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Lewis Hamilton não deverá guardar boas lembranças do GP de São Paulo de Fórmula 1 deste ano. O piloto britânico sofreu sua segunda punição do fim de semana neste sábado e terá que largar da última posição no sprint race, o novo formato do treino classificatório, que definirá a partir das 16h30 o grid de largada para a corrida, no domingo, no Autódromo de Interlagos.

O piloto da Mercedes foi punido por conta de uma irregularidade na asa traseira do seu carro. Delegado-técnico da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Jo Bauer detectou uma mudança no componente quando o DRS (sistema de asa móvel, que aumenta a velocidade do carro e facilita as ultrapassagens) estava ativado no treino que estabeleceu o grid para o sprint race.

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"A posição dos elementos ajustáveis da asa traseira superior foi checada no carro #44 para notar se estava de acordo com o Artigo 3.6.3 das Regras Técnicas da Fórmula 1 2021. As exigências para a distância mínima (entre as partes da asa) foram atingidas, mas as exigências para o máximo de 85 mm (de intervalo), quando o sistema de asa móvel é utilizado e foi testado de acordo com o TD/011-19, não foi atingido. Estou enviando a questão aos comissários para avaliação", explicou Bauer.

O resultado da investigação, contudo, foi quase uma "novela". A apuração começou no fim da tarde de sexta e se estendeu até o início da tarde deste sábado, envolvendo ainda Max Verstappen. A princípio, o veredicto seria anunciado pela manhã, após ouvir ambos os pilotos e demais representantes das equipes Mercedes e da Red Bull. Porém, a discussão se estendeu. O holandês também foi investigado porque tocou no carro do rival ao fim do treino de sexta, algo proibido pelo regulamento. Acabou sendo multado em 50 mil euros, cerca de R$ 310 mil. Hamilton sofreu sanção mais dura.

Os comissários avaliaram o caso e confirmaram que o inglês foi beneficiado pela alteração na asa. O piloto da Mercedes havia surpreendido durante o treino por exibir grande performance, acima até dos carros da Red Bull, considerados os favoritos neste fim de semana por contar com motor que apresenta maior eficiência na altitude de quase 800 metros de São Paulo.

Com a sanção, Hamilton vai trocar o primeiro pelo último lugar no grid do sprint race, minicorrida marcada para às 16h30 deste sábado. Verstappen, líder do campeonato, vai herdar a pole position. O sprint race, além de definir o grid, concede três pontos no campeonato ao vencedor. Assim, o piloto da Red Bull terá a chance de aumentar ainda mais a vantagem de 19 pontos no Mundial de Pilotos.

No começo da sexta-feira, Hamilton já havia sofrido punição por trocar um dos componentes do seu motor. Perderá cinco posições no grid do domingo. Com as duas penalizações acumuladas, o inglês terá que mostrar grande poder de superação na corrida para se manter firme na briga pelo título da temporada.

O atual segundo colocado no mundial de pilotos, o inglês Lewis Hamilton cravou nesta sexta-feira (12) a pole position para a sprint race em Interlagos neste sábado (13) no GP do Brasil. Mas uma infração técnica no sistema de DRS pode acabar levando o campeão do mundo para o fim da fila na largada.

Comissários da FIA notaram um erro técnico na abertura do DRS, traduzindo, o Sistema de Redução de Arrasto. Segundo os técnicos, no momento que o sistema é acionado há uma falha que infringe a regra.

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A Mercedes está em reunião com a FIA para saber o resultado da análise. Caso esteja confirmado o erro ele pode largar na última posição. 

"As posições ajustáveis ​​do elemento da asa traseira superior foram verificadas no carro número 44 para conformidade com o Artigo 3.6.3 dos Regulamentos Técnicos da Fórmula Um de 2021. O requisito para a distância mínima foi cumprido", diz o relatório.

"Mas a exigência de no máximo 85mm, quando o sistema DRS é implantado e testado de acordo com a TD / 011-19, não foi cumprida”, acrescenta. 

Na atual temporada, a Federação Internacional de Automobilismo tem testado um novo modelo com classificação na sexta, como aconteceu hoje em Interlagos. No sábado tem uma ‘mini corrida’, chamada de sprint race, que define a colocação para a corrida normal no domingo (14).

Contando com público reduzido neste ano, o GP do Brasil de Fórmula 1 anunciou nesta terça-feira que os ingressos estão esgotados. Para a corrida desta temporada, o Autódromo de Interlagos, em São Paulo, contará com apenas 57% de sua capacidade total, em razão das restrições causadas pela pandemia.

De acordo com a organização do GP, os três lotes de ingressos já foram comercializados, totalizando 40 mil bilhetes. Deste total, 70% foi vendido ao público em geral. Os demais são destinados a empresas e grupos corporativos, agências e parceiros comerciais do GP e da F-1. Geralmente, a prova conta com 70 mil lugares disponíveis nas arquibancadas do circuito paulistano.

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Com menos ingressos disponíveis, a comercialização foi mais rápida que o esperado. A pré-venda começou no dia 18 deste mês. Quatro dias depois, puderam comprar os torcedores em geral, sem qualquer restrição.

Os torcedores que ficaram sem ingressos agora dependem de uma possível flexibilização das restrições em São Paulo para conseguir ver a corrida in loco. Somente se as restrições forem reduzidas haverá liberação de maior público nas arquibancadas, com um eventual futuro novo lote de bilhetes à venda.

"Dependendo do protocolo de combate à pandemia definido pelas autoridades, um novo lote poderá ser aberto. Neste momento, todos os setores do autódromo de Interlagos tiveram a capacidade reduzida. A organização publicou uma lista de espera para cadastro de interessados para o caso de abertura de um novo lote, no site oficial do evento (f1saopaulo.com.br)", informou a organização do GP.

O GP deste ano será realizado entre os dias 5, 6 e 7 de novembro. A corrida marca o retorno do Brasil ao calendário após ausência em 2020 devido à pandemia. A ausência coincidiu com a disputa entre as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro para receber a corrida. A capital fluminense apostava no projeto do novo autódromo planejado para ser erguido no bairro de Deodoro. Mas a cúpula da F-1 decidiu renovar seu contrato com São Paulo por cinco anos, em acordo anunciado em dezembro.

