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Faltando menos de uma semana para a posse dos deputados federais, há quem aposte que o deputado federal Jean Wyllys (Psol) volte atrás da decisão de não assumir o mandato e ir embora do país. Um dos que acreditam que tudo não passa de uma “ação midiática” é o também deputado federal Marco Feliciano (Podemos). Por meio de um vídeo, o pastor disse acreditar que o ex-BBB vai fazer uma espécie do “Dia do Fico”, em referência à declaração de D.Pedro em 1822.  

Sem minimizar nas críticas, o parlamentar falou que Jean tem um “prestígio desgastado” pela escassez de votos e por causa das bandeiras da esquerda que, segundo ele, estão falidas. "A sua covardia foi mais forte do que seu antigo vislumbre quando era BBB, mas nem preciso ser profeta para preconizar que tudo isso pode não passar de uma ação midiática de quem se encontra em uma insignificância dolorosa que brevemente virá novamente a público num deslumbrante Dia do Fico, na maior cara de pau, como se fosse importante a sua desistência, de renunciar à política a não ser para os seus parceiros esquerdistas que vive a defender o indefensável com o seu maior guru que esta atrás das grades". 

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Feliciano recordou que o deputado Tiririca também falou que deixaria o mandato, mas voltou atrás. “Ele [Jean] não é o primeiro a mentir sobre deixar o mandato ou não ser mais candidato. Você lembra de outro? Tem outro famoso que disse que não seria candidato e foi eleito. Caso seja verdade, que eu não acredito, deve ser porque viu a diferença dos mandatos passados onde poucos o enfrentavam como eu e o deputado Jair Bolsonaro. Nós éramos apenas alguns que não tínhamos medo dos seus extremismos e cuspadas, mas agora a verdadeira tropa de choque vem chegando dia 1° de fevereiro prontos para rebater as suas ofensas e as suas políticas destemperadas”. 

Feliciano, que acusou o psolista de ser um deputado pirotécnico e midiático, falou que as ameaças que Jean diz receber devem vir de suas mídias sociais porque até agora ele não apresentou “nenhuma prova contumaz”. O pastor ainda contou que sofreu muito mais do que quando o psolista o jogou contra a comunidade LGBT, sua família e igrejas, mas que mesmo assim nunca pensou em abandonar a sua bandeira e muito menos o Brasil. 

“Abandonar o Brasil, abandonar a pátria, abandonar a luta pela suas bandeiras, Jean, sinceramente, eu esperava mais de você. Podemos divergir em quase tudo, mas eu tinha respeito por você porque você lutava pelo que acreditava, mas abandonar tudo. Abandonar os seus eleitores, mesmo que tenha sido poucos, fugir para outro país? Ainda que eu mesmo brincando lhe cobrei isso tempo atrás, mas por pura ironia, é de uma covardia, Jean, sem tamanho”, acrescentou. 

No final, Marco Feliciano pediu a Deus, caso não mude de ideia e saia do Brasil, que Jean vá para um país que admira como Cuba e a Venezuela. “Quem sabe lá você aprenda de fato o que é a verdadeira democracia”, finalizou. 

Depois de muita pressão dos parlamentares do Pará, o presidente Michel Temer editou medida provisória para criar o Fundo Nacional de Desenvolvimento Ferroviário (FNDF) para destinar recursos para as ferrovias paraenses.

Esse fundo terá como fonte o bônus de outorga da Ferrovia Norte-Sul no trecho entre Porto Nacional (TO) e Estrela d'Oeste (SP). O lance mínimo será de R$ 1,097 bilhão. O Estado do Pará terá prioridade nos investimentos do novo fundo para garantir a ligação da Ferrovia Norte-Sul ao Complexo Portuário de Vila do Conde, em Barcarena (PA).

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Essa foi a forma que o presidente Temer encontrou para evitar que o governador do Pará, Simão Janete, prosseguisse na ameaça de entrar na Justiça contra a decisão do governo federal, anunciada no início do mês, de renovar a concessão da Estrada de Ferro Carajás, que passa pelos Estados do Maranhão e do Pará, ligando o Porto de Itaqui, em São Luís (MA), e Marabá e Parauapebas (PA). Em troca, a Vale ficou responsável por construir trecho da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste, entre Goiás e Mato Grosso.

Os investimentos estimados são de R$ 4 bilhões. O governador do Pará considerou ilegal transferir os aportes para o Centro-Oeste, sendo que o trecho renovado é de um ferrovia que passa pelo Pará.

