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O terceiro treino livre para o GP do Brasil foi bastante agitado no início desta tarde de sábado em Interlagos. O alemão Sebastian Vettel, da Ferrari, bateu o recorde da pista com um carro de Fórmula 1, ao completar a volta mais rápida em 1min07s948.

O pentacampeão Lewis Hamilton forçou sua Mercedes, mas só conseguiu ficar com o segundo lugar (1min08s165), seguido pelo companheiro Valtteri Bottas (1min08s465).

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Kimi Raikkonen, mais contido nesta sessão, fez o quarto melhor tempo (1min08s490) com sua Ferrari, à frente do holandês Max Verstappen (1min08s733), da Red Bull. Daniel Ricciardo, também d equipe austríaca, conseguiu o sexto tempo apesar de vários problemas (1min08s788).

Os dois carros da Haas vieram na sequência. O dinamarquês Kevin Magnussen (1min09s146) ficou em sétimo e o francês Romain Grosjean (1min09s257), o oitavo. Outro francês, Pierre Gasly, da Toro Rosso, foi o nono (1min09s402), enquanto seu compatriota Charles Leclerc, da Sauber, marcou o décimo tempo (1min09s448).

O espanhol Fernando Alonso, bicampeão mundial, que vai se despedir da categoria após o GP de Abu Dahbi, dia 25, foi apenas o 20º colocado, com o tempo de 1min10s020.

O treino, que teve a duração de uma hora, ainda registrou um estouro do motor da Red Bull do australiano Daniel Ricciardo e uma fumaceira na Mercedes do pentacampeão Lewis Hamilton, que apresentou dificuldades para fazer as curvas.

No Mundial de Construtores, a Mercedes está bem próxima do título, com 585 pontos. A Ferrari tem 530, enquanto a Red Bull soma 362.

Os carros voltam para a pista de Interlagos neste sábado, às 15h, para a definição do grid de largada. A corrida, no domingo, tem previsão de largada para as 15h10. O 47º GP do Brasil de Fórmula 1 terá 71 voltas.

Vencedor da última etapa da Fórmula 1, o holandês Max Verstappen disse nesta quinta-feira que não acredita em repetir a dose e ganhar o GP do Brasil, em Interlagos, no próximo domingo. Em entrevista coletiva no autódromo, o piloto da Red Bull afirmou não se sentir com chance de vencer a prova, pois as características da pista não parecem favoráveis ao seu carro.

"Não temos chance. Mesmo com chuva na classificação, por aqui não teremos condição. Vamos tentar fazer o melhor que pudermos, mas sabemos que essa pista e Abu Dabi não são as melhores para nós", disse o piloto. Verstappen venceu neste ano as provas na França e no México. Ele é o quinto na classificação geral, à frente do companheiro de equipe, o australiano Daniel Ricciardo.

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Apesar do pessimismo com Interlagos, o piloto se destacou nas duas últimas provas realizadas no Brasil. Em 2016, ele conseguiu ganhar mais de dez posições sob chuva forte e rumou para chegar em terceiro lugar e subir ao pódio. No ano passado, o holandês conseguiu cravar a volta mais rápida da história do circuito e quebrar um recorde que já durava 13 anos.

Verstappen afirmou que mesmo sem expectativas de bons resultados, gosta de guiar na pista paulistana. "As duas primeiras curvas são muito legais, o miolo também é interessante, por ter curvas com inclinações diferentes. É sempre muito difícil encontrar a linha certa. É um desafio. Vamos dar o nosso melhor", afirmou.

Agora pentacampeão mundial de Fórmula 1, o inglês Lewis Hamilton, da Mercedes, desembarcou em São Paulo para a disputa do GP do Brasil, no próximo domingo, mais focado em si mesmo do que na comparação com outras lendas do automobilismo. Apesar de estar a somente 20 vitórias de igualar o maior recordista da história, Michael Schumacher, o piloto disse ao Estado que a obsessão por recordes não faz parte do seu cotidiano.

A conquista do título, assegurado no México, pelo menos deu ao piloto mais tranquilidade e leveza, como demonstrou nesta quarta-feira durante evento de um dos seus patrocinadores, a Petronas. Hamilton estava de bom humor e aceitou falar mais sobre assuntos pessoais, como a ambição de se envolver em projetos sociais com educação e crianças carentes.

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Você pretende superar os recordes do Schumacher?

Não tenho planos. Apenas quero viver um dia de cada vez. Sou agradecido pelo momento que estou vivendo, pelo que conquistei. Eu não sei o que o próximo ano guarda para mim, se vou continuar a competir do mesmo nível. Honestamente, foi um privilégio ter conseguido correr da forma como corri neste ano. Mas isso pode trazer maus impactos. Será interessante saber como os treinos de fim de temporada serão, como será a preparação para a próxima temporada. Agora é hora de pensar somente em ser o melhor que eu posso ser.

Você já atingiu seu ápice ou vai evoluir?

Eu não acho. Você está sempre crescendo. Eu encontrei Nelson Mandela no seu 90º aniversário e ele me disse que continuava aprendendo, então tenho certeza que vou continuar a aprender e a cometer erros. É preciso aprender com eles. A mente é apenas uma ferramenta. Tento sempre me educar e tomar as decisões certas.

Sua carreira teria sido muito diferente se você não tivesse vencido aquele campeonato de 2008?

Eu não acho que mudaria muito. É lógico que teria um efeito diferente, mas eu continuaria a correr e a disputar. Só porque você não teve sucesso na primeira ou mesmo na segunda, terceira ou quinta tentativa, não significa que você precisa desistir. É um longo ano até ganhar o campeonato, não é uma só competição. É claro que exige muito de você, mas eu continuaria a correr, porque eu amo isso. Talvez estaria tetracampeão.

Aquela decisão de dez anos atrás foi marcante. Você costuma rever as imagens daquela corrida?

Não. É muito raro. Quase nunca eu vejo minhas corridas. Algumas vezes neste ano eu voltei para casa a tempo de ver uma reprise mais curta das provas, como Hockenheim e Monza. Eu estava intrigado para ver como foi, porque de dentro do carro pareceu incrível.

Depois de tantas conquistas, o que motiva um pentacampeão a continuar correndo?

Tem muitas diferentes razões que me mantêm na Fórmula 1. Eu acho que naturalmente sou competitivo, é meu DNA. Pela minha trajetória bonita na vida, eu tenho descoberto coisas que não seriam possíveis sem a Fórmula 1. Eu tenho que continuar acelerando para continuar crescendo em outras áreas. Eu sei que tenho de continuar minha carreira para tentar atingir diferentes lugares do mundo. Então, eu sinto que preciso que, para aumentar o alcance, quebrar barreiras mais amplas, para ter minha voz mais ouvida, eu tenho que continuar fazendo o que faço. Tenho que continuar acelerando, aumentando o nível, ganhando. Há diferentes tipos de motivação. Eu vejo algumas crianças que queriam estar onde estou. Então, eles são inspirados pelas coisas que eu faço. Eu lembro que minha família trabalhou muito duro para eu estar onde estou, então isso me ajuda a continuar.

Fora da Fórmula 1, quais são seus projetos pessoais?

Eu participo de alguns eventos de caridade ao longo do ano. Mas ainda estou tentando escolher com o que quero me envolver. Há centenas e milhares de causas e fundações fazendo diferentes coisas. Eu recebo contato de várias delas todos os dias, mas escolher não é fácil. Naturalmente, você quer ajudar todo mundo. Mas não é possível. Então, tenho que selecionar com o que vou me envolver. Tenho trabalhado em causas da Unicef e da Save the Children. Estive na Filipinas, na Índia. Foi um projeto interessante de participar. Crianças são o futuro. Educação é ainda um grande problema, em várias áreas, seja no automobilismo ou em outras áreas. Eu estava pensando minutos atrás como é a educação aqui no Brasil. Eu não sei. Quero conversar com alguém aqui sobre isso. Eu não vejo muitos engenheiros brasileiros aparecendo na Fórmula 1, por exemplo. Por quê? Será que o sistema de escolas não é bom por aqui? Mas é o mesmo na Inglaterra. Nós temos engenheiros, mas não é tão diversificado. Eu tenho muitas questões para pesquisar. Não é fácil.

