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Um dos tripulantes do navio cargueiro Shoveler, ancorado no Porto do Recife desde o dia 30 de junho, morreu de Covid-19 nesse domingo (18). Aos 50 anos, a vítima é de origem filipina e lutava contra a doença na UTI de um hospital particular da capital desde 1º de julho. A embarcação segue atracada com a confirmação de outros três contaminados.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou o óbito e viabiliza a cremação segura do corpo junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e à empresa responsável pelo navio de bandeira do Chipre, na Europa.

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Outros dois profissionais da embarcação, de 25 e 48 anos, foram diagnosticados com a variante Delta, originária da Índia. Ambos estão em leitos de enfermaria e apresentam quadro estável, informa a SES, que também identificou a doença em outro profissional, posto em isolamento no próprio navio.

Uma testagem ampla foi realizada com os demais tripulantes na quinta (15) e sexta-feira (16). Todas as 15 amostras colhidas deram resultado negativo para a Covid-19.

Após a confirmação da variante no navio, o Governo do Estado solicitou ao Ministério da Saúde o envio de mais 420 mil doses de vacinas contra a Covid-19 e 840 mil testes de antígeno para controlar a transmissão em território pernambucano.

A embarcação aguarda liberação da Anvisa para seguir destino ao Porto de Paranaguá, no Paraná.

A Polícia Federal em Pernambuco repassou, neste domingo (25), detalhes sobre a morte de um filipino em um navio. Colinares Dominador Badilla, de 56 anos, faleceu a bordo da embarcação cargueira MV AANYA, de bandeira panamenha, que realiza o transporte de minério de ferro.

Com base no relato do diário de bordo, a PF informou que o tripulante começou a se sentir mal na tarde do dia 16 de agosto, com muito frio pelo corpo, dores, febre e vômito. O documento relata que imediatamente foi prestada assistência, com prescrição de medicamentos.

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Dois dias depois, o estado de Saúde de Badilla piorou; ele passou a apresentar fortes dores no corpo e dificuldade para andar e respirar. O comandante da embarcação, com auxílio remoto por médicos e por um centro especializado localizado na Itália, ministrou a medicação indicada e continuou monitorando o quadro do paciente, que apresentava crescente piora.

No dia 21 eles se aproximaram do Porto do Recife. O comandante acionou e informou as autoridades locais sobre a situação de gravidade do paciente. Equipe médica da Marinha do Brasil se deslocou por helicóptero até a embarcação, com objetivo de resgatar o tripulante e transportá-lo até um hospital, porém Badilla já havia falecido.

A Polícia Federal foi acionada para averiguar a ocorrência e proceder às medidas cabíveis. Como as circunstâncias indicam possivelmente morte natural, sem indícios de cometimento de crime, não foi formalizado procedimento de polícia judiciária até que seja apontado o motivo da morte.

O corpo foi recolhido por equipe do Instituto de Medicina Legal, para realização de perícia tanatoscópica e determinação da causa mortis. Caso se confirme o falecimento por causas naturais, a ocorrência registrada pela Polícia Federal se dará por concluída.

Com informações da Polícia Federal

O ministro da Justiça filipino disse que os criminosos não são humanos, em reação a um relatório da Anistia Internacional que acusou a polícia de crimes contra a humanidade por ter matado milhares de traficantes ou consumidores de drogas.

No texto publicado nesta quarta-feira, a Anistia Internacional acusou a polícia filipina de ter matado ou ordenado a morte de supostos delinquentes como parte da guerra contra as drogas do presidente Rodrigo Duterte e considerou que estes assassinatos podem se equiparar a crimes contra a humanidade.

O ministro da Justiça defendeu a política do governo, negando o status de humanos aos abatidos pela polícia: "Os criminosos, os barões da droga, os narcotraficantes não são a humanidade", disse o ministro Vitaliano Aguirre.

"Em outras palavras, como é possível que, quando a guerra é dirigida apenas contra os barões da droga, os viciados em drogas, os traficantes, os considerem (parte da) humanidade? Eu não", declarou. A Anistia acusa os policiais de uma série de crimes, como matar pessoas indefesas, forjar provas, pagar assassinos para eliminar os viciados em drogas ou roubar as vítimas.

A ONG acrescenta que os comandos policiais pagam aos agentes para matar e afirma ter encontrado vítimas muito jovens, algumas de oito anos. Desde a posse de Duterte, em junho, a polícia anunciou ter matado 2.555 pessoas e outras 4.000 morreram em circunstâncias inexplicáveis, segundo números oficiais.

No passado, Duterte fez comentários similares aos de seu ministro da Justiça, pedindo que os policiais matassem os viciados em drogas e os narcotraficantes. Nesta quarta-feira, a polícia e a presidência publicaram comunicados nos quais rejeitam vários aspectos do relatório da Anistia.

A polícia "sempre respeitou e fez os direitos humanos serem respeitados", afirma. O chefe da polícia nacional, Ronald Dela Rosa, nega que os oficiais recebam prêmios para matar supostos traficantes de drogas. Declarou que apenas 2% dos policiais são corruptos.

Mas o presidente Duterte havia dito na segunda-feira que a polícia era "corrupta até a medula" e ordenou que parasse com todas as atividades relacionadas à luta antidrogas, em benefício de um papel mais destacado do exército.

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