Esgotados os ingressos correspondentes ao primeiro e segundo lotes para o GP do Brasil de Fórmula 1, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, entre os dias 5 e 7 de novembro, a venda geral para o público das entradas ainda disponíveis abrirá nesta sexta-feira, a partir das 19 horas. Os dois primeiros lotes terminaram em menos de três horas. Este ano, a organização trabalha com um número limitado de lugares por conta dos protocolos de segurança contra a pandemia da covid-19.

A compra dos ingressos será realizada pelo site da Eventim (www.eventim.com.br/f1saopaulo), tiqueteira oficial do evento. Outras informações estão disponíveis no site oficial do evento: www.f1saopaulo.com.br.

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O primeiro lote foi reservado para os frequentadores habituais do GP, enquanto que o segundo incluiu os novos interessados que tinham feito cadastro para lista de espera no site do evento. A terceira fase de venda de ingressos será aberta ao público em geral.

Os setores das arquibancadas são os mesmos dos anos anteriores. Há apenas uma novidade. A área VIP terá a estreia do setor chamado Grand Prix Club. Mas o autódromo receberá menos torcedores neste ano, devido à pandemia. A organização ainda não definiu quantos serão permitidos em cada dia do fim de semana do GP.

O número de parcelas cairá ao longo dos meses. A capacidade do autódromo será reduzida neste primeiro momento, visando a realização de um evento seguro para todos, mas poderá aumentar se a situação da pandemia do novo coronavírus no Estado de São Paulo permitir. Todos os protocolos determinados pelas autoridades sanitárias na ocasião do evento serão cumpridos rigorosamente.

O GP brasileiro avisa também que, caso haja cancelamento da prova deste ano, o ingresso será válido para a corrida de 2022. No ano passado, a prova da F-1 em solo nacional não foi realizada em razão da pandemia. Não houve corridas nas Américas, devido ao alto número casos de covid-19 nos países.

A ausência no calendário de 2020 coincidiu com a disputa entre as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro para receber a corrida. A capital fluminense apostava no projeto do novo autódromo planejado para ser erguido no bairro de Deodoro. Mas a cúpula da Fórmula 1 decidiu renovar seu contrato com São Paulo por cinco anos, em acordo anunciado em dezembro.

Ausente no calendário da Fórmula 1 em 2020, o GP do Brasil abre nesta sexta-feira a venda de ingressos para a corrida deste ano, em novembro, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Estamos disponíveis para a pré-venda os ingressos do primeiro lote para o fim de semana dos dias 5, 6 ou 7 de novembro.

Nesta etapa da venda, têm prioridade para adquirir os bilhetes quem já estava cadastrado e quem já esteve em edições anteriores do GP. Depois, pela ordem, vêm os clientes novos que se cadastrarem para comprar as entradas para este ano. A organização acredita que esta cota deve ser esgotada rapidamente.

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A venda para o público em geral vai ter início assim que encerrar a pré-venda. Somente é possível fazer o cadastro e adquirir ingressos para a corrida no site oficial do GP: www.f1saopaulo.com.br. Os fãs de automobilismo que já estavam cadastrados anteriormente vão receber por e-mail um código único para a pré-venda.

Os setores das arquibancadas são os mesmos dos anos anteriores. Há apenas uma novidade. A área VIP terá a estreia do setor chamado Grand Prix Club. Mas o autódromo receberá menos torcedores neste ano, devido à pandemia. A organização ainda não definiu quantos serão permitidos em cada dia do fim de semana do GP.

"A capacidade do autódromo será reduzida neste primeiro momento, visando a realização de um evento seguro para todos, mas poderá aumentar se a situação da pandemia no estado permitir. Todos os protocolos determinados pelas autoridades sanitárias na ocasião do evento serão cumpridos rigorosamente", informou a organização.

O GP brasileiro avisa também que, caso haja cancelamento da prova deste ano, o ingresso será válido para a corrida de 2022. No ano passado, a prova da F-1 em solo nacional não foi realizada em razão da pandemia. Não houve corridas nas Américas, devido ao alto número casos de covid-19 nos países.

A ausência no calendário de 2020 coincidiu com a disputa entre as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro para receber a corrida. A capital fluminense apostava no projeto do novo autódromo planejado para ser erguido no bairro de Deodoro. Mas a cúpula da F-1 decidiu renovar seu contrato com São Paulo por cinco anos, em acordo anunciado em dezembro.

A Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou nesta segunda-feira (1°) que desistiu oficialmente da construção de um autódromo na Floresta do Camboatá, no bairro de Deodoro, na zona oeste da cidade. Os responsáveis pelo empreendimento queriam a pista em uma área de Mata Atlântica, o que despertou a mobilização de entidades de proteção ambiental e de milhares de pessoas.

A desistência foi confirmada na última sexta-feira, quando a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Smac) encaminhou ofício ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) pedindo o arquivamento do processo que pedia o licenciamento da área de floresta para a construção da pista.

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Segundo a Smac, no documento o secretário municipal de Meio Ambiente, Eduardo Cavaliere, destacou que a Floresta do Camboatá "é um patrimônio ambiental da cidade do Rio, que exerce papel fundamental de conexão entre os maciços da Pedra Branca e do Mendanha, unidades protegidas por legislações estaduais e municipais", e que a área é considerada prioritária para o projeto de criação de "Corredores Verdes" da capital fluminense.

"No que depender da Prefeitura, esse autódromo não será construído no Camboatá. Foi uma promessa de campanha do prefeito Eduardo Paes que está sendo cumprida. Na década da restauração ambiental, precisamos falar em recuperar espaços verdes e não destruí-los", sustentou o secretário.

A construção da pista era estratégia central da empresa Rio Motorpark para tirar de São Paulo o direito de sediar a etapa brasileira da Fórmula 1. A mudança tinha o apoio do ex-prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) e do presidente Jair Bolsonaro, que em maio de 2019 chegou a anunciar que "o novo autódromo será construído em seis, sete meses, após o início das obras" e que "a Fórmula 1 do ano que vem (2020) será realizada no Brasil e, no caso, no Rio de Janeiro".

A Fórmula 1 oficializou nesta quarta-feira o contrato de renovação com a Prefeitura de São Paulo para realizar por mais cinco anos no Autódromo de Interlagos uma etapa do campeonato. O acordo anterior era válido somente até este ano. A partir de agora, a prova deixará de se chamar GP do Brasil e será conhecida como GP de São Paulo. A próxima edição será em 14 de novembro de 2021. A corrida será a antepenúltima do calendário.

