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O embaixador norte-coreano na ONU, Kim Song, disse neste sábado (7) que os diálogos de desnuclearização com os Estados Unidos estão "fora da mesa de negociação", enquanto criticou os membros europeus do Conselho de Segurança, que recentemente denunciaram seus "provocativos" lançamentos de mísseis balísticos.

A declaração de Song ocorreu depois que Bélgica, Estônia, França, Alemanha, Polônia e Reino Unido condenaram na quarta-feira "os contínuos testes de mísseis balísticos" da Coreia do Norte e pediram a aplicação estrita das sanções contra Pyongyang.

Referindo-se à "paranoia" dos países europeus e à "política hostil" de Washington nos últimos meses, Song disse que a Coreia do Norte "não precisa ter longas conversas com os Estados Unidos agora e que a desnuclearização não está mais na mesa de negociações".

Ele também qualificou a declaração europeia como "outra séria provocação", dizendo que a Coreia do Norte está adotando "medidas justas para fortalecer as capacidades de defesa nacional".

Em sua declaração, as potências europeias destacaram que Pyongyang efetuou "13 lançamentos de mísseis balísticos desde maio". O mais recente foi em 28 de novembro.

As conversas entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte estão estagnadas, com um sombrio prazo até o fim do ano, estabelecido por Pyongyang para que Washington faça algum tipo de concessão.

Diplomatas da ONU temem que a Coreia do Norte retome os testes de mísseis balísticos ou nucleares de longo alcance se não forem feitos avanços logo.

A Coreia do Norte afirmou em comunicado neste domingo que não tem intenção de continuar as negociações nucleares com os Estados Unidos, a menos que Washington abandone sua "política hostil" contra o país. Os dois países se encontraram para a primeira reunião em sete meses em Estocolmo, na Suécia.

O comunicado, divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte, foi feito após o principal negociador norte-coreano, Kim Miyong Gil, ter afirmado no sábado que as conversas bilaterais fracassaram "inteiramente porque os EUA não descartaram suas antigas posturas e atitudes". Washington, contudo, diz que os lados tiveram "boas discussões" na Suécia que pretendem continuar em duas semanas.

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Kim Miyong Gil disse que a Coreia do Norte não está disposta a realizar "negociações tão repugnantes" como as de Estocolmo até que os EUA tomem "um passo substancial para fazer uma retirada completa e irreversível da política hostil contra a Coreia do Norte". Fonte: Associated Press.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou estar "ansioso" para se reunir com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, que "percebe tão bem que a Coreia do Norte possui um grande potencial econômico".

A declaração feita por Trump no Twitter foi uma repercussão da fala de Kim em seu discurso de ano-novo televisionado, no qual afirmou que o país continua focado no processo de desnuclearização e sinalizou a intenção de se encontrar novamente com Trump, sem sinalizar quando o encontro poderia acontecer. "Estou disposto a sentar novamente com o presidente dos EUA a qualquer momento", disse Kim.

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Kim ameaçou, no entanto, uma mudança de postura se os EUA continuarem sua campanha de sanções e pressão sobre o país pelo desmantelamento de seu programa nuclear. "Mas se os EUA julgarem erradamente nossa paciência", afirmou, "não temos escolha a não ser proteger a soberania e os interesses supremos de nosso país e buscar um novo caminho para alcançar a paz e a estabilidade na península coreana". (Com informações da Dow Jones Newswires)

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, reafirmou seu compromisso com a desnuclearização da Península Coreana em meio a um crescente impasse com os Estados Unidos, informou a mídia norte-coreana, que divulgou a declaração de Kim.

O comunicado acompanhou a visita de uma delegação sul-coreana a Pyongyang para se reunir com Kim e estabelecer uma cúpula no fim deste mês entre ele e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in. De acordo com a imprensa norte-coreana, Kim afirmou que "é de minha vontade remover completamente o perigo de conflito armado e horror da guerra da Península Coreana e transformá-la no berço da paz sem armas nucleares e livre de ameaças nucleares".

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Além disso, autoridades sul-coreanas apontaram que as reuniões entre os líderes das duas nações acontecerão entre os dias 18 e 20 de setembro e afirmaram que Seul irá informar o resultado das visitas a Washington, com quem irá trabalhar em conjunto. Fonte: Associated Press.

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