Você, nas suas entrevistas, sempre menciona o foco, a concentração e o trabalho mental. Como você lida com isso?

Há vários tipos de trabalho que você pode tentar. Eu não uso um método particular. Algo importante para mim é música, que eu gosto bastante. O que é importante para mim é achar o centro, o equilíbrio. Se você se sentir bem com você mesmo, tentar absorver energia positiva e dispersar a negativa, ajuda a ficar centrado. É preciso saber para onde você está indo. Eu sei o que eu quero, como posso chegar, como posso me preparar para isso e eu tenho que fazer para me posicionar da maneira correta para chegar lá. Isso é importante. É preciso entender o seu redor, entender você mesmo e acreditar verdadeiramente em você mesmo. Nunca perder a crença em si mesmo. A chave é permanecer em equilíbrio.

Já como campeão do mundo, você chega ao Brasil com menos pressão?

Não sinto diferença. Sinto o de sempre. Chego da mesma forma ao Brasil como foi nos anos anteriores.

O que os seus fãs brasileiros não sabem sobre você?

Eu sou muito aberto nas redes sociais. Eu não sei o que fãs sabem ou pensam de mim. Por muitos anos, foram escritas muitas informações sobre mim, boas e ruins. Um dia você vê uma coisa, depois vê outra. O que tento mostrar na minha rede social é uma mistura. Se tem muita coisa pessoal, é muito incômodo, então tem que procurar um equilíbrio. Eu acho que a maioria das pessoas sabe sobre mim, mas a cada dia mais pessoas novas passam a me acompanhar. Eu sou muito família. Eu amo o oceano, o espaço, por exemplo. Animais também. Por isso eu não como mais carne ou peixe. Gosto muito de música.

O GP do Brasil de Fórmula 1 vive um momento peculiar na história. Pela primeira vez desde a entrada no calendário oficial da categoria, em 1972, a prova não terá nenhum piloto brasileiro no grid. Neste domingo, em Interlagos, as cerca de 140 mil pessoas esperadas no evento vão acompanhar a largada sem ter ao menos um compatriota para torcer, situação que pode voltar a se repetir pelo menos na próxima edição, se nada mudar.

O panorama, no entanto, não preocupa a organização da prova. Os promotores do GP afirmam que dois setores já tiveram ingressos esgotados e entendem que a presença ou não de pilotos brasileiros não altera a vinda de torcida, pois o público que vai ao autódromo todos os anos é atraído pela fidelidade ao esporte e não pela presença de compatriotas na pista.

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A prova deste domingo não terá brasileiro nem disputa de título, já que o inglês Lewis Hamilton cravou o pentacampeonato na etapa do México, mas existem outros motivos para acompanhá-la. "A ausência de um piloto brasileiro é lamentável, mas o público quer ver a corrida. Quer ver Lewis Hamilton contra Sebastian Vettel. Então, no fundo, para nós não faz diferença ter um brasileiro", analisou Tamas Rohonyi, promotor do GP.

Nas últimas quatro temporadas, a presença de torcedores tem se mantido alta. Em 2016, na primeira despedida de Felipe Massa do circuito, foi registrado o menor público dos últimos cinco anos. Os 128 mil torcedores presentes encararam a chuva que não deu trégua em São Paulo para ver o atual campeão inglês ter seu primeiro triunfo em solo brasileiro e adiar o título do alemão Nico Rosberg para a etapa de Abu Dabi.

Em 2017, das 141 mil pessoas que assistiram de perto o primeiro lugar do alemão Sebastian Vettel, 14 mil eram estrangeiras. Os argentinos ocupam a liderança, seguidos por uruguaios e chilenos. A importância do evento é tanta que a prefeitura de São Paulo considera o GP do Brasil o segundo maior evento da cidade, superado apenas pela Parada LGBT na avenida Paulista.

Entre o público, a grande maioria é do sexo masculino: 76,4% são homens. A pesquisa do Observatório de Turismo feita na edição passada da prova em Interlagos revela ainda que a idade média dos torcedores é de 30 anos, 73,3% completou ao menos o ensino superior e a maior parte dos interessados tem renda familiar entre R$ 4.686 e R$ 9.370.

O mesmo estudo mostra que mais da metade dos torcedores não é da cidade de São Paulo e que 48% da plateia vai até o local da prova de carro. Para incentivar as pessoas irem até Interlagos de transporte público, a SPTrans criou o Expresso F-1, esquema de ônibus diferenciado que inclui veículos saindo de seis terminais diretamente em direção ao autódromo tanto no sábado quanto no domingo.

Prestes a se despedir do circuito onde celebrou suas maiores conquistas, o espanhol Fernando Alonso exalta o Autódromo de Interlagos e prevê um GP do Brasil de Fórmula 1 "imprevisível" no domingo. Ele voltará a correr no traçado paulistano na sexta-feira pela manhã, no primeiro treino livre, marcado para as 11 horas.

"Estou empolgado por voltar a Interlagos porque é um circuito incrível e sempre curti as corridas lá. É uma pista onde muitas grandes corridas foram disputadas e sempre é um pouco imprevisível", diz o espanhol, às vésperas da corrida brasileira, a penúltima da temporada.

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Foi em Interlagos que Alonso conquistou seus dois títulos mundiais, em 2005 e 2006. Por isso, o espanhol guarda ótimas recordações da pista de São Paulo. "Os fãs brasileiros são sempre super passionais e é claro que Interlagos é um daqueles circuitos lendários, um dos mais famosos do automobilismo mundial. Grandes campeões correram neste traçado e, com os carros deste ano, será ainda mais rápida e mais empolgante do que nos anos anteriores", projeta.

Neste ano, Alonso chegará ao circuito em clima de despedida. Será a última vez que correrá no Autódromo de Interlagos como um piloto de Fórmula 1, categoria que deixará ao fim do ano. E, para fazer uma grande despedida do traçado de São Paulo, ele espera contar com mais sorte.

Sua temporada na McLaren vem sendo marcada por resultados ruins e abandonos por problemas técnicos. Foram oito até agora, incluindo as duas últimas etapas, nos Estados Unidos e no México. Depois do Brasil, ele correrá em Abu Dabi, na prova derradeira na principal categoria do automobilismo mundial.

"Estou ansioso para disputar estas duas últimas corridas. Estou focado em tentar extrair a performance para a qual trabalhamos tanto, para maximizar o nosso carro, o que não estávamos conseguindo fazer nas últimas etapas", afirma, sem esconder a insatisfação com o rendimento da equipe britânica nesta temporada.

Por isso, ele sonha com um bom carro, sem problemas técnicos, para tentar fazer bonito diante da torcida brasileira. "Eu não tive a chance de lutar em algumas corridas. Então, espero que possamos ter uma corrida limpa para mostrarmos o que é possível fazer", diz o espanhol de 37 anos.

Pilotos e funcionários das equipes da Fórmula 1 desembarcam nesta semana em São Paulo para o GP do Brasil, no próximo domingo, preocupados com um aspecto diferente de segurança. Em vez de a atenção estar relacionada a condições do circuito, o temor é com assaltos nos arredores de Interlagos, como houve no último ano.

Os responsáveis pela organização da prova garantem que a segurança no local será reforçada para o GP deste ano. Em 2017 foram registradas pelo menos quatro ocorrências contra funcionários de equipes na região próxima ao autódromo, na zona sul de São Paulo.

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As circunstâncias foram parecidas: bandidos agiram à noite ao abordarem veículos na saída de Interlagos para roubarem pertences. Um dos alvos foi a Mercedes. Membros da escuderia estavam em uma van em direção ao hotel e tiveram levados celulares, computadores e dinheiro. Também houve tentativas de roubo contra integrantes da Williams, Sauber e da Federação Internacional de Automobilismo (FIA).

