Com toda a irreverência e modernidade, Jards Macalé abriu a penúltima noite da MIMO neste sábado (7), na Praça do Carmo, em Olinda. Acompanhado por Leandro Joaquim (trompete), Pedro Dantas (baixo), Ricardo Rito (teclados), Thiago Queiroz (sax barítono e flauta), Thomas Harres (bateria) e Victor Gottardi (guitarra), o músico interagiu com o público e até arriscou alguns remelexos no palco.
Durante quase duas horas de concerto, Macalé fez várias releituras como Pano pra manga (com Xico Chaves), Boneca Semiótica (com Chacal, Rogério Duarte e Duda Machado), Farrapo Humano (Luiz Melodia) e Canalha (Walter Franco), além da homenagem ao mestre da sanfona. “Queríamos que fizéssemos uma oração para Dominguinhos”, disse o cantor iniciando a música Eu só quero um xodó.
##RECOMENDA##Jards Macalé ainda comentou sobre o caso Amarildo. “No Rio de Janeiro sumiu o Amarildo e no Brasil desaparecem todos os dias pessoas”, ressaltou o músico quando tocou a canção Pedreiro Waldemar, de Wilson Batista. O ápice do seu concerto foi quando cantarolou Maravilha.
Após o show de Macalé, 36 músicos da Orquestra de Sopros da Pro Arte subiram ao palco acompanhados do baiano Gilberto Gil. Juntos realizaram o concerto Ituaçu, que até então só tinha sido apresentado no Rio de Janeiro, em tributo a vida e obra musical de Gil. Sob regência de Raimundo Nicioli, o show também teve participação de Marcelo Caldi (sanfona), Carlos Malta (sopros) e Mariana Bernardes (vocais).
No repertório, músicas consagradas de Gilberto Gil com novos arranjos, feitos pelos músicos da Pro Arte, como Expresso 2222, Drão, Roda e Sítio do pica-pau amarelo, entre outros. “O mérito do MIMO é essa mistura do popular com o consagrado. Gilberto Gil é rei. Já Macalé é consagrado pelos críticos”, afirmou a jornalista Talita Vasques.
A décima edição do MIMO encerra neste domingo (8) com concertos de Carlos Malta, às 16h, e da Orquestra Sinfônica de Barra Mansa, às 18h, todos em Olinda e gratuitos.