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O robô explorador indiano confirmou a presença de enxofre no polo sul da Lua, anunciou a agência espacial do país asiático.

Na semana passada, a Índia tornou-se o primeiro país a pousar uma nave perto do polo sul lunar e a quarta nação a concretizar uma alunissagem.

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"O instrumento de Espectroscopia de Decomposição Induzida por Laser (LIBS) a bordo do rover Chandrayaan-3 fez as primeiras medições 'in-situ' da composição dos elementos da superfície lunar perto do polo sul", anunciou a Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO) em um comunicado.

"As medições 'in-situ' confirmam inequivocamente a presença de enxofre na região, algo que não era viável com os instrumentos a bordo dos orbitadores", acrescenta a nota.

A análise espectrográfico também confirmou a presença alumínio, cálcio, ferro, cromo e titânio na superfície lunar, segundo a ISRO. Outras medições mostraram a presença de manganês, silício e oxigênio.

O robô Pragyan (sabedoria em sânscrito), com seis rodas e movido por energia solar, percorrerá o polo sul e transmitirá imagens e dados científicos ao longo de duas semanas.

A Índia trabalha para alcançar as conquistas de outros programas espaciais com uma fração do custo, apesar de ter registrado alguns reveses.

Há quatro anos, outra missão lunar indiana fracassou durante a sua descida final.

A missão Chandrayaan-3 conquistou a opinião pública do país desde o lançamento, há quase seis semanas. O pouso no polo sul da Lula aconteceu na semana passada, poucos dias após um acidente com uma nave russa na mesma região.

Em 2014, a Índia tornou-se o primeiro país asiático a colocar uma nave na órbita de Marte e espera lançar uma sonda para estudar o Sol em setembro.

A ISRO planeja lançar no próximo ano uma missão tripulada de três dias à órbita da Terra.

Também programou uma missão conjunta com o Japão para enviar outra sonda à Lua até 2025 e uma missão orbital a Vênus nos próximos dois anos.

As lágrimas de quem corta cebolas para cozinhar estão com os dias contados. A safra 2017 do Estado de São Paulo, que chega aos mercados nos próximos dias, tem uma novidade: uma variedade "que não faz chorar". Isso porque pesquisadores da multinacional alemã Bayer, após mais de 20 anos, conseguiram reduzir a quantidade de enxofre que é liberado quando a cebola é cortada e, em contato com os olhos, causa irritação e choro.

O processo de criação da nova variedade, chamada Dulciana, começou com a avaliação das diversas variedades de cebola disponíveis no mercado. Depois, as que tinham características desejadas - como mais açúcares, menos acidez e menos enxofre - foram selecionadas e, então, foi feito o cruzamento entre elas, para fazer o melhoramento genético. "Depois, testamos o novo híbrido no campo, avaliamos os índices de produtividade e a resistência a doenças", conta o pesquisador Joelson Freitas, do segmento de cebolas da Bayer.

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Os agricultores que plantaram a nova variedade queriam ter em mãos um produto diferenciado, como Sidimar Mengali, de Itobi, município localizado a 250 quilômetros de São Paulo. Ele e outros colegas de sua região começaram a colher na sexta-feira passada a nova variedade. "Os compradores estão pedindo por ser uma cebola menos ardida, mais agradável", diz o agricultor, que plantou 40 hectares no total.

Em 2015, o Estado de São Paulo colheu 197 mil toneladas de cebola, o equivalente a 13,6% da produção nacional, de 1,44 milhão, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Santa Catarina e Bahia foram os campeões na produção, com 339 mil e 282 mil toneladas, respectivamente.

A nova cebola é o sonho de quem "sofre" quando vai cozinhar. Marisabel Woodman, proprietária de um restaurante peruano que usa 150 quilos de cebola por semana, diz que ter outra variedade é bom, principalmente se ela evita as lágrimas. "Na hora de cortar, todo mundo aqui no restaurante chora, o ambiente fica até carregado", brinca a chef do La Peruana, na zona oeste paulistana.

Cozinheiro-chefe de um restaurante por quilo, Rildo Félix afirma que, apesar da experiência, não consegue evitar as lágrimas quando corta cebolas. "É só cortar a primeira que já começa o choro, é inevitável", diz ele, que usa 30 quilos por semana no Feijão Brasil, nas proximidades da Avenida Paulista. "Nunca tinha ouvido falar, me despertou a curiosidade", comenta. Para Félix, variedades diferentes podem diversificar o consumo da cebola no País, ainda vista como tempero.

Feirante há 35 anos, Antônio de Campos Madeira relata que a maior parte de seus clientes busca cebola para temperar arroz, feijão ou acompanhar um bife. Mas alguns procuram cebolas mais suaves, sem sucesso. "Essa variedade nova vai satisfazer esse pessoal", opina.

Futuro

O coordenador da Câmara Setorial de Cebola da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Santa Catarina (Epagri), Daniel Schmitt, diz que cebolas menos ácidas têm espaço nos Estados Unidos. Lá, nos anos 1980, o consumo do alimento caía entre jovens e crianças. Então, pesquisadores selecionaram variedades mais suaves, que tiveram boa aceitação e alavancaram o consumo. "Faltava essa oferta no País.

Vamos alcançar um novo público e o consumo de cebola, em média de 7 quilos por pessoa por ano, pode aumentar", diz Schmitt. Uruguaios e argentinos comem cerca de 12 quilos por ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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