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Nesta quarta-feira (23), uma nova análise confirmou que 179 casos testaram positivo para a influenza, sendo 174 foram positivos para o subtipo A H3N2 e cinco A não subtipada. Com isso, Pernambuco totaliza 222 casos da doença, sendo 216 positivos para a influenza A H3N2. As análises foram realizadas no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-PE).

Dos 222 casos, 28 (12,6%) apresentaram quadro de síndrome respiratória aguda grave (Srag). Também estão confirmados três óbitos pela influenza A (H3N2). O primeiro, informado na última segunda-feira (20/12), foi de um homem de 46 anos, morador do Recife e paciente renal crônico, que faleceu no último domingo (19). O segundo foi de uma mulher de 69 anos, residente no Recife, e que teve o início dos sintomas, tosse e falta de ar, no dia oito de dezembro.

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A paciente, que tinha hipertensão e diabetes, estava internada desde o dia 17 de dezembro na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Referência à Covid-19 - unidade Boa Viagem, Zona Sul do Recife, falecendo na segunda-feira (20).

Já o terceiro óbito foi de um homem de 24 anos, com sobrepeso e hipertensão. De acordo com a família, ele tinha histórico recorrente de busca por serviço de saúde por causa da pressão alterada. O início dos sintomas, febre, tosse, falta de ar, foi em 14/12 e o óbito, no dia 16, no Hospital Municipal Carozita Brito, em Ipojuca, Região Metropolitana do Recife (RMR).

"Estes números só reforçam a circulação comunitária da influenza A (H3N2) em Pernambuco e a necessidade de reforço nos cuidados, especialmente com uso da máscara. Precisamos, neste momento, de uma atenção redobrada com as crianças, idosos e pessoas com comorbidades severas, que são grupos com maior risco para agravamento pela influenza", afirma a secretária executiva de Vigilância em Saúde da SES-PE, Patrícia Ismael.

Analisando apenas as ocorrências para a influenza A (H3N2), 65,8% envolviam pessoas entre 20 e 49 anos. No quesito sexo, 53,4% são do sexo masculino e 46,6% do feminino. Os municípios de ocorrência da H3N2 são: Araripina (1), Cabo de Santo Agostinho (7), Camaragibe (2), Camocim de São Félix (1), Carpina (1), Caruaru (12), Catende (1), Igarassu (5), Ipojuca (3), Itambé (1), Itapissuma (10), Jaboatão dos Guararapes (18), Moreno (2), Olinda (19), Paulista (9), Recife (119), Vitória de Santo Antão (2), Ribeirão (1), Santa Terezinha (1), Serra Talhada (1) e Timbaúba (1).

Foi anunciado nesta quarta-feira (23), pela Secretaria Executiva de Vigilância à Saúde, um novo boletim epidemiológico com informações mais detalhadas sobre Dengue, Chikungunya e Zika. Além disso, os dados sobre microcefalia também constarão no material.  

De acordo com a Secretaria, o objetivo da mudança é poder planejar melhor o efetivo das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti. Dessa forma, será possível identificar as transmissões mais recentes, traçar um panorama comparativo em relação aos dados anteriores e sua relação com o ciclo de vida do mosquito. A soma dos casos confirmados com os que ainda estão sob investigação também está presente no boletim. 

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Os dados em relação aos bairros também foi inserido no boletim. A coexistência de incidência, cálculo dos números prováveis de casos dividido pela população local e multiplicado por 10 mil é o resultado acrescentado no documento. Com isso, é possível comparar e identificar as regiões com maior risco de adoecimento. 

Resumo das mudanças aplicadas:

- Distribuição da frequência acumulada do ano de casos de arboviroses, segundo classificação final por distrito sanitário de residência;

- Coeficiente de incidência de casos prováveis (soma dos casos confirmados e em investigação) das arboviroses por bairro nas últimas 8 semanas, apresentado em formato de mapa e tabela;

- Distribuição dos casos de microcefalia por distrito sanitário segundo classificação final, com destaque para os principais bairros com maior notificação.

Números 

De acordo com o boletim divulgado nesta tarde, no Recife, foram notificados quase três mil casos de dengue; 459 notificações para Chikungunya e 33 notificações de Zika. Até a semana epidemiológica 49, foram notificados 22 óbitos suspeitos de dengue e destes 4 foram confirmados. Para o mesmo período em 2014, foram notificados dez óbitos e confirmados sete. Não houve registros de óbitos de Febre de Chikungunya ou Vírus Zika.

Já sobre os casos de microcefalia, foram notificados o número de 189, sendo 24 confirmados, 159 sob investigação e seis descartados. Segundo a distribuição de casos notificados por bairro de residência, observou-se que 40,73% estão concentrados em 08 bairros: Ibura (14), Várzea (12), Cohab (10), Dois Unidos (9), Areias (8) Nova Descoberta (9), Cordeiro (8) e Água Fria (5).

Foi observado que os bairros que apresentam o maior risco de adoecimento - casos por 10.000 habitantes - foram: Mangabeira (130,14), Recife (96,89), Ilha Joana Bezerra (91,59), Cabanga (80,13), Afogados (75,39), Alto José Bonifácio (65,21), Coelhos (58,87), Dois Irmãos (52,16) e Mangueira (39,46).

Com informações da assessoria

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