Escritores de Brasil, Argentina, Chile e Cuba ganharam os prêmios literários Casa das Américas em cinco categorias, entre os quais Luiz Ruffato com o romance Domingos sem Deus e Chico Buarque, agraciado com o prêmio honorário na categoria narrativa, noticiou a mídia cubana esta sexta-feira. Ruffato levou o prêmio de literatura brasileira por uma obra que retrata "o dia a dia do proletariado brasileiro, realidade pouco visível nas narrativas contemporâneas".
Na categoria poesia, o júri premiou Pujato, do argentino Gabriel Cortinas, "por seu dizer poético, comunicativo e uma veia narrativa que nos conduz a uma época menor, cotidiana, sobre a estranheza do trabalho dos caçadores de focas austrais", destacou a agência cubana Prensa Latina. O também argentino Nicolás Doljanin levou o prêmio na categoria Literatura testemunhal, com La sombra del tío, enquanto Subjetividades de origem mapuche en el espacio urbano, da chilena Lucía Guerra, ficou com o prêmio extraordinário de estudos sobre as culturas originárias da América.
##RECOMENDA##Este prêmio foi concedido pela primeira vez este ano para celebrar o centenário do ensaísta e historiador guatemalteco Manuel Galich (1913-1984), muito ligado à Casa das Américas, instituição cultural de Havana, assim como outros intelectuais e artistas de renome, como o colombiano Gabriel García Márquez e o uruguaio Mario Benedetti. Na categoria Ensaio Histórico Social, o prêmio foi para Cuba e os cubano-americanos, do cubano Jesús Arboleya, que segundo o júri conseguiu reconstruir "com sólido respaldo documental" o tema das complexas relações entre os Estados Unidos e Cuba da perspectiva de suas políticas migratórias.
Além de Buarque, ganharam prêmios honorários o mexicano Víctor Barrera (ensaio) e o uruguaio Rafael Coutoisie (poesia).