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Combatida pela Associação Brasileiras de Procons (ProconsBrasil), a prática de oferecer um mesmo produto por dois preços distintos tem sido muito comum em vários postos de combustíveis na Região Metropolitana do Recife (RMR), no início de 2015. A “promoção” só é válida se o cliente pagar em dinheiro, mas se for cartão ou cheque, os valores do litro da gasolina comum aumentam consideravelmente. 

É possível flagrar a estratégia em inúmeros postos no Recife. Na esquina da Avenida Conde da Boa Vista com a Rua Gonçalves Maia, um posto Shell comercializa o litro de gasolina comum por R$ 2,59, se a conta for quitada em espécie; o valor aumenta para R$ 2,99 caso o cliente utilize outra forma de pagamento. Os clientes questionam a legalidade do processo, mas não deixam de abastecer no local. 

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“Não deveria ser assim. É dinheiro de todo jeito, se for à vista, no cartão, em cheque. Deve ter algo errado nisso aí”, afirmou o aposentado Paulo Batista Ferreira, enquanto estacionava o carro em uma das bombas. Em outros postos, há bombas específicas para quem for pagar em dinheiro. Sem dar muitas informações, os frentistas afirmam que a “promoção do pagamento em dinheiro” começou no início do ano. 

Supervisor Comercial da Petrocal, responsável por 11 postos na RMR, Everaldo Albuquerque garantiu que todas as unidades da empresa seguem a orientação do Procon. “Não se pode ter dois preços. Nossas promoções são da gasolina comum; o cliente só pode comprar a dinheiro. Recentemente um consumidor implorou para comprar com cartão, mas infelizmente não é possível”. 

Segundo o Procon, é permitido que o dono de um posto, por exemplo, estabeleça que o etanol só pode ser pago com dinheiro, a determinado preço invariável, mas nunca a oferta de um mesmo produto por valores que variam de acordo com a forma de pagamento. “Não se pode ter preço diferenciado. Se eu for comprar um copo e lá está marcado R$ 3,00 no cartão, não pode ser R$ 2,50 à vista. Os Procons emitiram uma nota técnica e a Associação é contrária”, disse o coordenador do Procon-PE, José Rangel. 

Para o gestor do órgão de defesa do consumidor, o assunto é um dos mais polêmicos; em 2013, em discussão sobre se a prática era abusiva ou não, o Ministério Público Federal (MPF) se mostrou favorável às promoções de acordo com a forma de pagamento. “Quando se cobra um valor por determinado produto, lá já está embutido todo o custo (mão-de-obra, energia, juros). Nada mais pode ser cobrado em cima disso. Faço parte da Associação Brasileira dos Procons e posso dizer: somos contra. Se houver postos mantendo a prática, nós vamos fiscalizar”.

Quem sonha em comprar a casa própria já pode contar com alguns facilitadores, como os programas de governo e de bancos, mas uma dúvida ainda permanece: qual a melhor forma de comprar um imóvel? O consultor financeiro Reinaldo Domingos comentou sobre o assunto, mostrando opções e vantagens de cada escolha. “O melhor mesmo é que a pessoa compre à vista, pois não paga juros e pode conseguir um bom desconto na maioria das vezes”, recomenda Domingos. Mesmo assim, esclarece que alguns cuidados são necessários, pois deve-se considerar sempre os gastos extras envolvidos, como taxas cartoriais e bancárias, mudança, condomínio e mobília. “Muitas famílias não pensam nestes pontos quando pagam à vista e acabam adquirindo dívidas”, lembra.

Considerando que muitos brasileiros ainda não tem condições de pagar à vista, outra opção são os consórcios, em que não há uma urgência na mudança, mas requer um investimento mensal de uma quantia. “Se a pessoa tiver sorte, poderá ser sorteado e ganhar a casa rapidamente, além de poder economizar para dar um lance com economias extras”, explica o consultor. Além destas duas opções, pode-se considerar o financiamento do imóvel. O grande problema deste tipo de compra é que o comprador firma um compromisso mensal. “Minha dica para poupar é fazer uma estimativa dos gastos totais, avaliar quanto falta para atingir o montante e diagnosticar quanto pode ser posto de lado por mês, para fazer face às despesas”, afirma. Além disso, ele lembra que, ao adquirir um financiamento, a pessoa está contraindo uma dívida de valor, e juros, que terão que ser pagos mensalmente, podendo resultar no pagamento de duas e até três casas.

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Uma ótima alternativa é guardar o valor da prestação do financiamento, em qualquer tipo de investimento conservador, assim, em sete ou oito anos poderá comprar a casa à vista e não pagar juros. “É preciso entender que o dinheiro aplicado rende juros, enquanto que o financiamento se paga juros”, lembra Domingos. Por fim, ele admite que o maior problema enfrentado pelas pessoas que pretendem comprar sua casa própria são as dívidas contraídas na compra de produtos e serviços que, muitas vezes, não agregam valor, e desequilibram o orçamento financeiro mensal, contribuindo para que o foco no imóvel seja desviado.

Veja alguns passos para adquirir seu imóvel:

1. Conversar com a família sobre o tema e considerar o lugar, valor e condições de se adquirir o imóvel;

2. Um bom começo é poupar parte do dinheiro que se ganha, guardando em um investimento conservador como poupança, CDB ou tesouro direto;

3. Se o valor do aluguel que está pagando for o mesmo valor da prestação de um financiamento, o financiamento pode se tornar uma opção;

6. Tenha sempre uma reserva estratégica, em caso de qualquer eventualidade não deixará de honrar este importante compromisso;

7. Caso não esteja conseguindo pagar a prestação da casa própria é preciso rever imediatamente os gastos, em especial as pequenas despesas que somadas podem levar uma família ao desequilíbrio financeiro;

8. Considere o novo custo de vida do lugar, assim como os novos gastos.

Com informações da assessoria

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