O acordo entre São Paulo e a Fórmula 1 havia sido anunciado em 12 de novembro pelo governador João Doria. Na ocasião, ele afirmou que a cidade tinha fechado um compromisso por cinco anos, renováveis por outros cinco. Por parte da Fórmula 1 ainda restava a confirmação, já que no calendário prévio da temporada do ano que vem, divulgado no último mês, a etapa brasileira apresentava a observação de que dependia de acerto contratual para ser oficializada.

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São Paulo venceu a concorrência com uma candidatura do Rio de Janeiro para manter o GP do Brasil. O projeto liderado pelo consórcio Rio Motorsports pretende construir um autódromo em Deodoro. O empreendimento avaliado em R$ 700 milhões acabou descartado pela categoria por ainda não ter conseguido as licenças ambientais prévias para iniciar a construção. Por isso, a opção por continuar em Interlagos ganhou força junto com a Fórmula 1.

"O Brasil é um mercado muito importante para a Fórmula 1, com fãs dedicados e uma longa história no esporte. A corrida no Brasil sempre foi um destaque para nossos fãs, pilotos e nossos parceiros e estamos ansiosos para proporcionar aos fãs da Fórmula 1 uma corrida emocionante em Interlagos em 2021 e nos próximos cinco anos", disse o chefe da Fórmula 1, Chase Carey. "É uma grande alegria poder anunciar que Interlagos continuará a receber um dos eventos mais importantes do automobilismo mundial. Fizemos um grande esforço para manter a corrida em nossa cidade", afirmou o prefeito de São Paulo, Bruno Covas.

A categoria realizou pela primeira vez uma prova oficial em Interlagos em 1973. Nos anos 1980, algumas edições do GP do Brasil foram disputadas no Rio, em Jacarepaguá. Desde 1990 a capital paulista voltou a ser a sede da etapa brasileira. A única exceção foi neste ano, quando a pandemia do novo coronavírus alterou radicalmente o calendário de provas e causou a exclusão de todas as etapas disputadas nas Américas.

A partir de agora, a promoção do evento será realizada pela empresa Brasil Motorsport, companhia de entidades de investimento controladas pela Mubadala, fundo de investimentos com sede em Abu Dabi. O responsável pelo evento será o ex-velejador olímpico Alan Adler. "Estamos muito animados por poder trabalhar com a Fórmula 1. Interlagos é um dos circuitos mais respeitados do calendário. Os brasileiros são entusiastas do automobilismo e da velocidade, e o Brasil tem uma longa tradição de produzir grandes pilotos, o que por sua vez criou uma grande legião de fãs de F1 em nosso país", comentou.

O governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta quinta-feira que a cidade renovou contrato com Fórmula 1 para receber o GP do Brasil por mais cinco anos. Em entrevista coletiva, Doria disse que o acordo está assinado e garante, assim, a realização da etapa no Autódromo de Interlagos no ciclo entre 2021 e 2025. O atual contrato de São Paulo com a Fórmula 1 termina no fim deste ano.

"Tenho o orgulho de anunciar que a Fórmula 1 acaba de renovar a realização do GP do Brasil de Fórmula 1 até 2025. O autódromo de Interlagos foi confirmado como sede do GP do Brasil de Fórmula 1 pelos próximos cinco anos. O contrato será assinado pelo prefeito Bruno Covas e o Liberty Media (grupo dono da Fórmula 1)", disse o governador. Além de São Paulo, a Fórmula 1 admitia ter negociações para levar a prova ao Rio de Janeiro em um novo circuito a ser construído em Deodoro.

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O Estadão antecipou no início desta semana que o calendário provisório da Fórmula 1 para o ano que vem já traria a presença de São Paulo, mas com a ressalva de a etapa precisar de confirmação contratual. Na terça-feira, a categoria divulgou a lista de provas para 2021 com exatamente o mesmo cenário: Interlagos presente, porém com a necessidade de finalização do acordo.

Agora, nesta quinta, Doria revelou o término da negociação. "É uma grande vitória para a cidade de São Paulo, para o Estado de São Paulo e para o Brasil. Vitória do bom senso, do equilíbrio e a vitória determinada por um trabalho competente liderado pelo Bruno Covas", disse o governador. O projeto do novo autódromo do Rio tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro, que chegou a anunciar ano passado que o acordo com a Fórmula 1 estava quase fechado.

São Paulo tem sido a sede ininterrupta da prova desde 1990. O GP deste ano só foi cancelado por causa da pandemia do novo coronavírus, que acabou por causar uma radical mudança no cronograma da temporada. Com o acerto anunciado por Doria, a prova em São Paulo será disputada em 14 de novembro do ano que vem e será a antepenúltima do calendário.

Por enquanto não há informações sobre o valor a ser pago por São Paulo para realizar a corrida. A taxa de promoção que costuma a ser cobrada pelos donos da Fórmula 1 gira em torno de no mínimo R$ 150 milhões para etapas disputadas fora da Europa. O Rio chegou a acenar com um valor de até R$ 325 milhões entre taxas e receitas de ingressos VIP. Porém, o projeto de construção ainda não teve início porque depende de liberação de licenças ambientais.

Os promotores do GP do Brasil de Fórmula 1 negociam com a categoria para renovar o contrato de realização da corrida em São Paulo por mais cinco anos. A organização da prova confirmou ao Estadão nesta terça-feira que as conversas em andamento com a cúpula da categoria têm o intuito de estabelecer um acordo que terá ainda uma cláusula de renovação por mais outros cinco anos. Assim, será possível o autódromo de Interlagos manter a etapa até 2030.

Nas últimas semanas, os promotores do GP acompanhados de membros da Prefeitura de São Paulo intensificaram os contatos com o Liberty Media, grupo dono da Fórmula 1. O contrato em vigor para realização do GP do Brasil termina neste ano e embora o interesse da categoria fosse levar no ano que vem a prova para o Rio de Janeiro, a candidatura paulista ganhou força. O empreendimento carioca orçado em R$ 700 milhões pretende construir um autódromo em Deodoro, mas a obra ainda depende de liberação ambiental para começar.

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Como antecipado nesta segunda-feira em primeira mão pelo Estadão, a categoria divulgou nesta terça o calendário provisório de provas para 2021. A etapa brasileira está marcada para 14 de novembro, em Interlagos, porém está listada com a observação de que depende de questões contratuais para ser confirmada. Esse entrave é justamente o debatido no momento entre a Fórmula 1 e os promotores locais.

