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O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa da Venezuela (SNTP, na sigla em espanhol) informou ontem que o jornal venezuelano El Universal - diário crítico ao chavismo e um dos mais antigos veículos do jornalismo impresso do país - foi vendido para um grupo de investidores espanhóis.

O Universal foi o terceiro meio de comunicação que critica o governo da Venezuela que foi vendido desde a eleição do presidente Nicolás Maduro, em abril do ano passado.

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Ambos os grupos de mídia venezuelanos que trocaram de donos em 2013 mudaram também suas linhas editoriais, deixando de criticar o chavismo, como faziam anteriormente, denunciam o sindicato dos jornalistas e os profissionais de imprensa do país.

Em maio de 2013, o canal de TV Globovisión foi vendido por Guillermo Zuloaga aos empresários Gustavo Perdomo, Juan Domingo Cordero e Raúl Gorrín - que, pouco após a transação, afirmaram ter se comprometido com o governo Maduro a serem "muito sensatos" na transmissão de suas informações.

Em outubro, cinco meses após sua venda ter sido anunciada, o grupo jornalístico Cadena Capriles - formado pelos jornais Últimas Noticias, El Mundo Economía y Negocios e Líder, pela revista Dominical e pela Editorial Saber - foi comprado pela Latam Media Holding, de capital britânico.

Em fevereiro, durante os recentes protestos antigoverno, os jornalistas do grupo emitiram um comunicado condenando a mudança na linha editorial, pois, no dia 13 daquele mês, após as 23 horas, a manchete do site do jornal Últimas Noticias, em vez de anunciar duas mortes ocorridas durante os protestos, passou a reproduzir a denúncia de tentativa de golpe que Maduro fazia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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