosto.  

O senador eleito e vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos), rejeitou assumir a entrega da faixa presidencial ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), diante da possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro (PL) se recusar a fazer esse gesto. Segundo o general da reserva, a passagem do adereço "é do presidente que sai para o presidente que entra". A falta da solenidade não é impeditiva para a posse do petista.

"Não adianta dizer que eu vou passar. Eu não sou o presidente. Eu não posso botar aquela faixa, tirar e entregar. Então, se é para dobrar, bonitinho, e entregar para o Lula, qualquer um pode ir ali e entregar", afirmou, em entrevista ao Valor Econômico.

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Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, a transmissão do adereço não passa de uma solenidade, ou seja, o gesto não é imprescindível para que o presidente eleito tome posse. O novo chefe do Executivo passa a ocupar formalmente o cargo após fazer juramento à Constituição no Congresso Nacional.

O jornal O Estado de S. Paulo também mostrou que a próxima primeira-dama, Rosângela "Janja" da Silva, quer organizar uma cerimônia simbólica e fora dos protocolos no próximo 1º de janeiro, e não conta com a presença de Bolsonaro no dia.

A ideia da socióloga é que pessoas comuns, sem cargos, entreguem a faixa presidencial para Lula no Parlatório do Planalto.

Recado a bolsonaristas

Na mesma entrevista, Mourão deixou um recado para desencorajar as manifestações com teor antidemocrático que pedem "intervenção militar" no País. Segundo ele, a direita bolsonarista deve trabalhar politicamente para retornar ao Poder em 2026, além de se eleger para prefeituras em 2024.

Ele também opinou que "a política não pode estar dentro do quartel" e que a relação das Forças Armadas com o presidente eleito deve ser tranquila. "O Lula nunca meteu os pés pelas mãos junto às Forças", disse.

O vice-presidente e senador eleito Hamilton Mourão (Republicanos-RS) declarou há pouco, no Twitter, que "de uma eleição em que os meios se impuseram aos fins não há o que comemorar, apenas lições e responsabilidades a assumir". Mourão não detalhou o que quis dizer com a frase, mas a postagem ocorre em meio à polêmica sobre o relatório do Ministério da Defesa sobre a investigação nas urnas eletrônicas.

Um dia após entregar relatório ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sem indícios de fraude nas eleições, a Defesa divulgou nota hoje em que diz que o trabalho de fiscalização do sistema eletrônico de votação também "não excluiu a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência". A nota divulgada pelo ministério tem o objetivo de "evitar distorções do conteúdo do relatório enviado".

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Logo após receber o documento, o TSE afirmou que as Forças Armadas não apontaram fraude, assim como as demais entidades fiscalizadoras.

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 O presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas eleições de segundo turno que aconteceu no último domingo (30), afirmou para seus aliados que poderá viajar para fora do país para não passar a faixa para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na cerimônia de posse, em 1º de janeiro. 

Dessa forma, a ideia é que seu vice Hamilton Mourão participe da solenidade, como presidente interino. Em coletiva realizada na terça-feira (1º), Mourão disse tem "quase certeza de que o presidente vai" passar a faixa para o petista. 

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As especulações ocorrem no cenário em que Bolsonaro encara como 'desigualdade de condições de disputa' entre ele e Lula, especialmente devido às decisões da Justiça eleitoral. 

Na história política do país, o único exemplo recente de presidente que não passou a faixa para o sucessor foi o de João Figueiredo, que foi substituído na Presidência por José Sarney. 

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou nesta quarta-feira (2) que o golpe militar pedido nas ruas por apoiadores do governo deixaria o País "numa situação difícil" e que é preciso voltar "muito mais fortes" em 2026.

Em uma publicação no Twitter, o general disse que existe hoje um "sentimento de frustração" causado anos atrás quando "aceitamos passivamente" a "escandalosa manobra jurídica" que permitiu a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente eleito.

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"Agora querem que as Forças Armadas deem um golpe e coloquem o País numa situação difícil perante a comunidade internacional", comentou o militar.

Mourão propôs um manifesto que explicaria a força de movimentos à direita para "bloquear pautas puramente esquerdistas".

"Está na hora de lançar um manifesto explicando isso e dizendo que temos força para bloquear as pautas puramente esquerdistas, além de termos total capacidade de retornarmos muito mais fortes em 2026. Precisamos viver para lutar no dia seguinte", publicou.

O vice ainda citou frase atribuída ao ex-primeiro-ministro do Reino Unido Winston Churchill que recomenda "altivez na derrota".

Eleito senador pelo Rio Grande do Sul, Mourão já instruiu servidores da vice-presidência a facilitarem os trabalhos da transição. Sem que Bolsonaro reconheça publicamente a vitória de Lula, o general já conversou com seu futuro sucessor, Geraldo Alckmin (PSB), no primeiro contato entre autoridades da linha sucessória.

Hamilton Mourão também deve ganhar a atribuição de passar a faixa presidencial a Lula, em 1º de janeiro. Sem parabenizar ou citar o rival, Jair Bolsonaro dá sinais de que deve insistir no confronto com o petista e abrir mão dos ritos solenes da posse do novo presidente.

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