Ainda não foi revelada nenhuma informação sobre as condições financeiras apresentadas por São Paulo para manter a Fórmula 1. O projeto do Rio de Janeiro era o favorito justamente por ter se comprometido a pagar por ano cerca de R$ 325 milhões entre taxa de promoção e receita com ingressos VIPs. No ano passado, a cidade de São Paulo chegou a sinalizar uma proposta que chegou a somente um terço desse valor.

A Fórmula 1 pretende ter no próximo ano o número recorde de 23 GPs. A principal novidade é a entrada da Arábia Saudita no calendário. O Brasil recebe provas da categoria de forma ininterrupta desde 1973. O contrato atual previa a realização da etapa em Interlagos até neste ano, mas foi cancelado por causa da pandemia do novo coronavírus.

São Paulo deve ter até mesmo um outro promotor responsável pelo GP do Brasil. Há mais de 30 anos no cargo, Tamas Rohonyi deve sair e dar lugar a Alan Adler, do grupo IMM, que pertence ao fundo Mubadala, de Abu Dabi. Os dois não quiseram comentar o tema. A provável troca atende a um pedido da própria Fórmula 1 para se ter no comando do evento uma pessoa mais alinhada aos novos donos.

A tendência é Tamas continuar no projeto pela experiência em organizar provas. Responsável pelo GP do Brasil desde a década de 1980, o húngaro naturalizado brasileiro também atuou como promotor dos GPs de Hungria e Portugal nos anos 1980 e 1990. Adler também tem experiência em eventos, em especial como organizador do torneio de tênis Rio Open.

A Fórmula 1 vai divulgar o calendário da próxima temporada com a presença do GP do Brasil e a previsão de realização da prova no autódromo de Interlagos, em São Paulo, mas com uma ressalva. O Estadão apurou que a categoria vai divulgar a lista de provas da temporada 2021 nesta terça-feira com a informação de que a etapa brasileira dependerá da formalização de contrato com o promotor para ser realizada. Neste ano, o GP do Brasil não foi realizado por causa da pandemia.

O comunicado oficial da categoria vai trazer o GP do Brasil com um asterisco. A observação terá como complemento de que a prova necessita da finalização do acordo para poder ser realizada em 2021. Esse expediente é comum por parte da Fórmula 1 e já foi utilizado em outras ocasiões. Para 2017, por exemplo, a prova em Interlagos foi divulgada inicialmente com a ressalva de "sujeita à confirmação" e, meses depois, isso foi assegurado.

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Durante os últimos meses, São Paulo disputou com o Rio de Janeiro o título de cidade-sede do GP do Brasil a partir de 2021, ano que sucede a finalização do atual contrato para promoção da prova. O Estadão apurou que, em outubro, uma outra versão do calendário prévio da próxima temporada foi apresentado para dirigentes e chefes de equipes com informação diferente sobre a etapa brasileira. O calendário indicava o Rio de Janeiro como provável sede da corrida, porém trazia também a mesma ressalva com um asterisco: dependia da formalização do contrato com o promotor.

Em contato com a reportagem, a organização do GP do Brasil em São Paulo disse que está mais perto de receber a prova do que o Rio. "Aparentemente a FOM abandonou a ideia de tentar levar o evento para o Rio, mas mantém a conversa com São Paulo. Entretanto, até o momento nada foi concluído", disse, via assessoria de imprensa.

Como revelou o Estadão em junho, o consórcio Rio Motorsports havia encaminhado com a Fórmula 1 a finalização do acordo para receber o GP do Brasil em um autódromo a ser construído em Deodoro. O projeto de R$ 700 milhões ainda aguarda o processo de liberação ambiental para ter início e era o favorito do grupo dono da F-1, o Liberty Media, para sediar o GP do Brasil. Em setembro, o atual chefe da Fórmula 1, Chasey Carey, enviou carta ao governador em exercício do Rio, Cláudio Castro, em que confirmou o término das negociações para mudar o GP do Brasil de sede. Também ressaltava a necessidade de liberação das licenças ambientais para prosseguir com o projeto.

"Estou escrevendo para atualizá-lo de que nós agora finalizamos os acordos para uma corrida com o Rio Motorsports LLC, que vai sediar, organizar e promover eventos da Fórmula 1 no Rio de Janeiro. Esses acordos estão prontos para execução e anúncio por parte da Fórmula 1 assim que todas as licenças necessárias forem expedidas pelas autoridades relevantes", escreveu Carey.

Porém, depois de uma reviravolta nas negociações, São Paulo é quem desponta nesse momento como o mais provável destino do GP do Brasil. A tendência é a prova ter um outro promotor responsável pela organização. Responsável pelo evento há mais de 30 anos, Tamas Rohonyi deve ser substituído. O favorito a ocupar o posto é Alan Adler, do grupo IMM, que pertence ao fundo soberano Mubadala, de Abu Dabi.

Procurada pela reportagem, a Rio Motorsports explicou que não comenta negociações em curso com a F-1. O projeto carioca despontou como o favorito para a entidade por ter apresentado garantias financeiras melhores que São Paulo, como o pagamento anual de cerca de R$ 325 milhões entre taxa de promoção e receita com ingressos VIP. Até o momento, no entanto, o autódromo não saiu do papel. O terreno existe, mas não há nenhum indício de que obras no local estejam para começar. A F-1 não tem opção de autódromo no Brasil a não ser Interlagos.

Não se sabe ainda, no entanto, se a categoria pretende fazer contrato com a cidade de São Paulo por dez anos, como queria o prefeito Bruno Covas, ou se por apenas mais uma temporada a fim de compensar o cancelamento deste ano. A etapa seria realizada neste mês de novembro, mas acabou cancelada por causa da pandemia do novo coronavírus. Vale lembrar que as eleições municipais vão apontar os novos prefeitos das cidades a partir do ano que vem. E toda essa negociação terá de ser feita com o vencedor do pleito em São Paulo.

A Justiça do Rio de Janeiro adiou para a próxima quarta-feira a realização da audiência pública virtual sobre o novo autódromo do Rio, empreendimento que é candidato a receber o GP do Brasil de Fórmula 1 nos próximos anos. A audiência seria na última sexta-feira à noite, mas por problemas técnicos de conexão de internet e tecnologia, não foi possível realizar o evento. Agora, já está marcada uma nova tentativa para a próxima quarta-feira, às 19h.