A Secretaria de Segurança Pública explicou em nota que a distribuição do efetivo da Polícia Militar pela região do autódromo vai contemplar todas as vias de acesso, que serão monitoradas por câmeras de segurança. Parte da equipe escalada para trabalhar na segurança do GP é fluente em outro idioma e foi escolhida para ajudar os estrangeiros que estarão em Interlagos.

Em reuniões entre a organização da prova e as forças de segurança, ficou acordado um plano de ação para garantir a tranquilidade das equipes, principalmente na saída dos mecânicos, que geralmente só vão embora à noite. Policiais vão se posicionar em pontos estratégicos, como a entrada de comunidades vizinhas ao autódromo.

Os incidentes em 2017 assustaram equipes e tiveram repercussão internacional. O inglês Lewis Hamilton criticou o assalto a funcionários da equipe. "Algumas pessoas da minha equipe foram ameaçadas por armas nas última noite deixando o autódromo aqui no Brasil. Foram disparados tiros e as armas foram apontadas para a cabeça deles. Isso é decepcionante de saber", escreveu em uma rede social.

O espanhol Fernando Alonso ganhará uma festa de despedida da Fórmula 1 em novembro, durante o GP do Brasil, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Na pista onde confirmou seus dois títulos mundiais na categoria, o piloto da McLaren receberá uma homenagem especial, que começou a ser preparada nesta terça-feira, logo depois de ele anunciar a despedida da categoria para o fim deste ano.

O bicampeão do mundo publicou um vídeo nas redes sociais intitulado "Querida F1" para oficializar que correrá até o fim da temporada as nove últimas provas da carreira pela categoria. "Hoje, tenho alguns outros grandes desafios, maiores do que você (Fórmula 1) pode me oferecer. E, neste ano, enquanto ainda piloto no meu melhor nível, é como quero me lembrar de você", comentou.

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Os organizadores da corrida brasileira querem promover para Alonso uma despedida nos moldes das feitas anos anteriores para Michael Schumacher e Felipe Massa. Entre as ideias iniciais estão entregar placas comemorativas e dar destaque ao espanhol nas atividades prévias, como no desfile de pilotos e eventos de divulgação.

"Como o Alonso conquistou os dois títulos mundiais no Brasil, queremos marcar essa ocasião", disse ao Estado o promotor do GP, Tamas Rohonyi. O espanhol tem 37 anos e não anunciou em qual categoria pretende correr no próximo ano. A organização do GP já entrou em contato com a McLaren para avaliar possíveis ações. A etapa brasileira está marcada para o dia de 10 de novembro e será a penúltima do Mundial. O encerramento será em Abu Dabi, em 25 de novembro.

Alonso foi campeão do mundo em 2005 e 2006, ao derrotar nas duas vezes Schumacher na disputa direta pelo campeonato. Os títulos foram garantidos em Interlagos, com um terceiro e um segundo lugar, respectivamente. Os feitos fazem o Brasil ser um local especial para o piloto. "Amo pilotar no Brasil. É um dos circuitos que tenho algumas das melhores memórias. Apesar de nunca ter vencido uma prova, conquistei o título duas vezes no País", disse ao Estado na prova do ano passado.

O bicampeão mundial encerrará a carreira na F-1 com o sentimento de que poderia ter conquistado resultados melhores. Foram três vice-campeonatos, 32 vitórias e 97 pódios, o último deles há três anos, quando ainda estava na Ferrari. Alonso está desde 2015 na McLaren e tem sofrido com as limitações do carro. O papel de coadjuvante levou o espanhol a buscar provas em outras categorias para conquistar a Tríplice Coroa do automobilismo. A façanha é dada a quem vence o GP de Mônaco, as 24 Horas de Le Mans e as 500 Milhas de Indianápolis, a única que falta ao espanhol.

A última reunião do Conselho Mundial da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) oficializou o calendário da temporada 2018 da Fórmula 1 e também debateu os problemas de segurança ocorridos recentemente no GP do Brasil, em Interlagos, que, ainda assim, está confirmado para o próximo campeonato.

O GP do Brasil está agendado em 2018 para 11 de novembro, sendo a penúltima prova do campeonato. Mas questões de segurança envolvendo a prova paulistana foram levantadas no encontro da FIA após alguns incidentes ocorridos no mês passado.

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Integrantes da equipe Mercedes, do campeão mundial Lewis Hamilton, foram vítimas de um assalto à mão armada em uma van quando saíam do Autódromo de Interlagos. Posteriormente, o porta-voz da FIA, Matteo Bonciani, confirmou que estava em um carro blindado que foi abordado por assaltantes armados na saída do circuito, mas acabou conseguindo escapar.

Diante desses incidentes, a FIA propôs uma série de novas medidas de segurança para o GP do Brasil de 2018. A FIA recomendou que o promotor da prova, responsável pela segurança do evento, "mantenha um especialista de segurança independente para avaliar e aconselhar sobre planos de segurança, implemente um centro de relatórios policiais no circuito e melhore a comunicação global entre a segurança dos organizadores, a polícia e as partes interessadas da F-1".

O calendário de 21 provas apresenta uma alteração envolvendo as corridas do Bahrein e da China, disputadas na primeira parte do campeonato. Dessa vez, o GP do Bahrein, no circuito de Sakhir, será realizado antes, em 8 de abril, com o GP da China, em Xangai, ocorrendo uma semana depois.

Como de costume, a temporada da Fórmula 1 começará com o GP da Austrália, em Melbourne, em 25 de março. Todas as outras corridas foram confirmadas com a manutenção do planejamento original, estabelecido em junho, com exceção do GP dos Estados Unidos em Austin, em 21 de outubro, sujeito a confirmação. O campeonato será, mais uma vez, fechado com o GP de Abu Dabi, em Yas Marina, em 25 de novembro.

A outra novidade será o retorno do GP da França após dez anos de ausência, disputado no icônico circuito de Paul Ricard, no sul do país, em 24 de junho. Paul Ricard sediou o GP de França até 1990. A corrida foi então organizada em

Magny-Cours de 1991 a 2008, mas foi retirada do calendário depois disso por questões financeiras.

O GP da Alemanha, que ficou fora do calendário de 2017, retornará em Hockenheim em 22 de julho. O GP do Azerbaijão foi transferido para o dia 29 de abril, tornando-se a quarta corrida da temporada. O GP da Rússia em Sochi, realizado este ano no final de abril, ocorrerá apenas em 30 de setembro. Essa data era normalmente reservada para o GP da Malásia, que deixou o calendário. Havia dúvidas sobre o GP de Cingapura, mas ele foi agendado para 16 de setembro.

Confira o calendário da temporada 2018 da Fórmula 1:

25 de março: GP da Austrália

8 de abril: GP do Bahrein

15 de abril: GP da China

29 de abril: GP do Azerbaijão

13 de maio: GP da Espanha

27 de maio: GP de Mônaco

10 de junho: GP do Canadá

24 de junho: GP da França

1º de julho: GP da Áustria

8 de julho: GP da Inglaterra

22 de julho: GP da Alemanha

29 de julho: GP da Hungria

26 de agosto: GP da Bélgica

2 de setembro: GP da Itália

16 de setembro: GP de Cingapura

30 de setembro: GP da Rússia

7 de outubro: GP do Japão

21 de outubro: GP dos Estados Unidos (sujeito a confirmação)

28 de outubro: GP do México

11 de novembro: GP do Brasil

25 de novembro: GP de Abu Dabi

Superado por Lewis Hamilton na briga pelo campeonato, o alemão Sebastian Vettel voltou a ter motivos para comemorar neste domingo. O piloto da Ferrari venceu o GP do Brasil neste domingo, no Autódromo de Interlagos, após superar Valtteri Bottas na largada. O finlandês da Mercedes chegou em segundo, à frente do compatriota Kimi Raikkonen, também da Ferrari. Felipe Massa, em sua despedida definitiva em São Paulo, foi o sétimo colocado.

O trio do pódio, contudo, foi ofuscado pelo mais novo tetracampeão da F-1. Hamilton largou dos boxes, chegou a liderar parte da prova e conseguiu finalizar a corrida em quarto lugar. Nas voltas finais, ameaçou o lugar de Raikkonen e esteve perto de terminar O GP brasileiro no pódio.