Temer decidiu criar esse fundo para investir nas ferrovia do Pará depois de receber o candidato ao governo do Pará e ex-ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho (MDB), o senador Jader Barbalho (MDB) e integrantes das federações da agricultura, da indústria e do comércio do Pará.

Fonte

A fonte de dinheiro do fundo vai ser a outorga de dois trechos da Ferrovia Norte-Sul que serão licitados em conjunto, para uma só empresa. Um deles é o Tramo Central, entre Porto Nacional (TO) e Anápolis (GO), com 100% da infraestrutura construída. O outro fica entre Ouro Verde de Goiás (GO) e Estrela D’Oeste (SP), com mais de 90% da construção concluída. Juntos, somam 1.537 quilômetros de extensão.

A construção da Norte-Sul começou em 1987. O traçado inicial tinha extensão de 1,5 mil quilômetros entre Açailândia (MA) e Anápolis (GO), mas o projeto foi ampliado, prevendo a construção de trechos ao norte e ao sul do País. O trecho de 720 km da Norte-Sul entre Açailândia e Palmas (TO) já é operado pela Vale. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Para diminuir a insatisfação do governo e de parlamentares do Pará, o governo federal decidiu destinar recursos que serão arrecadados com o leilão de um trecho da Ferrovia Norte-Sul para a região. O bônus de outorga do trecho, que será licitado neste ano, será de R$ 1,097 bilhão, e pode ser ainda maior se houver disputa no leilão.

Essa foi a forma que o presidente Michel Temer encontrou para evitar que o governador do Pará, Simão Janete, prossiga na decisão de entrar na Justiça contra a decisão, anunciada no início do mês, de renovar a concessão da estrada de ferro Carajá, que passa pelos Estados do Maranhão e do Pará, ligando o Porto do Itaqui, em São Luís (MA) e Marabá e Parauapebas (PA). Em troca, a Vale ficou responsável por construir trecho da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), entre Goiás e Mato Grosso. Os investimentos estimados são da ordem de R$ 4 bilhões. A bancada do Pará considera ilegal transferir os aportes para o Centro-Oeste, sendo que o trecho renovado é de uma ferrovia que passa pelo Estado paraense.

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Todo o dinheiro arrecadado com o leilão de outra ferrovia, a Norte-Sul, vai para o Fundo Nacional Ferroviário, que terá como prioridade a aplicação de recursos no Pará, disse o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco. "Tivemos uma reunião nesta segunda de manhã (ontem) para discutir a questão logística de aproveitamento do Porto de Barcarena e da Ferrovia Paraense", afirmou ao Estadão/Broadcast o ministro.

"Vamos garantir a logística no Estado do Pará, o que vai viabilizar e facilitar o acesso ao Pacífico, já que Barcarena é o porto mais próximo do Canal do Panamá", acrescentou.

Pressão

A decisão foi tomada na segunda-feira, 16, no Palácio do Planalto. Participaram o candidato ao governo do Pará e o ex-ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho (MDB-PA), o senador Jader Barbalho (MDB-PA), integrantes da federação da agricultura, da indústria e do comércio do Pará, além de técnicos da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) e do PPI.

Para o ex-ministro e candidato a governador, a criação do fundo representa uma vitória do Estado, que havia ficado de fora dos planos do governo na área de ferrovias.

Senadores do Pará já tinham procurado Temer, no início do mês, para cobrar que a contrapartida para a Vale renovar a concessão de Carajás fosse o traçado final da Norte-Sul. A linha de 477 km de extensão, prevista para ligar Açailândia (MA), onde a Norte-Sul acaba atualmente, até o Porto de Vila do Conde, em Barcarena (PA), é um projeto tão ou mais antigo que a Fico.

O ex-ministro Helder Barbalho confirmou que esse será o trecho escolhido para os investimentos. Ele já estava previsto desde a retomada das obras da Norte-Sul, em 2006, no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O dinheiro do leilão também vai pagar os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental (EVTEA) para a construção do perímetro da Norte-Sul no Pará, a serem feitos pela EPL, e a ponte rodoferroviária de Marabá (PA). Segundo Barbalho, esses dois itens devem custar R$ 1,2 bilhão e serão pagos com dinheiro da Vale. "O fundo será criado e gerido pelo governo federal, mas o dinheiro será 'carimbado' para não haver risco de que uma mudança de governo mude os planos."

Norte-sul

 

Subconcessão cuja outorga será destinada ao fundo diz respeito a dois trechos da Ferrovia Norte-Sul, que serão licitados em conjunto, para uma só empresa. Um deles é o Tramo Central, entre Porto Nacional (TO) e Anápolis (GO), com 100% da infraestrutura construída. O outro fica entre Ouro Verde de Goiás (GO) e Estrela D’Oeste (SP), com mais de 90% da construção concluída. Juntos, eles somam 1.537 quilômetros de extensão.

