Foi divulgado, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (23), pela Polícia Federal (PF) o balanço da Operação Casa 101. Casos de desvio de verba pública, corrupção, lavagem de dinheiro e peculato estão sendo investigados. A Controladoria Geral da União (CGU) detectou as irregularidades ao auditar 32 contratos do Departamento Nacional de Infrestrutura e Transporte (Denit) no Estado. Três dos contratos, para pavimentação, manutenção e conservação da BR-101 na região metropolitana do Recife estão sendo investigados. Os valores somados são superiores a R$ 370 milhões e o prejuízo aos cofres públicos é de R$67.106.618,00, em apenas um contrato.
Os nomes das empresas investigadas não foram divulgados pela PF. Entretanto, já foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão no Recife, Paudalho, Garanhuns e Maragogi (Alagoas), que resultaram na detenção de pessoas, que foram ouvidas e, em seguida, liberadas. A polícia também analisará dados contidos nos notebooks e CPUs apreendidos na operação. As contas bancárias dos suspeitos estão bloqueadas e seus bens foram sequestrados.
##RECOMENDA##De acordo com o chefe-adjunto da CGU, Fábio da Silva Araújo, os fiscais assinavam boletins de medição indicando que trechos das obras tinham sido feitos, enquanto que nem 15% deles tinham sido executados. E então eram liberados os empenhos para pagamento das construtoras.
Segundo a PF, a troca de favores entre empresas e fiscalização era tão escancarada, que as empresas contratadas para a execução de obras e serviços públicos forneceram mão de obra e material de construção para edificação de casa residencial de um servidor do Dnit. Por isso, a operação foi batizada de Casa 101, que está entre os bens seqüestrados.