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Além de Hamilton, Verstappen também brilhou neste domingo. É do holandês da Red Bull o novo recorde do GP do Brasil de F-1. Ele anotou o tempo de 1min11s044, superando a marca então vigente, que pertencia a Juan Pablo Montoya. Em 2004, o colombiano registrou o tempo de 1min11s473.

Com a quinta vitória na temporada, Vettel praticamente assegurou o vice-campeonato. Ele chegou aos 302 pontos, contra 280 de Bottas. Ou seja, garante a segunda colocação no Mundial de Pilotos se chegar em oitavo lugar na última corrida do ano, mesmo que o rival finlandês vença em Abu Dhabi.

A prova marcou a despedida definitiva de Felipe Massa como piloto da Fórmula 1 em Interlagos. Com boa performance ao longo de toda a prova, ele comemorou o sétimo lugar com uma bandeira verde no cockpit até ser recebido com aplausos e o reconhecimento da equipe nos boxes.

A CORRIDA - Sob forte calor, com temperatura de 56 graus na pista, o GP do Brasil começou com ultrapassagem de Vettel sobre Bottas logo na primeira curva. No pelotão intermediário toques entre os carros tiraram Esteban Ocon, Kevin Magnussen e Stofel Vandoorne da prova. Daniel Ricciardo e Romain Grosjean também se enroscaram, mas seguiram na corrida - o francês seria punido logo na sequência por atingir Ocon.

O safety car foi acionado e os carros percorreram o traçado incompleto, cortando caminho pelos boxes enquanto a pista passava por limpeza. A corrida foi retomada na sexta volta, o que beneficiou Hamilton. O inglês largara dos boxes e ganhou posições com os incidentes. Também fez rápidas ultrapassagens e se manteve perto do pelotão intermediário graças ao safety car.

Vettel despontou na liderança, seguido de Bottas e Raikkonen. Mas quem brilhava na corrida era o inglês da Mercedes. Hamilton passou a enfileirar ultrapassagens. Deixou pelo caminho Alonso e Massa e se aproximou dos líderes. Ricciardo também se destacava em sua corrida de recuperação, embora sem tanto brilho quanto Hamilton.

Os rivais, então, iniciaram a primeira rodada de parada nos boxes para a troca dos pneus supermacios, que sofriam com o forte desgaste por causa do calor em Interlagos. Bottas puxou a fila na 28ª volta e foi seguido por Massa, Vettel e Raikkonen.

Como consequência, Hamilton surpreendeu ao assumir a liderança da prova. Com pneus mais resistentes (os macios), o tetracampeão apostava numa estratégia de apenas uma parada. E tirava vantagem do seu motor novo - a troca gerou a punição de largar dos boxes.

Na 44ª volta, o inglês fez enfim seu pit stop. Trocou os macios pelos supermacios, os mais velozes disponíveis para este GP. E, mesmo perdendo tempo atrás dos retardatários Stroll e Gasly, ele se aproximou dos primeiros colocados. No 59º giro, desbancou Verstappen e subiu para a quarta colocação.

Enquanto isso, Vettel seguia na ponta, com diferença que oscilava entre dois e três segundos para Bottas. Raikkonen, mais distante, tinha situação estável até que Hamilton passou Verstappen. Ao mesmo tempo em que o inglês se aproximava, acumulando voltas mais rápidas na prova, Vettel começava a sofrer com a degradação dos seus pneus.

Bottas, porém, exibia performance apática e não se aproximava. Com tranquilidade, Vettel sacramentou a vitória ao completar a 71ª volta do GP do Brasil na frente. Raikkonen levou a bandeirada atrás de Bottas após conter as investidas de Hamilton nas quatro voltas finais da corrida. O inglês terminou a prova 16 posições à frente da que largou.

Verstappen, com o novo recorde do GP do Brasil, foi o quinto colocado, seguido pelo companheiro de Red Bull, Ricciardo, outro destaque por fazer grande corrida de recuperação - ele largada em 14º.

Massa cruzou a linha de chegada no sétimo lugar, que era a melhor posição projetada pelo brasileiro antes da corrida, atrás dos carros dos favoritos Mercedes, Ferrari e Red Bull. O piloto da Williams conteve Alonso durante a maior parte da corrida e chegou na frente do bicampeão da McLaren. Pérez e Hülkenberg completaram o Top 10.

A temporada 2017 da Fórmula 1 será finalizada na próxima etapa, no dia 26, no Circuito de Yas Marina, em Abu Dhabi.

 

Confira a classificação final do GP do Brasil de Fórmula 1:

1.º - Sebastian Vettel (ALE/Ferrari), em 1h31min26s262, após 71 voltas

2.º - Valtteri Bottas (FIN/Mercedes), a 2s762

3.º - Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari), a 4s600

4.º - Lewis Hamilton (GBR/Mercedes), a 5s468

5.º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), a 32s940

6.º - Daniel Ricciardo (AUS/Red Bull), a 48s691

7.º - Felipe Massa (BRA/Williams), a 1min08s882

8.º - Fernando Alonso (ESP/McLaren), a 1min09s363

9.º - Sergio Pérez (MEX/Force India), a 1min09s500

10.º - Nico Hulkenberg (ALE/Renault), a 1 volta

11.º - Carlos Sainz Jr. (ESP/Renault), a 1 volta

12.º - Pierre Gasly (FRA/Toro Rosso), a 1 volta

13.º - Marcus Ericsson (SUE/Sauber), a 1 volta

14.º - Pascal Wehrlein (ALE/Sauber), a 1 volta

15.º - Romain Grosjean (FRA/Haas), a 2 voltas

16.º - Lance Stroll (CAN/Williams), 2 voltas

Não completaram a prova:

Brendon Hartley (NZL/Toro Rosso)

Esteban Ocon (FRA/Force India)

Kevin Magnussen (DIN/Haas)

Stoffel Vandoorne (BEL/McLaren)

Felipe Massa comemorou quase como se fosse uma vitória o 7º lugar obtido em seu último GP do Brasil como piloto de Fórmula 1, neste domingo, no Autódromo de Interlagos. O piloto brasileiro exaltou o resultado em razão das limitações da Williams ao longo da temporada: "É como uma vitória para mim".

"Dei o meu melhor e o resultado final é como uma vitória para mim, ainda mais por ser na frente de todos vocês", afirmou Massa, emocionado, ao se dirigir à torcida. "Tive vitórias que não foram tão difíceis quanto esta corrida. Tirei o máximo do carro hoje", disse o brasileiro, ao ser homenageado com uma entrevista fora do protocolo no pódio.

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Massa largou da nona colocação neste domingo e se destacou durante a prova ao ganhar posições e conter as investidas dos rivais ao longo da prova, principalmente do espanhol Fernando Alonso, da McLaren.

"A corrida foi maravilhosa, foi uma largada incrível, fiz várias ultrapassagens, o que foi importantíssimo para o resultado final da prova. Aí teve o safety car, passei o Alonso logo em seguida. O carro dele era mais veloz do que o nosso no segundo setor [da pista]. Mas eu consegui lutar com ele a corrida inteira para ficar na frente dele e do [Sergio] Pérez. Foi uma corrida muito difícil porque eu tinha um ritmo inferior ao deles por causa do desgate dos pneus", analisou Massa.

O bom início de corrida foi reconhecido até pelo filho de Massa. Em uma homenagem da Williams ao piloto, Felipinho mandou uma breve mensagem ao piloto via rádio no final da prova. "Estou muito orgulhoso de você. Apoiarei você para onde você for! Sua largada foi muito boa. Eu te amo!", disse o menino em inglês e português.

Após a bandeirada, Massa completou mais uma volta no traçado carregando uma bandeira verde, em referencia à bandeira nacional. Na chegada aos boxes, foi recebido com aplausos por integrantes de outras equipes, em situação semelhante, mas mais contida, a do ano passado, quando fez sua primeira despedida - ele desistiu da aposentadoria na F-1 ao ser convidado pela Williams para competir por mais um ano.