A audiência pública servirá para apresentar o estudo de impacto ambiental da construção do empreendimento. Após essa etapa, o consórcio vencedor da licitação para construir o autódromo, o Rio Motorsports, poderá receber a licença prévia e assinar o contrato para iniciar a construção. Como informou o Estadão em junho, o Rio tem negociações avançadas com a Fórmula 1 para ser a nova sede do GP do Brasil e substituir Interlagos, em São Paulo. A capital paulista só tinha contrato para receber a prova até o fim deste ano e tenta a renovação. No entanto, a candidatura carioca é a favorita da categoria por apresentar garantias financeiras melhores.

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O encontro virtual foi marcado para sexta-feira depois de uma longa espera e de conflitos entre a Prefeitura, favorável ao projeto do autódromo, e juízes. A audiência estava anteriormente marcada para março, porém foi desmarcada por causa do novo coronavírus. Uma nova tentativa foi feita para maio, já no formato virtual, mas na ocasião a Justiça do Rio acolheu pedido do Ministério Público do Estado para suspender a realização, sob a justificativa de que seria um gasto desnecessário. Nas últimas semanas o caso passou ainda pelo Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a ser suspenso por decisão da Justiça e, por fim, foi autorizado após autorização de um desembargador.

O objetivo do consórcio é investir R$ 700 milhões para construir o autódromo em um terreno do Exército na Floresta do Camboatá, em Deodoro, zona oeste do Rio. O plano é construir o empreendimento entre 12 a 14 meses, a tempo de receber o GP do Brasil de Fórmula 1 já no próximo ano. A Rio Motorsports já tem contrato assinado para receber em 2022 etapas da MotoGP no novo autódromo.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), revelou nesta sexta-feira que determinou o cancelamento de uma licitação no valor de R$ 48 milhões para reformas no autódromo de Interlagos. Durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, Covas disse que tomou a decisão depois da Fórmula 1 ter anunciado nesta sexta-feira que o GP do Brasil não será realizado neste ano como prevenção ao novo coronavírus.

"Já determinei o cancelamento da licitação que estava em andamento no valor de R$ 48 milhões para a reforma da pista. Não tem mais como segurar isso. Já determinei o cancelamento porque não vamos gastar R$ 48 milhões com o risco de não ter Fórmula 1 em São Paulo", disse Covas na entrevista coletiva. O prefeito não mencionou mais detalhes sobre a licitação cancelada e lamentou o cancelamento.

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Apesar de ter mencionado o "risco de ter não ter Fórmula 1 em São Paulo", Covas afirmou que a cidade continua em contato com a categoria para conseguir realizar a prova no próximo ano. O contrato atual termina em 2020 e para se manter no calendário, a capital paulista precisa de uma renovação. "Nós continuamos a conversa para a prorrogação do contrato", afirmou.

Presente à mesma entrevista coletiva, o governador de São Paulo, João Doria, não comentou sobre o cancelamento do GP do Brasil de Fórmula 1. Há duas semanas, porém, ele havia garantido que o evento estava mantido e não corria riscos por causa da pandemia. "Com relação a este ano, o contrato tem de ser cumprido. É preciso deixar isso claro de parte à parte", comentou no dia 10 deste mês.

A informação sobre a exclusão do Brasil do calendário da Fórmula 1 foi antecipada pelo Estadão no dia 8 de julho. É a primeira vez desde 1973 que o País não receberá uma prova da categoria. Embora Covas afirme que a cidade continua em contato com a Fórmula 1, o Estadão revelou em 30 de junho que o Rio de Janeiro tem contrato encaminhado para receber a prova em 2021.

A direção da Fórmula 1 confirmou nesta sexta-feira que o GP do Brasil não será disputado neste ano. A decisão se deve ao temor dos casos de covid-19 no País, que registra um dos maiores números de infectados e de mortos no mundo. Será a primeira vez em quase 50 anos que não haverá prova no Brasil, que está presente de forma ininterrupta no calendário desde 1973.

De acordo com a cúpula da categoria, a decisão "se deveu à natureza fluida da pandemia de covid-19, às restrições locais e à importância de manter as comunidades e nossos colegas em segurança". A F-1 disse também que manteve longas discussões com todos os envolvidos de cada país. Também foram cancelados os GPs dos EUA, do Canadá e do México.

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Em comunicado, o CEO da F-1, Chase Carey, disse estar ansioso para ver estas corridas no calendário de 2021. "Queremos reconhecer o esforço dos nossos incríveis parceiros das Américas e estamos ansiosos para estar de volta nestes países na próxima temporada, quando eles poderão novamente gerar emoção para milhões de fãs pelo mundo", declarou o principal dirigente da categoria.

O Brasil, contudo, ainda não tem contrato para receber uma etapa da temporada no próximo ano. O contrato da cidade de São Paulo se encerra neste ano. E, para o futuro, a capital paulista tem a concorrência do Rio de Janeiro, que alega estar perto de um acordo com os dirigentes da competição.

Portanto, há a possibilidade de São Paulo e o Autódromo de Interlagos não voltarem a receber uma corrida da F-1 tão cedo. O Rio diz negociar contrato de 10 anos com a categoria.

Semanas atrás, o governador paulista, João Doria, havia garantido que a prova seria realizada. "Para este ano, está confirmada a Fórmula 1 (no Brasil) e o autódromo está preparado para receber a Fórmula 1, evidentemente dentro dos protocolos de saúde. Os organizadores sabem que em qualquer parte do mundo devem obedecer os protocolos de saúde da cidade", disse. Semana passada, o governador abriu eventos em Interlagos.

NOVIDADES NO CALENDÁRIO - Ao mesmo tempo em que anunciou o cancelamento de todas as provas nas Américas, a F-1 divulgou novidades no tumultuado calendário deste ano. Mais três corridas foram adicionadas à temporada: os GPs de Portugal (Portimão), da Alemanha (Nurburgring) e de Ímola. As provas estão marcadas para os dias 11 e 25 de outubro e 1º de novembro, respectivamente.

Será a primeira vez que o Circuito Internacional de Algarve receberá uma corrida da F-1 - Portugal não recebia uma disputa desde 1996. Em Ímola, a prova será realizada no Autódromo Enzo e Dino Ferrari.

Com estes anúncios, o calendário deste ano tem confirmadas 13 corridas. A direção da F-1 espera contar com 15 a 18 provas neste ano. Inicialmente, a temporada teria o recorde de 22 etapas, o que foi impedido pela pandemia do novo coronavírus.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta sexta-feira que o GP do Brasil de Fórmula 1 deste ano não corre o risco de ser cancelado. Em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, ele afirmou que a prova no Autódromo de Interlagos está mantida para novembro, mesmo com os problemas enfrentados pela principal categoria do automobilismo em marcar as etapas por causa da preocupação com o novo coronavírus.

