Tópicos | Gonzalo Vecina Neto

O especialista em saúde pública Gonzalo Vecina Neto, fundador da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), voltou a criticar possíveis realizações das festividades de réveillon e carnaval nos estados do país. Para o médico sanitarista, as comemorações públicas prejudicariam o combate à pandemia da Covid-19 no Brasil. "Estamos longe de alcançar o fim da pandemia. Nem pensar fazer réveillon ou Carnaval. Tudo que estamos fazendo vai por 'água abaixo'", disse Vecina em entrevista à UOL News nesta quinta-feira (25). 

Esse é o mesmo posicionamento adotado pelo fundador em outros momentos da pandemia. Em outubro, em uma outra entrevista, já tinha afirmado que não vê possibilidade de um carnaval de rua em 2022. Para o médico, o país ainda não está preparado para uma aglomeração desse porte, ainda mais sob a sombra da variante delta. 

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Os novos fatores de preocupação, diante do carnaval e do réveillon, seriam a alta no número de casos na Europa após a reabertura e a vacinação ainda aquém de índices confiáveis. Prefeituras no velho continente, que tem um grande número de turistas que buscam o Brasil durante as férias de fim e início do ano, já recuaram nos seus planos de convivência para evitar uma possível nova onda. 

"Festas que você não controla quem entra, não podem ocorrer", completou o médico sanitarista. Ele cita como exemplo de eventos possíveis os jogos de futebol. 

Desobrigação das máscaras 

O governo de São Paulo anunciou ontem (24) a liberação do uso obrigatório de máscaras em locais abertos sem aglomeração a partir do dia 11 dezembro em todo o estado, em ambientes externos e sem aglomeração. O mesmo ocorreu nesta quinta-feira (25) com a cidade de Florianópolis, segundo anunciou o prefeito Gean Loureiro (DEM). 

Gonzalo Vecina apoia a decisão do governo de São Paulo e ressalta que a proteção facial deve ser mantida em ambientes fechados ou abertos com aglomeração. "Sempre teve alguma contradição sobre o uso de máscara em ambiente aberto. As gotículas de água em ambientes abertos com circulação de ar tendem a se dissipar", explica o médico. 

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