"Primeiro, eu queria dizer obrigado a todos vocês, de coração. Eu amo vocês, vou sentir muita falta disso", declarou o brasileiro à torcida. "A emoção que senti hoje foi imensa, que nem no ano passado, tudo por causa de vocês. Nunca vou esquecer deste dia na minha vida", afirmou o piloto de 36 anos, que ainda não decidiu como será o seu futuro. "Agora vou ficar em casa, deitar no sofá e descansar um pouco", brincou.

Anitta parece ter atendido as expectativas dos fãs que aguardavam sua performance durante a abertura do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula-1, na tarde deste domingo, dia 12, em São Paulo. A cantora apostou em um terninho branco para cantar o hino nacional diante da multidão que iria acompanhar uma das mais importantes corridas da competição.

Apesar da passagem da beldade ter sido rápida, ela conseguiu causar burburinho na internet e arrancar elogios por sua apresentação. Anitta cantou direitinho, não desafinou, achei a música alta e o microfone baixo na transmissão do rádio ao menos, escreveu um internauta no Twitter. Já outro, ressaltou as grandes conquistas da funkeira: Duvidaram que Anitta ia conseguir cantar com Andrea Bocelli: cantou e foi aplaudida de pé. Duvidaram que Anitta ia conseguir cantar nas olimpíadas: cantou e foi aplaudida de pé . Duvidaram que Anitta ia conseguir cantar o hino: cantou e foi aplaudida de pé. Lenda!.

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Minutos antes de se apresentar, a própria cantora compartilhou uma foto sua em box da Fórmula-1. Na legenda, agradeceu o convite: Obrigada GP pelo convite... será uma honra abrir a corrida cantando hoje.

Marina Ruy Barbosa também esteve por lá e registrou o momento ao lado do marido, Xandinho Negrão, que é piloto de corrida.

Bruno Gagliasso compareceu ao grande evento e publicou uma foto no Instagram em que aparece pilotando. Hj é dia de corrida F1 GP Brasil..... E sim, eu corri e ganhei! Kkkkkk... Dedico esse post as minhas adversárias q se dedicaram mas não conseguiram: @marinaruybarbosa e @anitta , brincou na legenda da publicação.

A saída de cena de Massa marca o fim de uma longa tradição em Interlagos. Realizada desde 1972, a prova será disputada a partir do ano que vem pela primeira vez sem a presença de pilotos brasileiros. O País tem contrato firmado para continuar no calendário de corridas da F-1 até 2020, mas sem saber se voltará a ter representantes dentro deste prazo.

Portanto, uma longa série de quatro décadas com brasileiros correndo em solo nacional na categoria será finalizada hoje, a partir das 14 horas. No total, será o fim de uma sequência de 47 anos na categoria, a contar de 1970, quando o lendário Emerson Fittipaldi estreou na competição. Outros campeões e bons pilotos surgiram no País.

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Na próxima temporada, em 2018, nenhum piloto brasileiro está confirmado até agora na categoria. Não há, portanto, para quem torcer na Fórmula 1.

O último ano em que o Brasil não teve pilotos na competição foi em 1969. Faz tempo. Em quase 70 anos de história da Fórmula 1, foram 31 representantes brasileiros. A temporada atual sela o adeus definitivo do último corredor da categoria, que cancelou a aposentadoria prometida em 2016 para esticar um pouco mais a presença do País.

Era para ser Felipe Nasr, mas ele não conseguiu seguir no campeonato porque não renovou seu contrato com a Sauber ao fim da temporada passada. O brasiliense, que disputou dois torneios, ficou sem vaga neste ano e, diante da falta de oportunidades, fechou contrato para correr numa categoria americana pouco conhecida no Brasil.

A situação de melancolia pelo presente e o futuro duvidoso surpreendem os envolvidos com a categoria. "O mais impressionante para mim é que em todos esses anos os brasileiros sempre apoiaram os seus pilotos, seja quem fosse. O Brasil produziu grandes nomes. É uma pena (não ter ninguém)", comentou o escocês Jackie Stewart, tricampeão mundial.

O ex-piloto de 78 anos foi rival de Fittipaldi e já teve a própria equipe durante três temporadas. Baseado em sua experiência na, Jackie analisa que falta ao Brasil recuperar o patrocínio de empresas locais. "Automobilismo precisa de suporte financeiro. A França, em uma ocasião, tinha um programa de desenvolvimento de pilotos bancado por uma companhia petrolífera. Não por acaso, o país chegou a ter sete pilotos no grid".

Stewart preferiu amenizar a situação brasileira ao justificar que o campeonato da F-1 é disputado todos os anos, diferentemente de outras grandes competições mundiais, como Copa e Olimpíada - a cada quatro anos. E esse maior volume de competição dificulta a manutenção de uma regularidade no desenvolvimento de pilotos.

Campeão desta temporada e fã do automobilismo brasileiro, além do futebol, o inglês Lewis Hamilton lamentou a ausência de representantes do País. "O Brasil sempre produz vários talentos na Fórmula 1. Tive o prazer de competir com o Felipe e outros que também eram excelentes pilotos. Espero que vocês tenham algum representante em breve", comentou o inglês, que tem Ayrton Senna como seu principal ídolo na F-1.

Entre os nomes mais prováveis a aparecerem na Fórmula 1 nos próximos anos estão os descendentes de campeões mundiais. Pietro Fittipaldi, neto de Emerson, tem 21 anos e lidera a temporada da Fórmula Renault V8 3,5. Pedro Piquet, de 19 anos, é filho de Nelson Piquet e disputou a Fórmula 3 Europeia.

Quem parece estar bastante perto também é o mineiro Sérgio Sette Câmara, de 19 anos, que neste ano ganhou uma etapa na Fórmula 2, principal categoria de acesso à Fórmula 1.

Perto de encerrar uma era brasileira, Felipe Massa considera ser preciso mudar a gestão do esporte no Brasil. "Acho que o Brasil é um país muito importante para a Formula 1. Espero que possamos ter mais brasileiros correndo na categoria no futuro. Acho que é importante que a Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) ajude e tenha uma mentalidade mais moderna quanto ao futuro do automobilismo", afirmou.

A incomum ausência de representes brasileiros nas pistas da F-1 não desanima os promotores do GP do Brasil. A organização considera que a corrida em Interlagos tem um público fiel e cativo, independentemente da presença de pilotos nacionais.

O País já vive o maior jejum de vitórias da história. Em setembro de 2009, na Itália, Rubens Barrichello, então na equipe Brawn, foi o último brasileiro a ganhar uma prova.

Felipe Massa fará sua segunda e definitiva despedida do GP do Brasil como piloto de Fórmula 1 neste domingo, no Autódromo de Interlagos. Ao fim de sua 16ª temporada na categoria, o brasileiro se vê "realizado" e sem nada a lamentar em sua carreira na principal categoria de automobilismo do mundo.

Em entrevista exclusiva ao Estado, Massa até interrompe a reportagem quando questionado sobre se deixará a F-1 com sentimento de "realização": "Ô, e muito!", respondeu o piloto. "Sou muito feliz por tudo que consegui conquistar e me sinto satisfeito e emocionado por tudo o que passei na minha carreira como piloto de F-1."

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Em 16 temporadas, incluindo uma como piloto de testes, Massa disputou 267 GPs e faturou 11 vitórias e 16 pódios. Foi ainda vice-campeão em 2008, após perder o título na última curva da última prova do ano, justamente em Interlagos. Dos 31 brasileiros que já correram na F-1, ele só tem resultados inferiores aos campeões mundiais Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna. "Acho que os números mostram bem como eu fui, como a minha carreira foi longa."

Entre estes números está a vitória do brasileiro em Interlagos, em 2006. Para Massa, foi seu melhor momento na F-1. "Foi o dia mais feliz da minha carreira", relembrou ele, que pilota no asfalto de Interlagos desde a adolescência. "Aquela vitória no GP do Brasil era algo muito longe do que eu imaginava conquistar na minha vida."

