Tópicos | GP Brasil de Atletismo

O carioca Vitor Hugo dos Santos venceu os 100 metros neste domingo no GP Brasil de Atletismo, disputado na Arena Caixa, em São Bernardo do Campo (SP). Ele fez o tempo de 10s17 e ficou a apenas um centésimo de segundo do índice exigido para os Jogos Olímpicos Rio-2016.

"Foi um ótimo resultado, o melhor de minha vida. Faltou um detalhezinho para garantir a participação na Olimpíada", comentou. "Tinha certeza de que conseguiria um bom resultado porque aqui teria adversários de alto nível", completou. A segunda colocação ficou com o jamaicano Andrew Fisher, que compete pelo Bahrein (10s21), e a medalha de bronze foi para o brasileiro Ricardo Mário de Souza (10s21).

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Vitor Hugo viaja nesta quarta-feira para Cali, na Colômbia, onde disputará os 100 metros e os 200 metros no sábado e no domingo em mais uma tentativa de índice. "Estou muito perto. Se as condições climáticas ajudarem, talvez consiga as marcas exigidas", afirmou.

Também viaja para a Colômbia o veterano Jadel Gregório, que ficou com a medalha de bronze no salto triplo com a marca de 16,42 metros. O atleta de 35 anos ainda sonha com o índice olímpico. "Estou bem fisicamente e também tranquilo, buscando o crescimento", disse o atleta, que concilia os treinamentos com a função de secretário-adjunto na Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo.

"É importante que um atleta também ocupe funções administrativas. É diferente. Hoje uma das coisas que faço é analisar projetos na área esportiva", explicou. Em primeiro lugar ficou o representante da Colômbia, John Freddy Murillo, com 16,96 metros. O vice-campeão foi Jean Casemiro Rosa, com 16,59 metros.

RECORDE BRASILEIRO - No lançamento do martelo, a argentina Jennifer Dahlgren ficou com o ouro ao atingir a marca de 65,43 metros. Já Anna Paula Magalhães quebrou o recorde brasileiro com 64,65 metros. O recorde anterior era de Katiuscia Maria Borges de Jesus, com 64,58 metros, obtido em 2006.

"Estou feliz. Estou no melhor ano de minha carreira. Ganhei prata no Ibero-Americano no Rio de Janeiro e agora melhorei ainda mais minha marca. Isso é muito bom. Dá mais confiança e força para continuar os treinos", disse a gaúcha de 29 anos.

No salto em distância, Eliane Martins ratificou o índice olímpico. Ela venceu com 6,72 metros. O mesmo ocorreu no salto com vara com Augusto Dutra, que repetiu a marca mínima exigida de 5,70 metros. "Comemorei muito. Obtive a melhor marca do ano e tirei um peso das costas. As dificuldades estavam engasgadas", observou o saltador.

Fernando Carvalho venceu no salto em altura com 2,21 metros, mas ficou distante do índice olímpico que é de 2,29 metros. Nos 3.000 metros com obstáculos, o brasileiro Altobeli Santos da Silva, garantido na Olimpíada, confirmou seu favoritismo com 8min32s24.

Realizado anualmente desde 1985, o GP Brasil de Atletismo, principal evento internacional sediado no País, não será realizado em 2015. Nesta terça-feira, a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) informou o cancelamento da competição alegando que não encontrou interessados em patrociná-lo nem na iniciativa privada, nem em órgãos públicos. A entidade é patrocinada pela CAIXA.

Em meados de junho, a quatro dias do dia previsto para a realização do GP Brasil, a CBAt anunciou que havia conseguido autorização para adiar o evento para o dia 13 de setembro. À época, a competição foi marcada para Arena Caixa, em São Bernardo do Campo (SP), que em maio já recebeu o Troféu Brasil.

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O governo do Estado de São Paulo havia se comprometido a pagar pelo evento. Em 12 de maio, a Secretaria Estadual de Esporte de São Paulo (SELJ), assegurou, em nota, "que estão previstos repasse de R$ 1.543.035,00 para o Grande Prêmio Internacional Caixa São Paulo de Atletismo". O órgão estadual, entretanto, tem efetuado cortes na sua programação de eventos.

Realizado anualmente desde 1985, o GP Brasil estava agendado para ser realizado pela 10.ª vez (a terceira consecutiva) no Mangueirão, em Belém. O governo do Pará, entretanto, avisou que não dispunha de recursos para apoiar o GP, que no ano passado custou ao menos R$ 1,6 milhão ao Estado.

A CBAt então passou para o "Plano B", que era utilizar a verba prevista para o GP São Paulo para organizar, em setembro, o GP Brasil. Como o GP de Uberlândia (MG) foi cancelado, por falta de verbas, e o Pará recusou apoiar o GP Brasil, não havia como realizar somente o GP São Paulo, uma vez que os três eventos rateavam custos.

A CBAt não explicou se vai conseguir manter a chancela da série World Challenger, que dura desde 1990. O circuito é o segundo mais importante do mundo, atrás apenas da Diamond League. "Entendemos, então, que 2015 será apenas uma pausa e que no ano que vem estaremos novamente no circuito da IAAF", argumenta o presidente da CBAt, José Antonio Martins Fernandes, o Toninho.

Por causa da Copa do Mundo, o GP Brasil de Atletismo, que tradicionalmente acontece em maio, foi adiado para agosto. E isso vai permitir que o Mangueirão, em Belém (PA), receba no dia 10 do quarto homem mais rápido de todos os tempos, o jamaicano Asafa Powell. Se confirmar o favoritismo, ele deverá ser apenas o segundo atleta a correr abaixo de 10s em 30 edições do GP.

Apesar de ser o principal evento internacional do calendário do atletismo brasileiro, parte das 15 competições da série de Meetings da Iaaf (Associação Internacional das Federações de Atletismo), o GP Brasil raramente recebe grandes nomes da modalidade.

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A mudança de datas, porém, colocou o evento brasileiro no meio da temporada internacional. Em maio, Powell sequer poderia competir. Afinal, ele estava terminando de cumprir uma punição por doping. O jamaicano, afastado do atletismo desde junho do ano passado, participou do Meeting de Lucerna, na Suíça, e foi terceiro com o tempo de 10s30.

"Estamos fazendo esforços para trazer bons atletas e realizar um torneio forte, dentro das tradições do GP Brasil de Atletismo", explicou o presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), José Antonio Martins Fernandes.

Asafa tem seu recorde pessoal dos 100 metros em 9s72, marca conseguida em setembro de 2008, então recorde mundial. Apesar correr há 11 temporadas abaixo de 10s, o jamaicano não tem nenhuma medalha olímpica.

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