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O técnico Dorival Junior preferiu não comentar o esquema de apostas que explodiu no noticiário do futebol brasileiro nos últimos dias. Segundo o comandante são-paulino "é preciso primeiro investigar para depois apontar o dedo".

O treinador disse que a situação é "lamentável" e o momento é "muito delicado". "Prefiro aguardar. Não há comprovação de nada, mas se for comprovado naturalmente os envolvidos deverão ser punidos. Mas vale lembrar que vivemos no País da impunidade."

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Sobre o empate sem gols com o Fortaleza, nesta quinta-feira, Dorival gostou do desempenho da equipe. "O São Paulo não perdeu a organização durante toda a partida. Está havendo uma evolução. Em seis jogos, sofremos apenas um gol. Isso é fruto do respeito dos jogadores ao trabalho que está sendo desenvolvido. Quem entra no time sabe o que tem de fazer em campo. Trocamos toda a zaga hoje, mas a resposta tem sido muito positiva."

Dorival disse que poucos times vão sair de Fortaleza com pelo menos um ponto na bagagem. "Os jogadores estão de parabéns pelo que apresentaram em campo. Procuramos o gol, não foi um jogo brilhante, mas foi bastante disputado. As equipes procuraram o gol o tempo todo. Poucos times poderão ganhar pontos aqui dentro (Arena Castelão)."

O técnico destacou o que pretende melhorar na equipe. "Não conseguimos dar a velocidade que queríamos, carregamos muito a bola. Quando conseguimos inverter a jogada conseguíamos envolver o Fortaleza", disse Dorival, que comentou a disputa do clássico, domingo, na Neo Química Arena, contra o Corinthians.

"Vitória no clássico vale os meus três pontos de qualquer outra partida, mas neste momento é muito importante porque as duas equipes estão buscando acertos e é preciso respeitar demais o adversário."

Em meio a uma pandemia que já infectou quase 5 milhões de pessoas pelo novo coronavírus no Brasil, alguns técnicos de futebol não passaram ilesos e foram contaminados pelo vírus. Os treinadores que contraíram a doença ficaram longe de suas atividades por alguns dias e, mesmo os que não apresentaram sintomas, passaram por período em que tiveram que controlar a ansiedade e outras questões que os afligiram.

O Estadão reuniu depoimentos de seis treinadores que tiveram suas rotinas interrompidas por um tempo após terem testado positivo para a covid-19: Vanderlei Luxemburgo, Ramon Menezes, Dorival Junior, Thiago Larghi, Umberto Louzer e Eduardo Baptista.

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Eles contaram o que fizeram em suas casas para reduzir a ansiedade, como assistir séries, estudar futebol e ler livros, e revelaram os sentimentos desenvolvidos no período enclausurado. Alguns mostraram maior preocupação com a saúde por pertencer ao grupo de risco, outros conseguiram enfrentar o isolamento com mais tranquilidade. A maioria revelou sentimento de ansiedade e impotência diante do impedimento de trabalhar por quase duas semanas.

Confira abaixo os depoimentos:

VANDERLEI LUXEMBURGO, técnico do Palmeiras

"Passei assintomático. Sou igual vara de marmelo: envergo, mas não quebro. Não tive nada sério, parece que não tive a doença. Passei muito bem. A única coisa que incomodou é que parecia que eu estava preso. Minha mulher chegava, batia na porta do quarto e falava "almoço", "janta", "café". Aí ela deixava a bandeja na porta, eu pegava e comia. Isso era deprimente, muito ruim. Pensei: "estou preso".

Quando testei positivo, mandei todos saírem de casa. Cheguei no apartamento, tirei a roupa, deixei para lavar e fui direto para o quarto. Minha esposa deixou tudo separado lá para eu não sair e expor minha família. Fiquei 12 dias naquele quarto, com computador, trabalhando, lendo, vendo futebol e o que estava acontecendo.

