A levantadora Fabíola saiu na frente de Dani Lins na luta pela vaga de titular na seleção feminina de vôlei. Na disputa do Pré-Olímpico Sul-Americano, em São Carlos, ela entrou mais vezes em quadra, mas sabe que ainda tem muito chão para garantir sua permanência na equipe. "O fato de a posição estar em aberto, é preciso matar um leão por dia. Isso faz parte do nosso trabalho, é bom para a gente e é preciso correr mais", explicou Fabíola.
Elas tentam preencher o espaço deixado por duas importantes levantadoras, Fernanda Venturini e Fofão. Desde a aposentadoria delas na seleção, nunca mais uma especialista na posição conseguiu se firmar na equipe. "Elas são grandes levantadoras, que fizeram história, e eu, a Dani Lins e a Fernandinha estamos correndo atrás. Meu sonho também é ser campeã olímpica, desde pequena penso nisso. A chance que estamos tendo é muito importante e é uma oportunidade", afirmou, citando também Fernandinha, que foi convocada, mas não ficou na lista final do Pré-Olímpico.
##RECOMENDA##Fabíola era atacante na seleção infanto-juvenil, mas, a pedido do técnico Bernardinho, mudou de função. "Como na época não tinha levantadora alta, o Bernardo sugeriu para mim", revelou a jogadora, que tem 1,83m, cinco centímetros a menos que Dani Lins. Na disputa do Pré-Olímpico, que confirmou a classificação do Brasil para os Jogos de Londres, ela conseguiu se destacar também pelo bom aproveitamento nos bloqueios.
Reserva, Dani Lins vê a concorrência com bons olhos. "É uma disputa saudável pela posição. Desde que a Fernanda e a Fofão saíram, ninguém assumiu a vaga. A gente se ajuda muito e nos damos bem tanto dentro quanto fora de quadra", diz. Para ela, estar em Londres será uma grande realização profissional. "Eu quero estar jogando. Participar da Olimpíada é um sonho e tenho que treinar muito para estar lá", concluiu.