A construção da Norte-Sul começou em 1987. O traçado inicial tinha extensão de 1,5 mil quilômetros entre Açailândia (MA) e Anápolis (GO), mas o projeto foi ampliado e previa a construção de trechos ao norte e ao sul do País. O trecho de 720 km da Norte-Sul entre Açailândia e Palmas (TO) já é operado pela Vale. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A mineradora Vale está se mobilizando para evitar que uma discussão antiga do agronegócio atrase um dos projetos de maior interesse para a companhia: a renovação antecipada da concessão de suas estradas de ferro. Para conseguir a renovação, a empresa se comprometeu a fazer duas obras, no Centro-Oeste e no Sudeste. No entanto, a Vale já havia se comprometido com investimentos no Espírito Santo e no Pará - e a notícia de que os investimentos bilionários irão para outros Estados despertou a ira dos dois governadores, politizando o pleito da mineradora.

Ao negociar a renovação antecipada, a Vale aceitou a exigência do governo de federal de construir a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), entre Campinorte (GO) e Água Boa (MT), ao custo de R$ 4 bilhões e entregá-la à União, que licitará o operador. A empresa aceitou a proposta, apesar de esse investimento estar ligado ao escoamento da safra de grãos do Centro-Oeste, e não afetar positivamente o dia a dia de suas operações.

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Para especialistas, essa não foi a melhor opção. Para não travar o processo e a empresa não correr risco de ter de negociar com o próximo governo, eles defendem o pagamento em dinheiro da nova outorga. "Isso pode virar um inferno se não agirem logo. Conheço bem essa história, pois já fui personagem nela", diz o ex-diretor da Vale José Carlos Martins, para quem as demandas de Pará e Espírito Santo precisam ser analisadas.

A empresa não comenta o assunto, mas a avaliação interna é de que a contrapartida exigida é válida para minimizar o risco de deixar a discussão para o ano que vem. Além do investimento no Centro-Oeste, a VLI, empresa de logística da qual a Vale tem 30%, deve investir mais R$ 1 bilhão para construir um trecho da estrada de ferro que ligaria os portos do Espírito Santo e do Rio de Janeiro.

O esforço é para contornar a oposição dos governadores do Espírito Santo e do Pará, que deram contornos de briga federativa ao acordo que era costurado. "Tinha tudo para ser perfeito, nem o TCU (Tribunal de Contas da União) iria questionar. Agora, o maior risco é travar um pacote de investimentos de R$ 25 bilhões", diz o coordenador do Núcleo de Logística da Fundação Dom Cabral, Paulo Resende. Ele se refere à negociação conduzida pela Vale e por outras três operadoras ferroviárias: VLI, Rumo e MRS.

Polêmica.

Segundo Resende, a necessidade de interligar, por ferrovias, a produção de grãos do Centro-Oeste aos portos é óbvia. A politização ocorreu na escolha das saídas da ferrovia por Itaqui (MA) e Santos (SP). Como o projeto ainda terá de passar por audiências públicas, as críticas dos governos do Espírito Santo e do Pará podem interromper o processo.

O Pará defende a priorização de um arco ferroviário na região Norte, que integre ferrovias, hidrovias e portos e viabilize a saída dos grãos por vários portos da região. Já o Espírito Santo quer a alocação dos recursos das novas outorgas para a ferrovia Espírito Santo-Rio. O projeto integraria os portos dos dois Estados e beneficiaria o polo de mineração e siderurgia, que hoje é obrigado a utilizar passar por São Paulo e Minas Gerais com suas cargas, o que aumenta os custos logísticos.

Martins também acha que seria melhor pagar a contrapartida em dinheiro e deixar que o governo investisse onde quisesse. "A questão é que, pagando com ferrovia no Mato Grosso, que não tem nada da Vale, a empresa criou uma 'dívida' com outros Estados, onde tem operações", diz.

De acordo com o economista Armando Castelar, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o atual momento político do País justifica a tentativa de transferir a responsabilidade de construção para um agente privado. Ele frisa que precisa estar "tudo amarrado" e chama atenção para as vantagens da mudança contratual, além dos investimentos.

"Estamos diante da oportunidade de fazer uma mudança importante, que vem sendo discutida desde 2013", afirma. Ele lembra que a mudança contratual inclui a possibilidade de devolução de trechos, maior abertura a novos usuários e descontos caso os investimentos não sejam realizados.