Os médicos do Palmeiras me deram muita vitamina. É muito importante ter imunidade e se preparar antes de ter covid-19. Se estiver com a imunidade boa, com certeza esse negócio bate, encontra resistência e vai embora. Se tiver uma brecha, ele vai te pegar e te machucar."

DORIVAL JUNIOR, ex-Athletico-PR

"É uma situação complicada. Você tem que se isolar totalmente, mas é uma necessidade. Você fica inibido, sem sair de casa, e, queira ou não, é uma situação difícil. Mas eu tentei enfrentar da melhor forma e me preparei emocionalmente para isso. Eu procurei aproveitar o tempo livre o máximo possível com leituras, vendo jogos, estudando um pouco dentro das condições que se apresentavam e também assistindo a algumas séries.

Fiquei totalmente assintomático, sem dor nenhuma. Encarei com naturalidade, tranquilidade. O que tive foi uma ansiedade natural. Fiquei aguardando a autorização para retornar. Passei um período tranquilo, totalmente sozinho, fechado no meu apartamento, em Curitiba.

Estava bem tranquilo. É uma sensação de impotência estar acompanhando tudo o que está acontecendo e não poder participar, mas não é um problema tão sério. O ser humano tem que ter resiliência de saber enfrentar um período de dificuldade e saber tirar o melhor proveito possível dessa adversidade."

RAMON MENEZES, técnico do Vasco

"Não foi fácil esse período. A situação é atípica, todos nós, profissionais, corremos riscos. O tempo demora a passar e o receio de ter algum sintoma é contínuo. A cabeça fica a mil.

Minha rotina é muito ligada ao clube, muito forte. Sempre chego cedo e saio tarde, trabalho praticamente 24 horas por dia. Vivo intensamente o Vasco, então é difícil ter de mudar a rotina dessa forma e se isolar da família e trabalho de uma hora para outra.

Foi isso o que mais senti. Fiquei muito chateado com a notícia. Felizmente não senti nada, mas é claro que a atenção aos possíveis sintomas do novo coronavírus e às reações fica maior.

Fiquei muito preocupado com a minha família, mas felizmente ninguém teve o vírus detectado. Assusta saber que estamos positivos para o coronavírus e, nessa situação, qualquer reação do corpo diferente do normal nos faz pensar no pior. Porém, graças a Deus, não tive nada e estou recuperado e de volta ao trabalho."

UMBERTO LOUZER, técnico da Chapecoense

"Foi muito ruim o período de isolamento. Adoro o dia a dia no clube, sempre chego cedo para planejar as sessões de treinamento e, quando você interrompe essa rotina, acaba sendo ruim. Mas era uma situação em que não tinha escolha e o isolamento era fundamental para a saúde de todos. Não tive problema grave. O que tive foi a perda do paladar e do olfato, mas é claro que gera medo, uma angústia por se tratar de uma doença nova, desconhecida. Felizmente não tive nenhum tipo de sequela.

Quando você recebe a notícia é muito desagradável, causa impacto. Fiquei incrédulo porque não tive nenhum sintoma. Você começa a pensar nos dias distantes da rotina de trabalho e isso é muito ruim. Mas demos um jeito de nos comunicar com os atletas e acabei perdendo três sessões somente de treinos. Se eu tivesse que ficar um período maior em isolamento, pensamos em colocar um telão ou uma televisão ao lado do gramado para que pudesse assistir ao treinamento em tempo real. Felizmente não foi preciso.

THIAGO LARGHI, ex-Goiás

"Fiquei me cuidando bastante no período do isolamento. Segui me hidratando, me alimentando bem e tomei a medicação recomendada pelos médicos. Mantive reuniões periódicas todos os dias pela noite com a comissão técnica, e também de manhã para definir os treinamentos. Também acompanhava por meio de imagens e via vídeos gravados no clube. Foi ruim ficar longe do time, obviamente, mas usamos a tecnologia para manter a qualidade e o alto padrão dos treinos. Porém, é claro que não é como se eu estivesse no local, com a saúde plena. Houve um sentimento ruim, mas consegui lidar bem com isso.

