Desta sexta-feira (14) até o próximo domingo (16), o Marco Zero, no Bairro do Recife, se transforma num grande palco para receber a segunda edição do Festival Internacional de Teatro de Objetos. O FITO exibe atrações locais, nacionais e internacionais e promete encantar o público. Um dos espetáculos mais aguardados da programação é o Polichinelo de Gavetas, da Bélgica, além das apresentações de dois grandes nomes da cultura popular brasileira: Hermeto Pascoal e Naná Vasconcelos.

Polichinelo de Gavetas é interpretado pelo ator belga Stepfane Georis e conta a história de Olaf, um filósofo que compartilha casos divertidos e poéticos e aborda temas da realidade coletiva com uma linguagem inteligente e cheia de sensibilidade. Na apresentação são utilzados objetos típicos do cotidiano.

Outra grande atração do FITO é Hermeto Pascoal, um ícone da música nordestina, respeitado e reconhecido internacionalmente. Para o festival o músico apresenta Hermeto Pascoal e Grupo, espetáculo que transforma garrafas e até tamancos em instrumentos musicais. Além de Hermeto, Naná Vasconcelos leva música ao festival, com o espetáculo Guarda Som. Criada especialmente para o FITO, na apresentação Naná toca um guarda-roupa, grande curiosidade do show e desafio para o multi-instrumentista. 

O FITO promove, das 16h às 21h30, espetáculos da Bélgica, Franca, Israel, Alemanha e Portugal. 

Confira a programação completa do 2º Fito.

Serviço
II Festival Internacional de Objetos – FITO
Sexta-feira (14) à domingo (16), 16h às 21h30
Marco Zero (Bairro do Recife)

Em mais uma noite em que os objetos ganhavam vidas,o primeiro Festival Internacional de Teatro de Objetos (FITO) encantou o público presente no sábado (12), na praça do Marco Zero, no Bairro do Recife Antigo, com uma programação que teve início às 16h30. A mostra Aquária Gigante, composta por animais marinhos convencionados por luminárias, nadando em volta de todos os objetos em uma harmonia perfeita, foi a bola da vez que despertou curiosidade e aplausos da platéia. “Vou tentar assistir a todas as apresentações. Estive na abertura, na sexta-feira, hoje, e no domingo, estarei aqui novamente" afirmava empolgada a estudante de artes cenicas, Keline Mâcedo.

Crianças e adultos demonstravam uma alegria única com a presença do Dr. Quinquilharia, vivido pelo ator Pascoal da Conceição. Pena que no Fito o ator não estava caracterizado pelo  famoso vilão do Castelo Rá-tim-bum o Dr. Abobrinha para fazer ainda mais valer a sua perfomance. Mas, mesmo interpretando somente o Dr. Quinquilharia o público curtiu e a prova maior foram as muitas fotos tiradas dele que transitava livremente entre as pessoas. “Participo  do Fito há seis anos e estou muito feliz em está em Recife nesta primeira edição. Gosto desse contato direto com o público e pretendo estar presente nesta festa por muitos anos trazendo os meus personagens”.

Outro diferencial da noite, foi a apresentação do musico pernambucano, Naná Vasconcelos, com o espetávulo Pinipan -  Naná, usou pinicos e panelas sempre surpreendendo o público. E,  prendeu a atenção do púbico durante toda a apresentação em uma noite recheada de magia.

O Marco Zero, tradicional palco natural recifense, que já recebeu nomes tão distintos como Lenine, Alceu Valença, Nação Zumbi, Vanessa da Mata, Maria Rita, Fat boy Slim e Buena Vista Social Club serviu, na noite deste sábado (12), de ponto de encontro para o Festival Internacional de Objetos (FITO) e Tom Zé, artista que sintetiza ousadia, bom humor e inovação, foi a atração principal da noite.

Um público completamente heterogêneo – de todas as idades e estilos – marcou presença no marco inicial da cidade a fim de acompanhar tanto os lindos espetáculos do teatro de objetos como também o show do artista que conseguiu captar a atenção dos espectadores desde o primeiro momento.

Não se via o mar de gente que costuma tomar conta das ruas do Recife Antigo durante eventos como o carnaval, mas havia bastante gente interessada. Tom Zé e sua banda já chegaram mostrando bom humor desde as apresentações até a última música. Em relação ao músico, é difícil definir seu estilo. Na verdade, ele não se encaixa em rótulos, regras ou gêneros. Tom Zé e seu trabalho são indefiníveis, mas sua dedicação, inovação e entrega foram aspectos muito claros aos olhos de quem acompanhou sua passada pelo Recife.

Por meio de um show que foi se construindo diante do público - o cantor e os músicos decidiram a ordem das coisas e muitas das canções durante o processo – e de muita conversa com os que assistiam ao show, Tom Zé cantou muitas de suas músicas, mas não deixou os objetos de lado. Munido de apitos, aventais, uma lista telefônica e até uma calcinha, passando pela lua e até mesmo pelos próprios instrumentos e a própria música, mesclou suas letras e sua melodia à proposta do que se pode acompanhar até este domingo (13), durante o festival, em um trabalho artístico municiado de objetos comuns.

Foi assim que o ordinário ganhou novas cores e novos tons em uma noite artisticamente rica, banhada por um céu sem nuvens e iluminado por uma lua encantadora que, segundo o artista, ele mesmo encomendou. Por encomenda ou não, o casamento foi muito feliz.