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Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta sexta-feira (25), no Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop), na área central do Recife, as condições das Funases de Pernambuco foram tema de discussão. Durante a ocasião, os debates da audiência pública realizada nesta sexta-feira (25), na Assembleia Legislativa de Pernambuco, também foram analisados, bem como a atuação do secretário de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, Isaltino Nascimento, e a escolha do novo presidente da Funase, Roberto Franca.

Durante a abertura da audiência pública, Victor Cavalcante, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no Conselho Nacional de Defesa da Criança e do Adolescente (Conanda), apontou que, em Pernambuco, não há sistema socioeducativo, e sim, de contenção. Mas em defesa do Estado, Isaltino Nascimento disse não admitir que pessoas de fora falassem mal do sistema daqui. “Isso gerou um desconforto, pela forma grosseira e indelicada de abordar a comissão. Ele ainda disse que esse era um problema nacional e que eles deveriam se preocupar com outros estados porque, para Pernambuco, isso não cabia”, declarou a coordenadora executiva do Gajop, Deila Cavalcante, criticando o secretário Nascimento.

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Questionado sobre a postura do secretário, Everaldo Patriota, representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Conanda, disse que Nascimento tem "uma dialética tensa". "Isaltino defendeu uma posição de governo. Isso é natural de quem é agente político. Nós vemos isso como uma resistência a querer ver a superação dos impasses como uma construção coletiva, porque tem que ter participação da sociedade civil, judiciário, Ministério Público, defensoria e Executivo”, apontou.

Patriota ainda alegou que o político deve saber enxergar os erros existentes não ter um discurso meramente defesor do governo. “Não se pode ter um discurso de impasse, confronto ou transferir as responsabilidades que são do executivo para outras esferas”. 

A Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude se limitou a dizer que, numa circunstância como uma audiência pública, é normal a existência desse tipo de discordância, principalmente porque Isaltino Nascimento era o úni representante do governo. 

Novo presidente da Funase é elogiado

Por outro lado, a escolha de Roberto Franca à frente da Funase foi ressaltada como positiva pelos membros da comissão . “Julgo como uma boa escolha o nome de Franca. Ele tem histórico nos direitos humanos e pode ter a sensibilidade necessária para o cargo”, disse Everaldo Patriota. Mesmo com a esperança de que o novo nome possa fazer diferença nas busca por melhorias das condições existentes, a coordenadora do Gajop apela pela sua autonomia. “É importante que ele possa fazer o trabalho dele, sem que existam determinações que impeçam isso”. 

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