Eu não fiquei assintomático. Tive febre dois dias, que foi se acentuando, e também senti cansaço. Quanto à questão mental, foi tranquilo. Não tive angústia e medo. Fiquei pouco preocupado porque os sintomas foram fracos. Consegui monitorar a questão da saturação do oxigênio por meio de um oxímetro e meu corpo respondeu bem, apesar de ter ficado um pouco debilitado."

EDUARDO BAPTISTA, ex-CSA

"Quando testei positivo, eu tive a sorte de estar em Campinas, onde tenho residência. Fiquei 10 dias dentro de casa, e minha maior preocupação na época era o medo de transmitir o vírus para minha esposa, filhos, sogro e sogra, que são do grupo de risco. Você vê as notícias chegando e fica apreensivo.

A sensação é de apreensão, de impotência por não poder fazer nada, ter que ficar trancado e a ansiedade também é muito grande. Mas também fiquei aliviado por não ter tido um sintoma grave, apenas dor de cabeça.

O que me assustou foram as notícias em relação ao vírus. Mas sei que no futebol pouca gente teve complicação. A grande maioria tem uma saúde muito boa, então isso que me deixava mais tranquilo.

Não poder trabalhar me atrapalhou demais. Sempre fazíamos reuniões por videoconferência, mas o treinamento não é tão simples. O comando é no olho no olho, está na vivência física. Fiquei dirigindo o CSA dois jogos à distância e isso é muito ruim. Fiquei limitado."

Poucas horas após o anúncio da demissão de Vanderlei Luxemburgo, o Fluminense já definiu o seu novo técnico. Dorival Júnior assume o comando da equipe e já treina os jogadores nesta terça-feira (12), após ter a sua contratação confirmada no fim da noite de segunda-feira (11).

Dorival se apresenta no Fluminense ainda na manhã desta terça. O contrato do treinador com o clube vai até o final desta temporada. E ele chega com a missão de evitar o rebaixamento da equipe carioca no Campeonato Brasileiro. O time está apenas em 18º lugar na competição, com 36 pontos, e volta a entrar em campo na próxima quinta-feira (14), no Maracanã, diante do Náutico, pela 34ª rodada.

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Recém-demitido do Vasco, Dorival já havia sido sondado pela diretoria do Fluminense, assim como Caio Júnior, após a derrota de virada para o Vitória, por 3 a 2, no Maracanã, que deixou Luxemburgo muito perto da demissão. O treinador ainda foi mantido por mais dois jogos, mas as derrotas para Flamengo e Corinthians, ambas por 1 a 0, acabaram provocando a sua queda na última segunda-feira.

"Por decisão do presidente Peter Siemsen, Dorival Júnior é o novo treinador do Fluminense para esta reta final de Campeonato Brasileiro. Com contrato até o final do ano, o técnico já comandará o Tricolor no treino desta terça-feira, dia 12", anunciou o Fluminense, em comunicado publicado no seu site oficial.

O time das Laranjeiras será o terceiro clube carioca dirigido por Dorival em 2013, pois antes ele passou pelo Flamengo, equipe em que iniciou a temporada, e o Vasco. A diretoria do Fluminense espera que o treinador repita o sucesso que teve em outros times brasileiros no seu novo trabalho.

"Campeão da Copa do Brasil pelo Santos, em 2010, da Recopa Sul-Americana com o Internacional, em 2011, e vencedor de mais seis títulos estaduais por Figueirense, Sport, Coritiba, Santos e Internacional, Dorival chega ao Rio na manhã desta terça", afirmou o Fluminense em nota oficial.

"Com experiência no futebol desde 1982, quando começou sua carreira de jogador profissional pela Ferroviária de Araraquara (SP), e treinador desde 2003, com início pelo Figueirense (SC), Dorival tem a confiança do presidente Peter Siemsen e de toda a diretoria para a sequência do trabalho", finalizou o clube.

