Em publicação nas redes sociais logo depois do início de 2018, o chefe de gabinete do Governo de Pernambuco, João Campos (PSB), afirmou que o ano seria para “pegar no serviço”. A frase era utilizada pelo pai dele, Eduardo Campos, e foi replicada por pessebistas em campanhas eleitorais. Já deslanchando como pré-candidato a deputado federal, João ficará em evidência diante da política local ao representar o Brasil, entre os dias 14 e 24 de janeiro, no Programa de Líderes Internacionais do Governo Britânico (British Government’s International Leaders Programme – ILP).
Ele foi o único brasileiro escolhido e se juntará a outros 13 participantes. A escolha dos participantes passa por um critério básico: “o papel que essas pessoas poderão desempenhar em seus países nos próximos anos e no impacto que podem ter em assuntos de interesse global”. Se a eventual postulação de João já gerava ‘ciumeira’ entre os nomes do PSB que vão concorrer a uma vaga na Câmara Federal, o detalhe de prepará-lo internacionalmente para a disputa pode ampliar ainda mais a disputa interna.
##RECOMENDA##“É uma honra participar do Programa de Líderes Internacionais, representando os interesses do Brasil e de Pernambuco. Quero estreitar a relação com o Reino Unido, que tem um vínculo histórico muito forte com o Brasil e Pernambuco, e discutir possíveis parcerias”, afirmou João Campos, explicando que um dos temas que pretende abordar é a educação, com destaque para Pernambuco, que ocupa o primeiro lugar no ranking do Ensino Médio do Ideb.
Fora da agenda de atividades sugerida pelo ministério, João fará uma agenda própria, incluindo uma palestra no King’s College - oportunidade para tratar da questão educacional e assuntos relacionados à economia. Ainda sobre a agenda personalizada, João Campos estará acompanhado do cônsul geral britânico no Recife, Graham Tidey, visitando instituições de ensino, além do King’s College, ele também irá na Thames Water, companhia internacional de águas e saneamento, e conhecendo projetos da área de tecnologia, entre outros.
No Reino Unido, as 13 lideranças escolhidas de 11 países terão acesso a representantes de toda a sociedade britânica, instituições políticas, educacionais, centros de pesquisa e tecnologia, setor cultural, entre outros. Serão visitados locais como o Palácio de Buckingham, o 10 Downning Street (a casa do primeiro ministro), o British Library (umas das maiores bibliotecas do mundo) e o Palácio de Westminster, onde fica o tradicional relógio Big Ben e as duas casas parlamentares. Na ocasião das visitas, haverá reunião com representantes de todos os setores. A missão, incluindo gastos com voos e hospedagem, é toda custeada pelo Reino Unido.