"Para este ano está confirmada a Fórmula 1 (no Brasil) e o autódromo está preparado para receber a Fórmula 1, evidentemente dentro dos protocolos de saúde. Os organizadores sabem que, em qualquer parte do mundo, devem obedecer os protolocos de saúde da cidade", afirmou o governador. Doria explicou que, por São Paulo ter um contrato para receber a prova até 2020, o cancelamento não é uma decisão tão simples.

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O governador contou que quando foi prefeito da capital (2017 a 2018), examinou o texto do contrato e entende que não há risco de a prova não ser realizada em novembro. "Com relação a este ano, o contrato tem de ser cumprido. É preciso deixar isso claro de parte à parte", afirmou. Doria explicou que a cidade de São Paulo terá até novembro condições sanitárias de receber a Fórmula 1 e, por isso, a etapa não teria motivos para ser cancelada.

O Estadão revelou nesta semana que o GP do Brasil vai ficar fora da lista de etapas para 2020 por questões de logística, de custo de viagem e pela situação da pandemia. A categoria confirmou ainda nesta sexta-feira mais duas provas além das oito previamente marcadas: as corridas em Mugello, na Itália, e em Sochi, na Rússia, serão em setembro. As corridas previstas inicialmente para o México e Estados Unidos também devem ser canceladas.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), reforçou o comentário de Doria e afirmou que a cidade não terá problemas em receber a Fórmula 1. "Estamos em contato com a organização do evento, mostrando números da pandemia na cidade de São Paulo para dar total tranquilidade para manter a prova deste ano. Mostramos que os números da cidade não correspondem à realidade do Brasil como um todo. Esses números em geral são os que são divulgados no exterior e deixam a organização preocupada", afirmou.

GP DE 2021 - Doria também comentou na coletiva sobre o futuro da realização do GP do Brasil de 2021. São Paulo tem contrato para receber a categoria somente até o fim desta temporada e disputa com o Rio de Janeiro para ser sede da corrida no próximo ano. O Estadão revelou em junho que a candidatura carioca tem acordo encaminhado com o grupo dono da Fórmula 1, Liberty Media, e desponta como favorito a receber a prova.

O governador, por sua vez, afirma que continua em contato com a Fórmula 1 para negociar um novo acordo. "Seguimos dialogando e conversando com a Liberty Media com vista à renovação desse contrato. Não há uma decisão firmada pela Liberty, mas há uma manifestação formalizada pelo governo e pela prefeitura", disse. Na opinião de Doria, Interlagos é uma pista bem avaliada por pilotos e dirigentes e continua como favorita a permanecer no calendário.

"Nada contra o Rio, mas não faz sentido o gasto de R$ 1 bilhão pra se construir um autódromo em uma área que não tem aprovação ambiental e em uma época de pandemia e de escassez de dinheiro em todo o país", afirmou Doria em referência ao projeto do Rio de construir uma pista em Deodoro.

A Fórmula 1 pretende realizar mais oito provas neste ano, mas nenhuma delas será no Brasil. O Estadão apurou que em breve a categoria vai divulgar o calendário complementar da temporada de 2020 e devido à pandemia do novo coronavírus, nenhuma das etapas previstas será nas Américas. O campeonato mundial deste ano ficará com etapas concentradas na Europa, Ásia e Oriente Médio.

A categoria divulgou até agora um calendário de oito provas, todas na Europa. A primeira delas foi na Áustria, no último domingo. A Fórmula 1 planeja fechar o ano com um total de 15 a 18 corridas, mas deve bater o martelo mesmo para disputar 16. Os oito compromissos restantes devem até contemplar pistas novas. Além do Vietnã, que já estava originalmente no calendário para 2020, os circuitos de Mugello, na Itália, e do Algarve, em Portugal, estão entre os mais cotados.

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A pista de Mugello, aliás, será a primeira na lista de novas corridas incluídas no calendário. O circuito pertence à Ferrari, que já revelou estar com um acordo encaminhado com a categoria para a corrida, que seria realizada em setembro logo depois do GP da Itália, em Monza. "Nós estamos em contato com a Fórmula 1 para fazer essa corrida,", disse o chefe da Ferrari, Mattia Binotto, para a emissora Sky Italia. "Está 98% certo que iremos para lá, mas não celebramos até haver uma assinatura".

Ainda em setembro, a Fórmula 1 vai realizar uma nova prova na Europa. Caso a Rússia não apresente condições de sediar um GP, a corrida será no Algarve, no sul de Portugal. Novamente o circuito português será a alternativa para a categoria se o Vietnã não receber uma corrida, prevista para outubro. Nesse mesmo mês, aliás, a F-1 quer realizar duas etapas na China, talvez até mesmo com a presença de torcida.

Em novembro, mês em que geralmente é disputado o GP do Brasil, a temporada deve migrar para o Oriente Médio. O Bahrein deve receber duas provas seguidas. A tendência é a segunda dessas etapas até utilizará um traçado diferente do autódromo para trazer um desafio maior aos pilotos. Por fim, em dezembro, o encerramento da temporada continua para Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos.

Antes da eclosão da pandemia, a temporada de 2020 previa corridas em outubro e novembro nos Estados Unidos, México e Brasil. Porém, já na semana passada o chefe da categoria, o americano Chase Carey, já havia indicado o risco dessas três etapas não serem incluídas. "Quando você olha para Estados Unidos, México e Brasil, claramente agora eles parecem ter uma incidência maior de infecções (da covid-19) do que em outros lugares. Então, (estamos) tentando obter orientação desses lugares sobre o que é possível, o que podemos fazer", comentou.

A organização do GP do Brasil, por sua vez, afirma que continua se preparando para realizar a prova em novembro deste ano. "Já foi encaminhada à FOM (Formula One Management) solicitação para mudança da data original do dia 15 para o dia 8 de novembro para não coincidir com as eleições", disse em nota via assessoria de imprensa. Procurada pela reportagem, a Fórmula 1 não retornou o contato.

Presença constante como etapa oficial da categoria desde 1973, o Brasil deve ficar fora pela primeira vez. Fora a preocupação com a pandemia, também pesa contra a logística e os gastos elevados de se realizar uma prova isolada e distante da Europa. Valeria a pena somente vir para as Américas caso fosse possível disputar pelo menos duas etapas em países próximos.