Apesar dos tropeços do Vasco nos últimos jogos, o técnico Dorival Júnior evitou fazer mudanças na escalação e confirmou que o time carioca vai entrar em campo nesta quinta-feira sem alterações em relação ao empate sem gols com o Bahia, na rodada passada.

Em um voto de confiança em seu elenco, o treinador não testou mudanças durante as atividades desta quarta-feira e garantiu a escalação de Fagner, Jomar, Cris e Yotún; Fillipe Soutto, Pedro Ken, Juninho e Dakson; Marlone e Edmilson.

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"Futebol é momento. A equipe fez duas boas apresentações. Tento manter e não é demérito para os que saíram", argumentou o técnico, que ficou satisfeito com o desempenho do time na rodada passada, apesar do empate sem gols.

Há seis jogos sem vencer no Brasileirão, o Vasco entrará em campo nesta quinta pressionado. O time soma apenas 25 pontos e ocupa a 17ª e antepenúltima colocação da tabela, dentro da temida zona de rebaixamento.

O Instituto Antonio Carlos Jobim disponibilizou para visualização e pesquisa o acervo do cantor e compositor Milton Nascimento em seu site. Com cerca de 45 mil documentos catalogados e digitalizados, é possível ver fotos, documentos e vídeos, inclusive ouvir as músicas dos álbuns de Milton.

Além de Milton, o Instituto Antonio Carlos Jobim conta o material do mestre Tom Jobim, com 9.435 itens arquivados disponíveis para o público, a obra de Dorival Caymmi, Chico Buarque, Gilberto Gil, Paulo Moura, e ainda os projetos do arquiteto Lúcio Costa (com 3.977 itens arquivados).

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O Sport tem a tradição de revelar ou, pelo menos, (re) projetar grandes treinadores para o futebol brasileiro. Foi assim com Emerson Leão, campeão brasileiro em 1987 – no primeiro ano de carreira – e que foi para Seleção Brasileira em 2000, quando também comandava o clube da Praça da Bandeira, e com Nelsinho Baptista, campeão da Copa do Brasil, em 2008, após um longo jejum de grandes títulos na carreira e uma desconfiança ainda maior.

Esses são os principais exemplos que, assim como tantos outros, obtiveram sucesso na Ilha do Retiro. Nesse domingo, os rubro-negros encontrarão um desses “outros”. Aos 50 anos, e com status de estrela no mundo da prancheta, Dorival Júnior reencontra o time que comandou 77 vezes e conquistou um Campeonato Pernambucano, em 2006.

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Antes disso, o treinador tinha no currículo equipes como Figueirense, Fortaleza, Criciúma e Juventude. Depois, breve passagem no Avaí e no São Caetano, e um verdadeiro salto. Exclusivamente times de ponta no futebol nacional. Cruzeiro, Coritiba, Vasco da Gama, Atlético Mineiro e, hoje, Internacional.

Entretanto, entre esses gigantes, exatamente em 2010, Dorival Júnior viveu a melhor fase da carreira. Comandando o Santos, o técnico conquistou o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil. Não permaneceu e, consequentemente, não teve mais projeção no Peixe por desavenças com as estrelas Paulo Henrique Ganso e Neymar. Primeiro com o meia, que recusou uma substituição, permanecendo em campo. Depois com o jovem atacante, que recebeu a ordem de não cobrar um pênalti e ficou furioso. O problema seguiu para os vestiários e culminou na demissão do treinador.

Tempestade ultrapassada, Dorival vive momento de estabilidade no Internacional. Campeão da Recopa Sul-Americana no final do ano passado, campeão gaúcho nesta temporada e com uma boa campanha no Brasileirão (duas vitórias, dois empates e uma derrota, 9ª colocação), onde busca o primeiro título para consolidar o nome de uma vez por todas na galeria de grandes técnicos do futebol nacional. E, claro, na galera de revelações e/ou re (projeções) do Sport.

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