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A pressão política aumentou nesta quarta-feira sobre os dois maiores partidos da Grécia, o governista Socialista (Pasok) e o opositor Nova Democracia, para que eles concluam as negociações para a divisão de poder e a formação de um governo de transição, além de nomearem um primeiro-ministro interino para governar o país balcânico até as eleições de fevereiro. O premiê demissionário, George Papandreou, deverá ter nova reunião com o presidente grego no final da tarde de hoje, sinal de que um acordo pode estar no horizonte.

"A solução está toda nas mãos de Papandreou. Nenhum atraso a mais é concebível. Precisamos finalizar isso", disse um comunicado da Nova Democracia. Mais cedo, o porta-voz do governo, Angelos Tolkas, disse que um novo governo será anunciado mais tarde nesta quarta-feira. Mas ele não deu indicações de quem será o premiê e declarações parecidas foram feitas ontem, de que a Grécia teria um novo premiê e um novo governo na terça-feira.

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O novo governo terá a missão de assegurar para a Grécia o segundo pacote de socorro ao país, de € 130 bilhões (US$ 179 bilhões) e também da implementação de medidas de austeridade ainda mais duras que as exigidas no primeiro pacote. A implementação do acordo também garantirá a liberação de uma tranche de € 8 bilhões, sem os quais a Grécia entrará em moratória até o final de dezembro. Além da União Europeia, o segundo pacote envolve recursos dos detentores de bônus do governo grego, que concordaram com um perdão de 50% na dívida.

As informações são da Associated Press.

A emissora estatal de televisão da Grécia divulgou que o primeiro-ministro do país, George Papandreou, insistiu nesta quinta-feira que não vai renunciar. Ele está enfrentando uma crescente revolta dentro do seu próprio partido, em função do referendo que pretende realizar para consultar o povo se o país deve aceitar um segundo pacote internacional de resgate. O governo marcou um voto de confiança no Parlamento de 300 cadeiras para a sexta-feira. Um político do Partido Socialista Helênico (Pasok) do premiê disse que ele tem o apoio de aproximadamente 110 parlamentares dos 151 do Pasok, os quais não seriam suficientes para mantê-lo no poder.

Dois funcionários próximos a Papandreou disseram que a ideia do referendo sobre o novo pacote europeu e as medidas de austeridade foi retirada, após o pacote europeu receber algum apoio da oposição de centro-direita, o partido da Nova Democracia. "Esperar que as eleições sejam a solução, neste momento, significaria um perigo muito maior de moratória e certamente de saída do euro", disse Papandreou no encontro ministerial desta quinta-feira. "Eu falarei com Samaras e juntos examinaremos os próximos passos, baseados em um amplo consenso". Papandreou se referia ao líder da oposição, Antonis Samaras. O líder da oposição pediu na manhã de hoje por um governo de transição na Grécia, o qual ratificaria o acordo fechado com a União Europeia (UE) e mais tarde anteciparia novas eleições.

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A confusão na Grécia começou na segunda-feira, quando Papandreou disse que a população deveria aprovar ou rejeitar em referendo o acordo de socorro que o governo grego fechou com a UE. Papandreou também marcou um voto de confiança em seu governo para a sexta-feira. Pelo menos seis deputados do Pasok foram abertamente contra o premiê na terça-feira e a confusão aumentou ontem e hoje.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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