A pandemia deixa o futuro do autódromo de Interlagos bastante incerto com a Fórmula 1. A cidade de São Paulo tem contrato para receber a categoria somente até este ano. Apesar de afirmar que mantém negociações com a categoria para renovar o acordo, o Estadão revelou que quem tem conversas encaminhadas para passar a receber a prova brasileira é o Rio de Janeiro. A cidade quer realizar a prova no autódromo previsto para ser construído em Deodoro, na zona norte da capital fluminense.

O consórcio Rio Motorsports encaminhou nos últimos dias o acordo com a Fórmula 1 para a realização do GP do Brasil por dez edições a partir de 2021. O Estadão apurou que as conversas estão concluídas. A tendência é que o anúncio oficial seja realizado nas próximas semanas e possa, assim, estar confirmado que a prova deixará Interlagos para ser disputada em um autódromo previsto para ser construído no bairro de Deodoro. As obras ainda não começaram. Os organizadores terão, portanto, de correr contra o tempo.

As negociações entre o consórcio e a cúpula da Fórmula 1 se intensificaram nos últimos meses. Reuniões por teleconferência e a troca de versões atualizadas do contrato marcaram as conversas entre os envolvidos. Na semana passada, as duas partes conseguiram chegar a um acordo sobre um complexo pacote de contrapartidas, que vai desde os valores da taxa de promoção até a venda de ingressos VIPs e a indicação de patrocinadores.

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Para atrair a Liberty Media, que detém os direitos da Fórmula 1, a candidatura do Rio oferece pacote de US$ 65 milhões (cerca de R$ 339 milhões na cotação atual) anuais para a categoria. Desse valor, US$ 35 milhões (183 milhões) são para a taxa de promoção, valor cobrado pela F-1 para organizar as provas, e mais US$ 30 milhões (R$ 156 milhões) de receita garantida para a Fórmula 1 pela venda de ingressos VIPs.

Para viabilizar os primeiros anos de pagamento da taxa de promoção, a candidatura carioca conta com a liberação feita ano passado pelo governo estadual de um valor de R$ 302,4 milhões. O valor foi aprovado em novembro pela Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude do Rio de Janeiro e virá de renúncia fiscal a partir de empresas interessadas em repassar até 3% do ICMS para recolhimento para o projeto intitulado "Fórmula 1 Rio de Janeiro de 2021-2030". O repasse ao consórcio será feito em parcelas anuais até 2022.

Foram justamente as garantias financeiras maiores que pesaram para o Rio despontar no momento como favorito para desbancar São Paulo, sede do GP do Brasil de forma ininterrupta desde 1990. A prova paulistana tem contrato para receber a etapa somente até este ano e sinalizou meses atrás com uma proposta de US$ 20 milhões (R$ 104 milhões) pela taxa de promoção para renovar o acordo. Junto com Mônaco, o GP do Brasil é o único do calendário atual da Fórmula 1 que não paga essa taxa aos donos da categoria. A corrida deste ano em São Paulo ainda não foi confirmada por causa da pandemia.

A decisão da Fórmula 1 sobre o destino da prova brasileira não deve demorar porque até julho a entidade pretende montar um rascunho de como será o calendário do próximo ano. Essa versão prévia é necessária porque no próximo mês a entidade vai realizar uma reunião com o Federação Internacional do Automobilismo (FIA) para escolher quais provas vão fazer parte do campeonato em 2021, um procedimento comum todos os anos.

O consórcio interessado em construir o autódromo pretende investir R$ 700 milhões para viabilizar a obra em um terreno na zona oeste do Rio, área que pertence ao Exército. O Rio Motorsports promete contar apenas com recursos privados para erguer o empreendimento. Além da negociação com a Fórmula 1, já assinou contrato com a MotoGP. A categoria de motociclismo tem acordado de realizar provas no Rio a partir de 2022.

Apesar da negociação com a Fórmula 1, a obra ainda não tem data para começar. Há apenas o terreno no local. O consórcio precisa da emissão de licenças e estudos de impactos ambientais para iniciar a construção. Uma audiência pública destinada para essa finalidade foi cancelada em março por causa da pandemia e remarcada meses depois para realização por videoconferência. No entanto, o compromisso acabou desmarcado por decisão da Justiça.

O tempo necessário para se construir o autódromo é de aproximadamente 14 meses. A Rio Motorsports foi procurada e disse que não se pronunciará sobre o assunto. Da mesma forma, a Liberty Media, que organiza o Mundial junto à Federação Internacional de Automobilismo (FIA), ainda não respondeu pedido de entrevista do Estadão. Os promotores do GP de São Paulo, também procurados, ainda sem sucesso, costumam dizer que a capital paulista ainda tem contrato em vigência.

Procurada pelo Estadão, a organização do GP do Brasil garantiu que continua com negociações abertas com a categoria. "A organização do GP Brasil está segura de que as negociações para a renovação do contrato da Fórmula 1 com a cidade de São Paulo estão bem encaminhadas e serão retomadas assim que se resolva a questão imediata - a definição do novo calendário de 2020, afetado por conta da covid-19. Por questões contratuais e solicitação de sigilo por parte da Liberty Media, não podemos fornecer mais detalhes", disse em nota.

O Governo de São Paulo afirmou que também mantém as negociações para renovar contrato. "O Grande Prêmio do Brasil é realizado em São Paulo desde 1990. É reconhecido pelo público, pelos pilotos e organizadores do campeonato como um dos melhores e mais tradicionais de toda a Fórmula 1. O Governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo seguem em negociação com os organizadores para manter a corrida na cidade", disse ao Estadão.

DINHEIRO - O GP do Brasil de Fórmula 1 movimenta perto de R$ 300 milhões no turismo da cidade de São Paulo, segundo estimativa da Secretaria Municipal de Turismo da Prefeitura. Na edição de 2018, por exemplo, o evento movimentou cerca de R$ 280 milhões. Anualmente, a prova em São Paulo vinha registrando um aumento nesse quesito de 5% a 8%. Ainda de acordo com a Secretaria Municipal de Turismo, a ocupação hoteleira na cidade chega a 97% no fim de semana da corrida, cujo evento começa na sexta-feira com os primeiros treinos livres.

Prestes a completar 80 anos na terça-feira, o Autódromo de Interlagos poderá ter uma boa notícia neste mês. A organização do GP do Brasil de Fórmula 1 acredita que assinará um novo contrato com a direção da categoria até o fim de maio e conseguirá, assim, manter a corrida na cidade de São Paulo por mais dez anos. O Rio de Janeiro também pretende sediar a prova em um autódromo a ser construído no bairro de Deodoro.