Para ele, os governadores de Pará e Espírito Santo estão usando os argumentos errados. "Os governadores estão preocupados com seus Estados, e o governo federal, com o Brasil. Eles estão querendo ser compensados por uma coisa boa, que é já ter ferrovias. Justiça federativa é investir em quem não tem ferrovia ainda", completa.

Em nota, a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) informou que a definição dos investimentos compete ao governo federal e está amparada no Plano Nacional de Logística (PNL). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O plano do governo de repassar para a mineradora Vale a construção da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico) foi mal recebido pelos governos do Pará e do Espírito Santo - onde estão localizadas as ferrovias Vitória-Minas e Carajás, administradas pela mineradora, que pode ganhar a renovação automática das concessões se concluir o trecho da Fico entre Goiás e Mato Grosso.

Na terça-feira (10) os governadores Paulo Hartung (ES) e Simão Jatene (PA) assinaram uma carta pedindo ao presidente Michel Temer a suspensão da prorrogação antecipada das concessões com base no investimento na Fico. Eles questionam que não houve na decisão do governo federal diálogo com os dois Estados onde estão as ferrovias que serão renovadas automaticamente. Eles consideram ilegal transferir os investimentos - calculados em R$ 4 bilhões - para o Centro-Oeste.

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Na semana passada, o governo chamou a imprensa para anunciar que a Vale foi escolhida para construir um trecho de 383 km da ferrovia entre os municípios de Campinorte (GO) e Água Boa, em Mato Grosso. A nova malha teria a missão de apoiar o escoamento de grãos do Estado, ligando-se ao traçado da Ferrovia Norte-Sul. Em troca da obra, a Vale receberia a renovação automática das concessões da Ferrovia Vitória-Minas, entre Vitória e Belo Horizonte, e da Estrada de Ferro Carajás, que passa pelos Estados do Maranhão e do Pará, ligando o Porto do Itaqui, em São Luís (MA) e Marabá e Parauapebas (PA).

Senadores do Pará já tinham procurado Temer, na semana passada, para cobrar que a contrapartida para a Vale renovar a concessão de Carajás fosse o traçado final da Norte-Sul. A linha de 477 km de extensão, prevista para ligar Açailândia (MA), onde a Norte-Sul acaba atualmente, até o Porto de Vila do Conde, em Barcarena (PA), é um projeto tão ou mais antigo que a Fico.

"Não temos nada contra a ferrovia do Centro-Oeste, mas não podemos ficar de fora. Não é uma comissão de burocratas do PPI que anuncia essa condição com a Vale e está decidido. Manda quem pode e obedece quem tem juízo. Tem que fazer o último trecho da Norte-Sul nas mesmas condições. E eu trato desse assunto com o cardeal do governo, e não com os coroinhas do Palácio", disse o senador Jader Barbalho (MDB-PA).

O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) promete retaliação. "Vamos usar de todos os instrumentos regimentais para obstruir as votações de interesse do governo. O presidente Michel Temer tem que respeitar o Estado do Pará."

De um lado, Mato Grosso demonstra que precisa de uma nova ferrovia para apoiar a logística estrangulada do agronegócio. Do outro, o Pará alega que a construção do trecho até Barcarena abrirá uma segunda opção portuária à Norte-Sul, que hoje depende unicamente da Estrada de Ferro Carajás (controlada pela Vale) para chegar até o Porto de Itaqui, no Maranhão.

"Esses conflitos são normais, mas, como minha avó já dizia, 'farinha pouca, meu pirão primeiro'", diz o senador José Medeiros (Pode-MT). "O Pará já tem a sua ferrovia e o Espírito Santo também. Mato Grosso, que vive de commodity, não tem nenhuma ferrovia, apenas um pequeno trecho em Rondonópolis."

Em vídeo enviado na semana passada a amigos e apoiadores, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse que o governo tomou uma decisão "inteligente". "Comemoramos a decisão do governo e vamos trabalhar para dar o apoio político necessário para que não mude de rumo."

O secretário de coordenação de projetos do PPI, Tarcísio Freitas, argumenta que a decisão sobre a Vale foi técnica. "Onde estão os grãos? Onde está a demanda de transporte? A decisão é meio óbvia. Você confronta investimento e carga, retorno sobre investimento, retomo econômico e social, e vê as ferrovias que fazem mais sentido." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Desde que apareceram as primeiras informações sobre o interesse do Palmeiras, surgiram muitas especulações sobre o contrato e os valores da multa de Diego Souza, que deixaram o jogador em dúvida, já que, segundo ele, nunca tinha pedido para sair do clube pernambucano.

