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O Pará é o principal Estado da região Norte quando o assunto é a prática do esporte adaptado. Um estudo feito pela Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel) apontou a existência de 21 entidades desportivas filiadas às confederações brasileiras e federações estaduais que atuam em 22 modalidades, sendo 17 paralímpicas. O diagnóstico foi realizado no período de janeiro a abril de 2017, por meio de um formulário on-line ,e consta no Plano Plurianual (PPA) 2016-2019 da Seel.

De acordo com o mapeamento, no Pará existem entidades paradesportistas registradas no Acará (1), Altamira (1), Belém (10), Bragança (1), Marabá (1), Paragominas (1), Parauapebas (3), Santarém (2), Santana do Araguaia (1) e Tucuruí (1). Isso representa a presença de instituições deste segmento em nove das 12 regiões de integração do Estado. A região que mais possui entidade é a metropolitana, com 10.

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A maioria das modalidades registradas pelas entidades é praticada na faixa etária a partir de 19 anos, com o atletismo sendo o mais procurado pelos paratletas, seguido pelo judô, goalball, futebol de cinco e tênis de mesa. No Pará também se praticam os cinco esportes dos Jogos Universitários de 2016 (atletismo, bocha, judô, natação e tênis de mesa).

As principais barreiras encontradas pelas entidades são as carências de recurso material e estrutural. Das 21 instituições registradas, 15 (71,4%) são vinculadas a uma confederação ou federação paradesportiva, com destaque para a Confederação Brasileira de Desporto de Deficientes Visuais (CBDV), que possui sete filiações.

O mapeamento será utilizado como subsídio para a Diretoria Técnica de Esporte e Lazer (Dtel) da Seel na formulação de mais ações para a ampliação do programa Paradesporto, e servirá de auxílio para a aplicação de políticas públicas voltadas ao segmento, como a reformulação na Lei 7.119, de 31 de março de 2008, que resultou na criação do Bolsa Talento, um programa governamental de incentivo ao esporte de rendimento por meio de bolsas, além de incluir nos Jogos Abertos do Pará (Joapa) modalidades paradesportistas. "O estudo veio sacramentar que existem entidades que trabalham e fomentam o esporte adaptado nos quatro cantos do Pará. Agora, de posse dessas informações, o próximo passo é dialogar com essas instituições que são responsáveis diretamente pelo seguimento das modalidades, para fornecer apoio ao desenvolvimento do esporte", disse o técnico Ewerton Souza, responsável pela formulação da pesquisa.

Para o paraense e atual presidente da Confederação Brasileira de Basquetebol em Cadeira de Rodas (CBBC), Valdir Moura, a identificação das entidades é a base para o início do incentivo efetivo ao esporte adaptado no Pará. "Agora que foram detectadas as necessidades das instituições será possível ajudar de forma adequada o paradesporto. O resultado será o aumento do desempenho do atleta. O atleta é a ponta do processo. É aonde vamos conseguir ver o resultado do todo o investimento no paradesporto", afirmou Valdir.

De acordo com o censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Pará possui cerca de 1.791.299 pessoas com ao menos uma deficiência, o que representa 23,63% de sua população total. A coordenadoria do Programa Paradesporto foi reativada no ano passado para impulsionar o desenvolvimento do esporte adaptado nas 12 regiões de integração do Pará, com o objetivo de atender e beneficiar paratletas.

A Seel integra o Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência e o Plano Existir, do Comitê Gestor do Plano Estadual de Ações Integradas à Pessoa com Deficiência, lançado pelo Governo do Estado em 2012, e atualmente vinculado ao Núcleo de Articulação e Cidadania (NAC). O projeto assumiu o compromisso de garantir ações nos eixos da saúde, educação, acessibilidade e inclusão social, para a promoção dos direitos fundamentais da pessoa com deficiência.

Informações da assessoria da Seel.

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