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Em uma ação conjunta com vários Procons do Nordeste, o Procon Recife realizará a partir desta terça-feira (10), um mutirão online de renegociação de dívidas junto às instituições financeiras. A ação será feita exclusivamente pela internet e deve seguir até o dia 20 de setembro. 

De acordo com o órgão, o mutirão tem por objetivo facilitar o diálogo entre os consumidores e fornecedores, criando um ambiente virtual "favorável à harmonização dos interesses entre as partes", diz o Procon. Depois de realizar o registro, a instituição financeira tem o prazo de até dez dias para apresentar uma proposta ou resposta ao consumidor.

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No momento do preenchimento do registro, é importante que o consumidor informe corretamente seus telefones e e-mails de contato, pois estes dados facilitarão o atendimento por parte das instituições participantes. Será necessária a identificação positiva do consumidor por questões de segurança e legitimidade. Terminado o prazo, o consumidor passa a ter 20 dias para avaliar o retorno dado.

Instituições financeiras participantes

Banco do Brasil, Banco BMG, Caixa Econômica Federal, Banco Bradesco, Banco Santander, Banco Itaú, entre outras que podem ser consultadas na plataforma.

O sigilo das informações será resguardado?

O Procon Recife reforça que todos os dados pessoais dos consumidores estarão protegidos, sendo públicas apenas as informações relacionadas ao relato de sua reclamação, a resposta da empresa e o comentário final do consumidor. As informações complementares solicitadas durante a interação entre consumidor e empresa, bem como os anexos e os campos específicos disponíveis no sistema não são de conteúdo público, sendo visíveis apenas à empresa reclamada e ao órgão gestor, de acordo com os termos das Políticas de Uso de Dados Pessoais.

Os inadimplentes brasileiros encerraram o mês de maio com uma dívida média de R$ 3.239,48, somando todas as pendências em seu nome, o que representa mais de três vezes o valor do salário mínimo atual do país (R$ 998). Este número é 41% maior que a renda média mensal do trabalhador (R$ 2.291, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Cada consumidor tem, no geral, duas dívidas em aberto.  Os dados são de um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

A quantidade de consumidores com contas em atraso e com restrições no CPF avançou 2,3% na comparação com o mês de maio de 2018. Os Estados da região Sudeste registraram a maior alta no número de inadimplentes (3,83%), já a região Nordeste registra apenas 0,53% de alta na quantidade de devedores.

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A pesquisa também revelou que a população idosa, entre 65 e 84 anos, teve um aumento no número de inadimplentes (9,16%), já os jovens entre 18 e 24 anos apresentaram um recuo de 22,62%.

Embora a somatória da dívida do brasileiros seja elevada, o levantamento mostra que em cada dez consumidores inadimplentes, quatro (37%) devem até R$ 500 e a maioria dos devedores (53%) possui dividas que não passam de R$ 1.000. Apesar de mais da metade (53%) das dívidas ter algum banco ou instituição financeira como credor, o maior crescimento foram em contas básicas como água e luz, que somaram um aumento de 27,2%, enquanto as dívidas bancárias que englobam cartão de crédito, cheque especial, financiamentos e empréstimos cresceram apenas 1,3% em comparação com o ano passado.

 

O Indicador de Inadimplência do Consumidor, divulgado nesta quinta-feira (10) pela Serasa Experian, apresentou crescimento de 4,2% em março ante fevereiro. Na comparação com março de 2013, no entanto, o índice registrou queda de 1,8%, o décimo recuo seguido na base de comparação anual.

Todas as modalidades de inadimplência do consumidor apresentaram alta em março. As dívidas com os bancos (3,6%) e os cheques sem fundos (14,2%) foram os principais responsáveis pela deterioração. A inadimplência não bancária (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e energia elétrica) e os títulos protestados tiveram expansão de 1,9% e 6,5%, respectivamente, em relação a fevereiro.

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Segundo os economistas da Serasa Experian, a combinação entre o tradicional acúmulo de compromissos financeiros do primeiro trimestre (IPVA, IPTU, material escolar, despesas com férias, entre outros) e as altas das taxas de juros e da inflação dificultaram o ambiente para o consumidor honrar dívidas em março.

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