A trajetória do brasileiro também foi marcada por momentos difíceis. O maior deles foi no treino classificatório do GP da Hungria de 2009. Uma peça do carro de Rubens Barrichello acertou sua cabeça e o tirou daquela e das oito corridas restantes da temporada. Apesar do grande susto, Massa não elegeu o perigoso episódio como o mais negativo de sua carreira na F-1.

"Foi o GP da Alemanha de 2010", respondeu o brasileiro, referindo-se à prova que ficou famosa pela frase dita pelo chefe da Ferrari, via rádio: "Fernando está mais rápido que você". "Foi o dia mais triste da minha história na F-1, eu tive que deixar o Alonso passar. Uma frustração tremenda, me senti impotente."

Apesar da lembrança negativa, o brasileiro evita lamentações. "Eu não mudaria nada na minha carreira. Eu sempre aprendi muito e não tenho nada a me lamentar", afirmou o piloto, que espera deixar uma imagem de respeito e amizade na categoria mais competitiva do automobilismo. "Sempre tive muito respeito pelas pessoas e sempre fui muito bem tratado, querido até no meio da F-1. Espero deixar uma imagem de respeito por tudo o que eu passei e por tudo o que recebi."

Massa quer o mesmo reconhecimento por parte da torcida nacional. "O brasileiro gosta muito de torcer por outro brasileiro. Mas nem sempre no Brasil se dá o devido reconhecimento [ao atleta]. Às vezes é um pouco triste o que se vê... Nos outros países os torcedores dão mais valor."

O piloto da Williams se despede da categoria sem obter maior brilho nestes últimos anos, após ter as melhores chances de título na Ferrari. Massa nem esperava competir neste ano. Foi chamado de última hora pela equipe inglesa para substituir o finlandês Valtteri Bottas, que rumou para a Mercedes. Por isso o brasileiro faz sua segunda despedida em casa neste fim de semana.

Neste seu "ano bônus" na F-1, ele não brigou por pódio, mas está longe de lamentar a decisão de permanecer no campeonato por mais uma temporada. "Me diverti muito guiando o carro deste ano. É maravilhoso de pilotar, é mais rápido, independente de não termos um carro tão competitivo assim. Consegui tirar muito do modelo deste ano. Valeu a pena ter continuado na F-1."

Melhores resultados em 2017 não vieram em razão da falta de sorte, disse o piloto. "Tive até chance de vencer o GP do Azerbaijão, mas tive problemas no carro. Pneus furaram em outras corridas. Tranquilamente era para eu ter o dobro da pontuação que tenho hoje", comentou o atual 11º colocado do Mundial, com 36 pontos.

Fora da categoria depois de disputar o GP de Abu Dabi, no dia 26, o brasileiro ainda não sabe o que fará no próximo ano. Seu maior interesse é entrar na Fórmula E, a categoria de carros elétricos promovida pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Mas ele não tem pressa e diz que não pretende apenas fazer número na categoria que escolher futuramente. "Quero me divertir, ser útil e me sentir importante para a equipe com a minha experiência e o meu trabalho."

Enquanto não decide o seu futuro, Massa já prevê saudades da velocidade de um carro de F-1 e das viagens "por tantos países bacanas". E admite que a família está um pouco preocupada com o seu futuro. "Tem aquela pergunta: o que eu vou fazer daqui para a frente? Rola aquela preocupação porque tive uma carreira longa, quase desde a minha infância. Mas estão todos me apoiando."

Bem-humorado, ele até brinca com o novo status de "desempregado". "Vou inventar alguma coisa para trabalhar. Ficar em casa sem fazer nada não é para mim", afirmou o brasileiro.

Duas ações criminosas de assalto contra funcionários da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e da Mercedes na noite de sexta-feira vão fazer o esquema de segurança do GP do Brasil de Fórmula 1 mudar. A Polícia Militar vai aumentar o efetivo de trabalho nos arredores do Autódromo de Interlagos e ampliar o turno de trabalho. Uma das vítimas da violência, a equipe alemã, por sua vez, ganhará escolta policial em tempo integral. Ninguém ficou ferido nos incidentes.

A reportagem do Estado apurou que o esquema de segurança passará a ser em tempo integral na região do autódromo. Os bandidos se aproveitaram de uma brecha à noite, quando há menos movimento. Como solução, será reforçada a presença policial em faixas horárias específicas. Isso contempla os momentos de saída do público e dos integrantes da equipes, como, por exemplo, ao redor das 22h de sábado e das 23h30 de domingo. O mutirão vai terminar somente na madrugada de segunda-feira.

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O chefe da equipe Mercedes, Toto Wolff, e o diretor da escuderia, o ex-piloto Niki Lauda, reclamaram em entrevistas sobre o episódio. Representantes da escuderia chegaram a se reunir no sábado pela manhã com a organização do GP para pedir auxílio. A Mercedes terá escolta policial especial até o fim da estadia no Brasil.

Um van com funcionários da escuderia foi cercada por um outro veículo na saída de Interlagos, na noite de sexta. Os bandidos chegaram a atirar e roubaram pertences das vítimas. Duas delas tiveram os passaportes levados, assim como celulares, relógios e dinheiro. O episódio motivou o protesto do tetracampeão mundial Lewis Hamilton.

"Algumas pessoas da minha equipe foram ameaçadas por armas na noite passada, quando deixavam o autódromo aqui no Brasil. Foram disparados tiros e as armas foram apontadas para a cabeça deles. Isso é decepcionante de saber", escreveu no Twitter. "Isso acontece todo ano aqui. A Fórmula 1 e as equipes precisam fazer mais. Não há desculpas", criticou.

Já o veículo com funcionários da FIA conseguiu fugir e evitar algo pior por ser blindado. Entre os passageiros estava o diretor de comunicação da entidade, o italiano Matteo Bonciani, que contou ter sido uma ação muito rápida, mas com estrago maior evitado graças à ação rápida do motorista em acelerar e deixar o local. "Eu moro em Paris e essas coisas também acontecem lá", minimizou.

O pole position no GP, o finlandês Valtteri Bottas, afirmou ter dedicado a primeira posição aos colegas vítimas de violência, com quem conversou pela manhã antes de ir para a pista. "Falei com eles e disse que iria ser pole para animar todos, então eu estou feliz que isso tenha realmente acontecido. Primeiramente, fiquei feliz que todos estão inteiros e ninguém se feriu, mas obviamente é uma situação ruim", comentou.

O único piloto brasileiro do grid da categoria, Felipe Massa, demonstrou não ter ficado surpreso com o episódio. Velho frequentador do autódromo, o piloto da Williams se disse envergonhado pelo ocorrido, lamentou a violência e contou que, por conhecer a região, faz questão de vir ao circuito somente com escolta e carro blindado.

HISTÓRICO - As críticas de Hamilton sobre o histórico tumultuado de violência no bairro de Interlagos remetem a casos mais antigos. Em 2010, por exemplo, o piloto Jenson Button sofreu uma tentativa de assalto no caminho entre o circuito e o hotel, mas conseguiu escapar. Já em 2003, dentro do autódromo a Minardi teve algumas rodas roubadas e a Jaguar sofreu com o furto de computadores.

Ofuscado por Lewis Hamilton nos dois primeiros treinos, o finlandês Valtteri Bottas foi o destaque da terceira sessão livre do GP do Brasil de Fórmula 1. Na manhã deste sábado (11), o piloto correu perto do recorde do Autódromo de Interlagos, em São Paulo, e liderou o último treino antes da classificação, mantendo o domínio da Mercedes neste fim de semana.

Bottas anotou o tempo de 1min09s281, perto do recorde estabelecido por Hamilton no primeiro treino livre, na sexta-feira (10). O inglês registrara 1min09s202 ao marcar a volta mais rápida já registrara por um carro de Fórmula 1 no traçado paulistano. Até então, o recorde em treinos pertencia ao alemão Nico Rosberg, com 1min10s023, em 2014. O melhor tempo em corrida segue com o colombiano Juan Pablo Montoya, com 1min11s473, em 2004.

