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O escritor alemão de origem turca Dogan Akhanli foi detido neste sábado (19) na Espanha por solicitação da Turquia, anunciou o deputado do Partido Verde alemão Volker Beck, que considerou que a prisão obedecia a motivos políticos.

"Solicitei ao Ministério das Relações Exteriores alemão que imediatamente tomasse atitudes ante as autoridades espanholas para impedir uma extradição à Turquia", afirmou Volker Beck.

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Não foi possível entrar em contato com o Ministério das Relações Exteriores alemão nem com o Ministério do Interior espanhol.

Segundo o jornal regional Kölner Stadt-Anzeiger, que cita o seu advogado alemão, o escritor, nascido em 1957 na Turquia e que mora desde 1992 em Colonia, na Alemanha, foi preso em Granada neste sábado pela manhã, às 08H30 (04H30 de Brasília), por policiais espanhóis que dispunham de um alerta vermelho da Interpol.

Para Volker Beck, a detenção mostra que o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, tenta "estender o seu poder para além das fronteiras de seu país, intimidar as vozes críticas e persegui-las em todo o mundo".

Dogan Akhanli, autor de uma trilogia sobre o genocídio armênio, estaria sendo processado na Turquia, segundo o jornal de Colonia, que não dá mais detalhes a respeito.

É "uma caça orquestrada pelo governo turco contra as mentes críticas no exterior", comentou seu advogado, Ilias Uyar, citado pela revista Der Spiegel em seu site.

O escritor alemão Günther Grass, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura, foi declarado como "persona non grata" pelo governo israelense. Grass está proibido de entrar em Israel por ter escrito um poema que descreve o país como uma ameaça à paz mundial, por causa da cena nucelar.

Para o Ministro do Interior israelense, Eli Yisha, a obra é uma tentativa de atiçar o ódio contra o Estado Judeu.

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As autoridades alemãs consideraram exagerada a reação de Israel. Em 2006, Günther Grass admitiu ter feito parte da SS de Hitler.

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