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Por Paulo Uchôa
##RECOMENDA##Confraternizações, escolha de presentes, preparação de comidas para uma ceia farta. Esses são os direcionamentos para quem gosta de curtir as festas natalinas com muita alegria e união entre os familiares e amigos. No bairro de Santo Amaro, área central do Recife, os moradores da Rua Tupiniquins mobilizam-se todos os anos para enfeitarem suas residências, independente do custo financeiro.
Moradora do bairro há 36 anos, Dona Vanise Batista, mais conhecida como Dona Vanda, faz questão de caprichar na decoração de sua casa. "Já tem uns cinco anos que eu enfeito a minha casa. Eu adoro. Eu tenho um prazer de decorar todos os anos. Até no São João eu gosto de arrumar tudo", disse a aposentada de 80 anos.
Apesar da crise econômica que o Brasil vem enfrentando, a prioridade em manter o cronograma no orçamento para os detalhes do Natal não é descartada. Dona Vanda, que já é referência entre os vizinhos no quesito de ornamentações de fim de ano, não visa a premiação da Prefeitura do Recife, que vai reconhecer a rua mais enfeitada. "Eu faço mais pela rua. Não penso nisso [premiação]. Eu não tenho noção de quanto gasto. Mas a minha árvore e as luzes de LED custaram, aproximadamente, R$ 1 mil reais", explica.
Já a residente da rua Ana Paula Oliveira, de 48 anos, planeja bem os produtos que irão fazer parte da decoração. Pesquisar os preços e reciclar materiais, para a dona de casa, é fundamental para que haja uma visão consciente dentro do ambiente familiar de todos ao redor que são testemunhas de adereços inovadores colocados entre o terraço e a calçada. "A gente faz com prazer. É um sentimento de união. Nunca fazemos sozinhos. Buscamos a ajuda de amigos e vizinhos. O que dá para adaptar, até mesmo as peças das festas juninas, a gente dá um jeito. Reciclamos os materiais também", disse.
O vizinho de frente à casa de Ana Paula, o senhor Carlos Torres, enfatiza a importância de trabalhar em conjunto, independente do valor do prêmio. "Para mim, na minha cabeça, é fazer para a rua. Os vizinhos não se divulgam. Temos a vantagem de fazer a nossa própria arte", conclui o engenheiro aposentado de 69 anos.