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Forças do governo sírio abriram fogo contra um protesto na cidade de Alepo e mataram nove manifestantes nesta sexta-feira. Ativistas convocaram protestos por todo o país, afirmou uma entidade de defesa de direitos humanos. Mas também em Alepo, o governo sírio denunciou que insurgentes mataram 26 civis simpatizantes do regime e militares, no que foi qualificado como um "massacre" pelo governo.

Vídeo amador distribuído pelo Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, com sede em Londres, mostra um manifestante coberto de sangue sendo carregado pelas ruas de Alepo. Entre sons de tiros, manifestantes marcham pelo centro comercial que é visto como um bastião do regime do presidente Bashar Assad entoando: "Nos sacrificamos por Vós, ó Deus!."

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Um vídeo divulgado hoje mostrou mais de uma dezena de cadáveres ensanguentados na Síria, alguns empilhados uns sobre os outros e trajando uniformes militares, no que o governo classificou de "massacre" perpetrado por rebeldes em Alepo. Segundo o narrador do vídeo, as vítimas eram membros das milícias shabiha (fantasmas, em árabe), ligadas ao regime. Os shabiha geralmente são da minoria alauita, a mesma de Assad.

O grupo opositor também liberou uma gravação em que quatro oficiais do exército sírio declaram ter desertado e se juntado aos opositores, que lutam pela queda de Assad desde março do ano passado. As deserções teriam ocorrido ontem, no mesmo dia em que um piloto sírio fugiu com um caça MiG-21 para a Jordânia, onde recebeu asilo.

Milhares de militares abandonaram o regime, mas a maioria de baixa patente. O grupo rebelde Exército Livre da Síria é formado basicamente por desertores.

Manifestantes também tomaram as ruas da cidade de Koubani, entre eles crianças carregando cartazes de apoio ao Exército Livre Sírio.

Na capital do país, Damasco, simpatizantes da revolta foram atacados pelo exército no distrito de Mazzeh e nos subúrbios, disse o Observatório, informando também que duas crianças foram mortas.

Na cidade de Homs, moradores fizeram um pequeno protesto apesar de bombardeios nas vizinhanças tomadas pelos rebeldes, afirmam ativistas. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho Sírio realizaram na quinta-feira duas tentativas frustradas de retirar os civis que permanecem nos bairros sitiados de Homs.

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