Os inadimplentes brasileiros encerraram o mês de maio com uma dívida média de R$ 3.239,48, somando todas as pendências em seu nome, o que representa mais de três vezes o valor do salário mínimo atual do país (R$ 998). Este número é 41% maior que a renda média mensal do trabalhador (R$ 2.291, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Cada consumidor tem, no geral, duas dívidas em aberto. Os dados são de um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
A quantidade de consumidores com contas em atraso e com restrições no CPF avançou 2,3% na comparação com o mês de maio de 2018. Os Estados da região Sudeste registraram a maior alta no número de inadimplentes (3,83%), já a região Nordeste registra apenas 0,53% de alta na quantidade de devedores.
##RECOMENDA##A pesquisa também revelou que a população idosa, entre 65 e 84 anos, teve um aumento no número de inadimplentes (9,16%), já os jovens entre 18 e 24 anos apresentaram um recuo de 22,62%.
Embora a somatória da dívida do brasileiros seja elevada, o levantamento mostra que em cada dez consumidores inadimplentes, quatro (37%) devem até R$ 500 e a maioria dos devedores (53%) possui dividas que não passam de R$ 1.000. Apesar de mais da metade (53%) das dívidas ter algum banco ou instituição financeira como credor, o maior crescimento foram em contas básicas como água e luz, que somaram um aumento de 27,2%, enquanto as dívidas bancárias que englobam cartão de crédito, cheque especial, financiamentos e empréstimos cresceram apenas 1,3% em comparação com o ano passado.