"O que mais me deixou chateado foi que as pessoas me pressionaram para que eu me decidisse. Disseram: o Diego não sai, o Diego vai ficar. Meu empresário veio aqui e ficou chateado, porque achava que teria negociação, mas aí via pessoas dando valores e me questionei: Mas se vou ficar, porque tem valor? Eles precisam me vender. Não estava mais entendendo. Isso foi me enchendo o saco. Isso na cabeça do atleta é uma merda. Por isso o atraso na definição", disse.

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Ainda de acordo com Diego - diferente do que informou o presidente Arnaldo Barros - havia sim uma possbilidade de saída com um valor relativamente baixo. "Nunca falei da minha cláusula de contrato. Nunca disse para ninguém que queria sair do clube. Antes da final, meu pai queria falar comigo de todo jeito, mas eu não decidi em momento algum que queria sair daqui. Meu contrato tinha uma cláusula de saída, que juridicamente pode até não valer nada, mas o espírito dela, quando foi feita, era para uma futura saída, no valor de 1,6 milhões de euros. Em momento nenhum eu pedir para sair por conta disso", revelou.

Encontro com Edmundo

Durante programa do Fox Sports, o ex-jogador e comentarista Edmundo disse que tinha tido a impressão de que Diego Souza iria para o Palmeiras, porque estava na praia e teria encontrado com seu empresário. Sobre isso, o jogador do Sport disparou duras críticas. "O Edmundo deu uma entrevista dizendo que me encontrou na praia. Por mais que eu tenha problemas pessoais, eu dei uma volta na praia, para arejar a cabeça. Fui com um amigo. Encontrei com ele sim. Só que foi mau caratismo dele se aproveitar de uma situação como essa. Disse que eu tinha me encontrado com o meu empresário. Que eu fique o resto da minha carreira sem fazer gols se eu encontrei com ele (Eduardo Uram)", finalizou.

Acabou a novela. Diego Souza fica no Sport e já deve jogar contra a Chapecoense nesta quinta (13). Em pronunciamento emocionado nesta quarta (12), o jogador desabafou contra a própria diretoria do Sport, parte da imprensa, disse que o ex-jogador Edmundo foi mau caráter e revelou detalhes de seu contrato com o Sport, inclusive falando dos valores.

No primeiro momento, o meia rubro-negro falou sobre a tristeza com que recebeu as notícias questionando o real motivo de ter ido ao Rio de Janeiro. "Eu nunca precisei mentir aqui no Sport. Com relação a nada aqui. Carreguei a bandeira do Sport comigo onde eu fui. Aconteceram coisas em um momento em que passei dificuldade que me deixaram triste, como nunca tinha ficado desde que cheguei aqui. Tem muito mal caráter dentro dessa história, do lado de vocês (imprensa), que se aproveitaram dessa situação. Não me senti protegido pelo clube. Calhou de ser a minha sétima partida sim, mas eu nunca menti", afirmou.

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Diego disse que já havia comunicado a diretoria os seus problemas e que ficou triste com a postura do clube. "Quando cheguei e falei a minha situação (queria ser respeitado) e continuaram falando de negociação, aumento de contrato, que eu ia ganhar no Palmeiras. Não me respeitaram no momento em que precisei. O Sport não devia ter falado mais nada. Quando eu chegasse falaria. Se fosse mentira (o problema pessoal) eles teriam tudo para fazer comigo, mas fizeram de um jeito que não gostei".

O camisa 87 do Sport afirmou que as informações equivocadas deram a impressão a torcedores de que ele queria arrancar mais dinheiro do Sport. "As pessoas entenderam que eu sou mercenário, que estava fazendo isso por aumento de salário. O meu problema não é dinheiro. Graças a Deus, eu consegui tranquilidade (financeira) ao longo da minha carreira. Quando eu voltei para cá do Fluminense, eu deixei quase 100 mil reais para trás por mês. Eu tinha agora uma proposta da China que resolveria minha vida. Não é o que estou procurando no momento", disse.

Para encerrar a novela, Diego disse o que todos os rubro-negros queriam ouvir. "Vou continuar aqui, da mesma maneira, continuar trabalhando. O clube deu uma crescida. Espero que isso (a 'novela') não tire o foco do que a equipe vem produzindo nas últimas partidas. Eu bato no peito e tiro isso de letra. Quero mais é que as pessoas entendam o que aconteceu e apoiem o Sport, pelo menos amanhã (no jogo diante da Chapecoense)".

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