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Nesta sexta (12), a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva protocolou e entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) novas mensagens trocadas por integrantes da força-tarefa Operação Lava Jato. No conteúdo, procuradores escrevem sobre a necessidade de “atingir Lula na Cabeça” para “vencermos as batalhas já abertas”. A troca de mensagens ocorreu no dia 5 de março de 2016, um dia depois da condução coercitiva do ex-presidente para depor na Polícia Federal. As informações são do jornal Folha de São Paulo.

Os diálogos foram obtidos por um hacker, na Operação Spoofing, que invadiu celulares de autoridades. Há ainda uma fala da procuradora Carolina Rezende, identificada como "Carol", que instiga o grupo a atingir "nesse momento o ministro mais novo do STJ [Superior Tribunal de Justiça]". À época, Carolina fazia parte da equipe do então procurador-geral da República Rodrigo Janot.

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Em dezembro de 2015, o ministro do STJ Marcelo Navarro Ribeiro Dantas, ficou na mira da Lava Jato depois que Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, disse à Procuradoria-Geral da República (PGR) que escutou o então senador Delcídio Amaral comentar que havia uma "movimentação política" para que seu pai obtivesse um habeas corpus através do intermédio de um ministro de sobrenome "Navarro".

Navarro havia sido nomeado para o STJ poucos meses antes e era relator Lava Jato. Ele foi afastado do caso e substituído pelo ministro Felix Fischer, que votou a favor de todas as decisões dos procuradores da Lava Jato e do juiz Sergio Moro.

Calheiros

Em outro diálogo, a procuradora Carolina Rezende também elenca o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) como alvo prioritário das investigações. "Pessoal, fiquei pensando que precisamos definir melhor o escopo pra nós dos acordos que estão em negociação. Depois de ontem, precisamos atingir Lula na cabeça (prioridade número 1), pra nós da PGR, acho q o segundo alvo mais relevante seria Renan. Sei que vcs pediram a ODE [empreiteira Odebrecht] que o primeiro anexo fosse sobre embaraço das investigações. Achei excelente a ideia mas agora tenho minhas dúvidas se o tema é prioritário e se é oportuno nesse momento. Não temos como brigar com todos ao mesmo tempo. Se tentarmos atingir ministros do STF, por exemplo, eles se juntarao contra a LJ, não tenho dúvidas. Tá de bom tamanho, na minha visão, atingirmos nesse momento o min mais novo do STJ. acho que abrirmos mais uma frente contra o Judiciário pode ser over. Por outro lado, aqueles outros (Lula e Renan) temas pra nós hj são essenciais p vencermos as batalhas já abertas”, diz trecho da mensagem exposta.

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