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O avanço de grupos de extrema direita no Parlamento Europeu e a indefinição política na UE ameaçam suspender as negociações com o Mercosul e outros parceiros comerciais. No domingo, 25, as eleições europeias foram concluídas com um verdadeiro terremoto diante da vitória de grupos que defendem abertamente o fim da UE e a saída de seus países do bloco.

Fontes em Bruxelas confirmaram ao jornal O Estado de S. Paulo que o mal-estar criado vai agora afetar a negociação para escolha de um novo presidente da Comissão Europeia, que assumiria em outubro no lugar de José Manuel Barroso. Mas, desde ontem, lideranças políticas já deixaram claro que dificilmente o atual Parlamento e a comissão poderiam tomar decisões sobre a abertura comercial da UE.

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Oficialmente, a UE diz que continua com o projeto de aproximação com o Mercosul e espera ainda em junho realizar a troca de ofertas de setores que seriam liberalizados. Mas, nos bastidores, muitos acreditam que não haverá condição política.

Na França, o grupo que venceu a eleição já deixou claro que quer congelar todas as iniciativas comerciais da UE. A Frente Nacional de Marine Le Pen indicou que vai buscar o apoio de outros grupos de extrema direita para bloquear, por exemplo, a negociação de um acordo de livre-comércio com os EUA. "Todo o projeto precisa ser adiado", defendeu a líder do movimento xenófobo que teve 25% dos votos no domingo.

Marine quer a volta de barreiras para a indústria e o setor agrário. Juntos, grupos populistas e eurocéticos poderiam ter até 140 parlamentares. No Reino Unido, o vencedor das eleições defende a saída do bloco.

Na segunda-feira, 26, o ministro da Economia francês, Arnaud Montebourg, também sugeriu que "todas as iniciativas comerciais da UE" sejam adiadas até a posse do novo Parlamento e do novo presidente da Comissão Europeia, em outubro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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