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O finlandês anotou o melhor tempo do terceiro treino livre com pneus supermacios. Hamilton, com os mesmos compostos, ficou logo atrás, com 1min09s284. O inglês, mais novo tetracampeão da categoria, havia liderado as sessões realizadas na sexta.

Com os supermacios, a dupla da Mercedes deixou para trás os carros da Ferrari, que lideraram durante a maior parte do treino deste sábado, sob temperatura de 26 graus na pista e alta umidade, mas sem chuva e com pista mais seca do que molhada. Hamilton e Bottas iniciaram suas participações no treino com pneus macios e não conseguiram alcançar a Ferrari.

O alemão Sebastian Vettel e o finlandês Kimi Raikkonen terminaram o treino logo atrás dos rivais da Mercedes. Raikkonen foi um pouco mais rápido, com 1min09s326. Vettel, que perdeu o campeonato para Hamilton na etapa passada, anotou 1min09s339.

O australiano Daniel Ricciardo, da Red Bull, anotou o quinto tempo, com 1min10s244, logo à frente do surpreendente Fernando Alonso. O piloto da McLaren marcou 1min10s288. Depois dele, vieram os carros da Force India. O mexicano Sergio Pérez registrou 1min10s322, enquanto o francês Esteban Ocon obteve 1min10s357 em sua melhor volta. Completaram o Top 10 o holandês Max Verstappen, da Red Bull (1min10s495) e o espanhol Carlos Sainz Jr., da Renault (1min10s599).

O brasileiro Felipe Massa anotou apenas o 12º tempo, com 1min10s671. Na sexta-feira, ele foi sétimo e oitavo colocado nas duas sessões livres. Com o resultado deste sábado, ficou atrás dos carros da Force India, uma das rivais da Williams neste fim de semana. Seu companheiro de equipe, o canadense Lance Stroll, não registrou tempo porque rodou na pista logo no começo.

O grid de largada será definido a partir das 14 horas, em Interlagos. Há forte chance de chuva durante a sessão. Mas para o domingo, a previsão é de sol e calor.

Principal equipe da Fórmula 1 na atualidade, a Mercedes sofreu um assalto na saída do Autódromo de Interlagos, na noite desta sexta-feira (10), após a realização dos dois primeiros treinos livres do GP do Brasil. Uma van do time alemão foi abordada por criminosos, que levaram "itens valiosos" dos integrantes do veículo, na zona sul de São Paulo.

A assessoria de comunicação da Mercedes não revelou quais "itens valiosos" foram roubados. Mas informou que ninguém ficou ferido na ação. A equipe não acionou a polícia após o episódio, que assustou membros do time alemão. Neste sábado, as vans da Mercedes receberam escolta policial no trajeto do hotel até Interlagos.

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A ação aconteceu por volta das 20 horas de sexta-feira, nas proximidades da Avenida Interlagos. Um veículo interrompeu a passagem da van da Mercedes e o assalto foi anunciado. A equipe não confirmou quantos integrantes foram roubados. Outra van, da Williams, estava por perto, mas não foi abordada pelos assaltantes.

Logo atrás, vinha um veículo da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Como a van era blindada, saiu rapidamente e evitou qualquer perda material. Dentro do veículo, estava o assessor de imprensa da entidade, o italiano Matteo Bonciani, que revelou não ter havido maior risco na ação.

Acostumado a frequentar Interlagos há anos, Bonciani disse que foi a primeira vez que passou medo no Brasil. Mas preferiu minimizar o episódio. "Eu moro em Paris e essas coisas também acontecem lá", disse o italiano, já recuperado do susto. Nos últimos anos, houve registros de outros assaltos a equipes e pilotos da F-1 nas proximidades de Interlagos.

O assalto à Mercedes motivou o chefe da equipe, Toto Wolff, a se reunir com o promotor do GP do Brasil, Tamas Rohonyi. Eles tomaram café da manhã no box da equipe alemã, na companhia do austríaco Niki Lauda, tricampeão da Fórmula 1 e um dos dirigentes da Mercedes.

Depois do forte calor na sexta-feira (10), pilotos e equipes da Fórmula 1 terão que se adaptar rapidamente à chuva e às temperaturas mais baixas neste sábado (11), no Autódromo de Interlagos. A partir das 14 horas, Lewis Hamilton, Sebastian Vettel e companhia vão disputar a classificação que definirá o grid de largada do GP do Brasil, em São Paulo.

Chuvoso, o sábado começou com temperaturas na casa dos 18 graus. Na pista molhada, o registro é de 24 graus. E a umidade é de 86%. O contraste é grande com o calor de sexta. Os pilotos participaram dos dois primeiros treinos livres em Interlagos com temperatura de até 50 graus no asfalto.

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A mudança vai afetar a programação das equipes, que ajustaram os carros para pista seca ao longo de toda a sexta. Estes acertos não devem ser muito úteis para o terceiro treino livre, a partir das 11 horas, e para o treino classificatório, às 14h. Mas serão importantes para a corrida deste domingo, também às 14h, quando o tempo deve ser seco e de calor novamente.

INGRESSOS - Os fãs de automobilismo ainda podem comprar bilhetes para a corrida brasileira, penúltima da temporada 2017 da F-1. Há tíquetes disponíveis apenas para o setor "F", localizado no início da Reta Oposta do traçado. O valor do ingresso, que pode ser adquirido na bilheteria do autódromo, é de R$ 1.400,00, com validade para sábado e domingo.

O público que comparecer ao GP vai notar novidades na área dos boxes. Para este ano, a organização da F-1 incrementou a identificação dos pilotos, seguindo as orientações dos novos proprietários da categoria.

Além do destaque para o nome e a numeração do piloto em cada posição dos boxes, há o nome dos participantes da corrida pintado no asfalto do pit lane na frente de cada entrada. Isso deve facilitar a identificação dos pilotos por parte da torcida em cada momento da prova, principalmente nos pit stops.

Os carros da Fórmula 1 vão para pista pela primeira vez nesta sexta-feira (10) no Autódromo de Interlagos. Eles realizarão treinos livres para iniciar uma espécie de etapa prévia à temporada de 2018. As equipes e os pilotos pensam não apenas na preparação para o GP do Brasil, neste domingo (12), mas principalmente em já iniciar acertos e testes para o ano seguinte tanto agora, em São Paulo, como na última corrida, em Abu Dabi.

A antecipação desse processo se justifica pelo encerramento precoce das disputas em 2017. Com a Mercedes campeã entre os construtores e Lewis Hamilton vencedor entre os pilotos, resta aos competidores começar a pensar no futuro. "Nós precisamos começar tudo do zero no próximo ano. E isso depende da qualidade do início dos nossos trabalhos de preparação", disse o finlandês Kimi Raikkonen, da Ferrari.

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Nas primeiras entrevistas em Interlagos, nesta quinta-feira, pilotos e chefes de equipe ressaltaram a motivação em ver o GP do Brasil já como uma etapa prévia da última temporada. Os treinos e até mesmo a corrida serão laboratório de acertos nos carros.

O campeão Lewis Hamilton encara as últimas voltas de 2017 como uma despedida. O piloto quer aproveitar guiar o carro sem o halo, peça de proteção obrigatória para 2018 que será fixada no cockpit ao redor do capacete. "Quero aproveitar essas duas últimas corridas para apreciar dirigir sem o halo, pois gosto de ter uma visão melhor. Não gostei da mudança", comentou o inglês.

O vice-campeão Sebastian Vettel, da Ferrari, quer utilizar as provas finais para diminuir a distância da sua equipe para a Mercedes. "O desenvolvimento do carro é contínuo e como as regras não mudarão muito, há muito o que aprender desta temporada para aplicarmos no próximo ano. Precisamos sempre tirar algum proveito das corridas", afirmou o alemão, vencedor em Interlagos em duas edições.

