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Duas semanas após o governo definir o novo porcentual da mistura de etanol anidro na gasolina, nada mudou. A expectativa inicial era de que o reajuste, de 25% para 27%, ocorresse nessa terça-feira (17), mas a medida ainda não foi oficializada pela presidente Dilma Rousseff.

Fontes do setor sucroenergético ouvidas pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, comentaram que a presidente pode ter optado por aguardar os últimos testes de durabilidade feitos pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

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Se assim for, a nova mistura só entrará em vigor em meados de março ou mesmo após 8 de abril, quando ocorre outra reunião da Anfavea e do setor sucroalcooleiro com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante.

O primeiro encontro entre as partes foi em 2 de fevereiro e, na ocasião, foi solicitado que os 27% fossem aplicados em até 15 dias, tempo necessário para que as distribuidoras acertassem a compra do produto. Na semana passada, Mercadante despachou com Dilma a respeito do assunto, mas nada foi definido.

De acordo com as fontes, teme-se que essa demora estimule os produtores a transformar etanol anidro em hidratado, que tem comercialização mais rápida.

Caso isso ocorra, a oferta de anidro disponível neste momento para o aumento da mistura poderia ficar comprometida. Pela lei atual, o governo pode optar por um porcentual que vai de 18% a 27,5%.

A cadeia produtiva de açúcar e álcool havia solicitado, inicialmente, o limite máximo, mas dificuldades quanto à medição do 0,5 ponto porcentual limitaram a mistura, ao menos num primeiro momento, a 27% e apenas para a gasolina C. No caso da gasolina premium, o porcentual permanece em 25%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Elizabeth Farina, afirmou nesta terça-feira (3), que o governo demonstrou "firmeza" em elevar a mistura de etanol anidro na gasolina para 27,5% caso os últimos testes de durabilidade dos motores, previstos para terminar em março, sejam positivos. "Faltam 30% dos testes", disse pouco antes de audiência do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), com lideranças da cadeia produtiva de açúcar e etanol.

Farina participou na segunda-feira (2), de encontro com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, na qual se decidiu pela elevação do porcentual de anidro na gasolina de 25% para 27% a partir de 16 de fevereiro. A mistura vale para a gasolina C e deve ser oficializada hoje pela presidente Dilma Rousseff. Uma nova reunião com Mercadante está marcada para 8 de abril para se considerar o aumento da mistura também na chamada gasolina premium.

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A executiva da Unica destacou, ainda, que o setor prepara um conjunto de pleitos a ser levado ao governo para aumentar a participação do segmento na geração de energia elétrica nacional por meio da cogeração. Segundo ela, há a previsão, para abril, de um leilão de energia específico para a biomassa.

Sobre a saída do ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues do Conselho Deliberativo da Unica Farina apenas comentou que uma reunião está prevista para esta terça-feira (3), entre os conselheiros para debater o assunto. A saída foi confirmada ontem por Rodrigues ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

O governo bateu o martelo sobre o aumento da mistura de etanol anidro à gasolina. De acordo com o presidente do Fórum Nacional Sucroenergético, André Rocha, que participou de encontro com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, na manhã desta segunda-feira (2), o porcentual passará mesmo dos atuais 25% para 27%. Em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, Rocha disse que Mercadante deve despachar na terça-feira, 3, com a presidente Dilma Rousseff para oficializar a medida. "Acreditamos que está tudo certo."

Pelo que ficou acertado, o incremento de mistura valerá para a gasolina C e deverá entrar em vigor em 16 de fevereiro, prazo necessário para que distribuidoras acertem a compra do produto. Com relação à gasolina aditivada, o porcentual permanecerá em 25%. "A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) tem alguns testes para fazer ainda. Devem terminar em março", afirmou Rocha.

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Segundo ele, uma nova reunião com Mercadante está marcada para 8 de abril para discutir o aumento da mistura também na gasolina aditivada. Até lá, acrescentou, espera-se que melhorias nas medições permitam a mistura de 27,5%, como inicialmente solicitado pela cadeia produtiva de açúcar e etanol, em janeiro do ano passado. Para tanto, foi constituído um grupo formado pelo Fórum, pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), pela Anfavea, pelo Inmetro e pelo MDIC para discutir a adoção de provetas que captem esse 0,5 ponto porcentual.

O presidente do Fórum Nacional Sucroenergético destacou ainda que o setor solicitará ao ministro Mercadante, até amanhã, medidas de apoio à produção de eletricidade a partir do bagaço de cana para aumentar a participação da cogeração no fornecimento de energia elétrica.

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