A escuderia que domina a categoria, a Mercedes, promete encarar a prova no Brasil com a mesma postura. "Dentro do time, estamos encarando as duas provas restantes como os dois primeiros GPs de 2018", avisou o chefe da Mercedes, Toto Wolff. "Estas duas corridas são as duas primeiras oportunidades antes do início da próxima temporada. Vamos testar novos e interessantes conceitos que o panorama competitivo do início do ano não nos permitiu levar para a pista", completou.

Os treinos nesta sexta-feira serão em dois períodos e com grande possibilidade de chuva, segundo a previsão do tempo oficial do GP. No sábado a previsão é a mesma, com pancadas espalhadas ao longo do dia. Já no domingo, a corrida deve ser disputada sob sol e calor.

Felipe Massa deixará a Fórmula 1 após o GP de Abu Dabi, no dia 26 deste mês. Sem o vice-campeão da temporada de 2008 no grid do próximo ano, o Brasil ficará sem um piloto na principal categoria do automobilismo mundial pela primeira vez desde 1969. O fim de uma longa sequência brasileira na F-1 preocupa Massa, que pede mais escolas de pilotos no País e cobra uma atuação mais efetiva da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA).

"Está faltando a escola para preparar os pilotos no Brasil", afirmou Massa, nesta quinta-feira (9), no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. "A formação dos pilotos hoje em dia é bem mais complicada porque tem menos categorias de base e os pilotos que saem daqui tem que ter o dinheiro para sair logo e ter a chance de correr lá fora".

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As dificuldades na formação, na avaliação do experiente piloto, vêm impedindo a descoberta de novos talentos brasileiros que poderiam ingressar na Fórmula 1 no futuro. "Acho que isso tem muito a ver com a nossa escola, em como está o automobilismo hoje no Brasil. Precisa de mudanças, precisa de uma federação muito mais moderna, que tente seguir o que outras entidades fazem em outros países".

Ele acredita que o Brasil poderia seguir modelo usado na França e na Alemanha, onde as federações locais atuam para buscar investimentos e intermediar negociações entre jovens pilotos e patrocinadores. "A CBA não tem como tirar dinheiro do bolso para ajudar um moleque a correr ou para montar uma categoria. Mas tem o poder e a força para correr atrás através de empresas ou até mesmo do governo para ajudar pilotos".

Para tanto, Massa aposta numa mudança de mentalidade na entidade brasileira, que passou a ser presidida por Waldner Bernardo de Oliveira em janeiro deste ano. "Precisamos de uma mentalidade diferente. Tomara que o novo presidente da CBA tenha uma ideia mais moderna", afirmou o piloto da Williams.

O brasileiro se colocou à disposição para ajudar no desenvolvimento do automobilismo brasileiro a partir do ano que vem, quando já estará fora da Fórmula 1. "Estou à disposição para o que eu puder ajudar pelo futuro do automobilismo brasileiro e pelo futuro do Brasil na Fórmula 1", disse Massa, que já criou até uma categoria de monopostos.

Entre 2010 e 2011, ele colocou dinheiro do próprio bolso para criar a Fórmula Futuro, categoria intermediária entre o kart e os carros mais potentes de GP3 e Fórmula 2. A competição poderia ser o salto para jovens pilotos brasileiros ganharem experiência em monopostos antes de se arriscarem em campeonatos maiores na Europa. "Gastei muito dinheiro, o prejuízo foi grande. Não pretendo fazer isso de novo", afirmou Massa.

Longe atualmente da posição de dirigente esportivo, o brasileiro cogita atuar em entidades internacionais voltadas para o desenvolvimento do automobilismo. Mas somente em um futuro mais distante, quando decidir abandonar as pistas.

"Poderia ser uma opção. Já recebi convite muitas vezes em outros momentos para integrar a FIA (Federação Internacional de Automobilismo). Mas agora estou num momento diferente, vou começar a pensar em outras coisas daqui para a frente", afirmou o piloto, que já revelou desejo de disputar a Fórmula E, categoria de carros elétricos organizada pela FIA, nos próximos anos.

Fernando Alonso ainda não conseguiu repetir, desde a sua volta à McLaren em 2015, o desempenho que obteve em outras equipes. Apesar do retrospecto negativo, renovou o contrato e está mais confiante para a temporada de 2018, depois que a escuderia decidiu trocar o motor Honda pelo Renault.

Pilotando pela marca francesa, o espanhol foi bicampeão mundial (2005 e 2006). Posteriormente ainda conquistou três vice-campeonatos pela Ferrari (2010, 2012 e 2013) e agora aposta na parceria que lhe rendeu os dois títulos para repetir os momentos de glória, dessa vez pela McLaren.

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Antes de acelerar no GP do Brasil, neste domingo, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, o piloto espanhol falou com o Estado sobre as suas expectativas para a próxima temporada e o que pensa sobre seu futuro na Fórmula 1 e fora da principal categoria do automobilismo mundial.

Você conquistou dois títulos da Fórmula 1 pilotando pela Renault. Agora, a McLaren decidiu trocar o motor Honda pelo da marca francesa. Como você vê essa mudança?

Tivemos três temporadas difíceis, especialmente a última, quando houve problemas de motor e no carro que me impediram de completar algumas corridas. Essa mudança é positiva e estamos otimistas. O objetivo é voltar ao topo, conquistar pódios e brigar pelo título. Com a Renault vivi alguns dos melhores momentos da minha carreira, fiz grandes amigos. Agora vamos trabalhar para tentar repetir a história na McLaren.

Então você acredita que é possível voltar ao topo na próxima temporada?

A Mercedes dominou o esporte nos últimos quatro anos, com Rosberg e Hamilton. Essa temporada foi muito fácil, terminou faltando ainda duas corridas para o fim. No próximo ano, Hamilton continuará sendo o favorito, mas acredito que o campeonato será mais equilibrado e mais times poderão desafiar a hegemonia da Mercedes. Ferrari, Red Bull e a McLaren irão brigar para que o final seja diferente.

Você correu na Fórmula Indy e agora irá pilotar em Daytona. Porque decidiu pilotar em outras modalidades?

Se eu estivesse brigando pelo título, não teria essa possibilidade. Correndo em diferentes categorias, eu tenho chance de continuar vencendo. Isso ainda não aconteceu, mas, enquanto houver no meu time essa liberdade, vou continuar correndo no máximo de categorias que for possível. A forma de pilotar um carro da Indy ou de Endurance é muito diferente da Fórmula 1. Em cada um deles é como se começasse do zero. Gosto desse desafio.

Você pretende correr por mais quantos anos na Fórmula 1? O que planeja fazer quando sair da categoria?

Essa é uma pergunta impossível de responder agora. Ainda não consigo prever quando vou parar. É preciso ter aquele sentimento dentro de você, que te ajude a escolher o melhor momento. E ainda não sinto que é a hora. Mas quando eu sair da Fórmula 1, talvez, continue em outras categorias que permitam uma carreira mais longa. Eu também quero ajudar no desenvolvimento de novos talentos. Passar para os mais jovens parte da minha experiência. Muitos deles têm o mesmo sonho que eu e quero poder ajudá-los no futuro.

Falando em aposentadoria, qual sua opinião sobre a decisão de Felipe Massa parar de correr na Fórmula 1?

Ele é um amigo, corremos na mesma equipe (na Ferrari, entre 2010 e 2013), convivi com ele muitos anos. Não é bom quando um companheiro de equipe diz adeus. Mas ao mesmo tempo eu compreendo a decisão dele. Massa tem outros planos fora da Fórmula 1 e agora ele poderá aproveitar mais tempo com a família e amigos. Eu desejo a ele muita felicidade nessa nova fase.

Você gosta de correr aqui no Brasil. Qual sua expectativa para domingo?

Eu amo pilotar no Brasil. É um dos circuitos que tenho algumas das melhores memórias. Apesar de nunca ter vencido uma corrida, conquistei o título duas vezes aqui. Os brasileiros são muito apaixonados pela Fórmula 1, o país tem grandes pilotos em sua história. Nessa temporada perdi a chance de conquistar pontos em diversas ocasiões por causa de problemas no carro, penalidades, etc. Espero ter uma corrida sem surpresas negativas e conseguir pontuar mais uma vez.

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