"As negociações para renovar o contrato de F-1 estão avançando bem e acreditamos concluir o processo também até o final de maio", disse o promotor do GP do Brasil, Tamas Rohonyi, ao Estado. Ele não revelou detalhes sobre as conversas com a cúpula da Fórmula 1, que já admitiu negociar também com o Rio.

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No fim do ano passado o Estado revelou que São Paulo pretende pagar como taxa anual de promoção à categoria cerca de US$ 20 milhões (aproximadamente R$ 115 milhões na cotação atual). Os recursos viriam de parceiros comerciais. A organização da F-1 cobra um valor variável para todos os países que sediam suas corridas, porém desde 2017 o Brasil não paga a taxa.

O GP do Brasil deste ano está marcado para 15 de novembro, mas está sob risco. A pandemia do novo coronavírus bagunçou o calendário deste ano de tal forma que o campeonato ainda nem começou e colocou em dúvida diversas etapas da temporada. Inicialmente, a previsão era de um recorde de 22 corridas em 2020. Agora a F-1 trabalha com um planejamento de 15 a 18. Dez etapas já foram adiadas ou canceladas, caso dos GPs da Austrália, França e Mônaco, completamente descartados.

Em contato com o Estado, a cúpula da categoria não confirmou se a prova brasileira estará no calendário deste ano. A F-1 explica que pretende abrir o campeonato com o GP da Áustria, em 5 de julho, e nos meses seguintes deseja realizar provas nos outros continentes, inclusive nas Américas. A competição vai terminar em dezembro com as etapas do Bahrein e de Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos.

Em um cenário mais pessimista, o octogenário autódromo paulistano pode não receber mais etapas da F-1, se o GP brasileiro não for realizado neste ano e caso São Paulo não consiga renovar o contrato com a Formula One Management (FOM), empresa que gere os direitos da categoria.

Nada disso abala a organização do GP do Brasil. "Os promotores do GP Brasil de F-1 acompanham o trabalho da FOM para estabelecer um calendário do campeonato deste ano dentro das limitações conhecidas. Fomos informados que o novo calendário será publicado até o final de maio, quando os ingressos para o GP Brasil serão colocados à venda. Pelas previsões das autoridades sanitárias não deve existir restrição para a realização da prova em novembro conforme previsto", disse Rohonyi.

ÍCONE DO AUTOMOBILISMO NACIONAL - Se o cenário for mais otimista, com a eventual renovação do contrato, o Autódromo de Interlagos reforçará ainda mais a sua relevância nacional e internacional, apesar da futura concorrência com o circuito planejado para ser erguido no bairro de Deodoro, no Rio.

Caso seja confirmado no calendário deste ano, Interlagos sediará uma prova oficial da F-1 pela 38ª vez, sendo a 31ª consecutiva. Neste período, o autódromo recebeu vitórias de alguns dos maiores pilotos nacionais da história, como Emerson Fittipaldi, Ayrton Senna, Felipe Massa e José Carlos Pace.

A importância de Interlagos para a cidade também é econômica. Segundo estimativas da própria prefeitura, no ano passado a prova gerou um impacto de R$ 361 milhões. Hotéis com lotação quase máxima, movimentação de restaurantes e a presença de turistas de vários países da América do Sul fazem o GP do Brasil ser um dos maiores eventos de São Paulo. O público presente na prova do ano passado foi de 158 mil pessoas.

O autódromo também é um dos espaços públicos da cidade mais buscados para quem quer organizar eventos. De acordo com dados do site da Prefeitura, em 2018 o local foi reservado para 412 compromissos. De corridas de variadas categorias até festivais musicais e gravações de comerciais, a agenda lotada rendeu ao município R$ 9,8 milhões entre taxas de aluguel e ressarcimentos.

Somente a entrada desses recursos garante o superávit das contas relativas ao autódromo. Também em 2018, a prefeitura gastou R$ 7,7 milhões com manutenção, contas de água e luz e pagamento de seguranças. Para realizar a Fórmula 1, a capital paulista investe pesado todos os anos, porém tem um bom retorno. Em 2019, a Secretaria de Turismo destinou R$ 38,9 milhões para a realização do GP.

A Prefeitura de São Paulo suspendeu na terça-feira o processo de licitação do autódromo de Interlagos para a iniciativa privada. A informação foi publicada Diário Oficial do Município. O prefeito Bruno Covas (PSDB) revelou que a decisão de interromper a concorrência pública se deu após o Tribunal de Contas do Município (TCM) concluir que o processo "não possui condições de prosseguimento".

Antes disso, em fevereiro deste ano o TCM havia citado a necessidade de alterações no projeto de concessão do autódromo para a iniciativa privada. O órgão indicou o acréscimo de requisitos como a limitação do número máximo de empresas para participar em consórcio na licitação, melhoria nos critérios de penalidade contratual, dispositivo de transparência no processo de desestatização e maior participação da prefeitura em pesquisas de satisfação dos usuários sobre o Complexo Interlagos.

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Depois disso, o edital chegou a ser atualizado e republicado, porém agora a prefeitura decidiu suspender o processo. Desde 2017 a cidade pensa em uma maneira de ceder o espaço à iniciativa privada e tem debatido variadas formas de se concretizar esse objetivo. Após a primeira alternativa ser a privatização, no ano passado a prefeitura optou por mudar o formato da proposta e lançar uma concessão à iniciativa privada.

Ao longo dos 35 anos de concessão, a Prefeitura de São Paulo previa arrecadar quase R$ 1 bilhão com Interlagos com recursos vindos do pagamento da outorga, investimentos, pagamento de impostos e desoneração do orçamento municipal. Entre as exigências aos interessados estão a necessidade do espaço ser multiuso, com a possibilidade de receber a construção de shopping, hotel, galpão comercial e, claro, eventos automobilísticos.

A concessão privada de Interlagos é considerada como um dos trunfos da Prefeitura de São Paulo para conseguir renovar o contrato com a Fórmula 1 para a realização do GP do Brasil - há agora a concorrência do Rio de Janeiro. O acordo atual vale somente até o final deste ano. A prova está prevista para ser disputada em novembro.

Em mais uma investida do Rio de Janeiro para ter a Fórmula 1 (F1), a cúpula da principal categoria do automobilismo mundial recebeu nas últimas semanas uma série de documentos oficiais do estado para tentar sediar o Grande Prêmio do Brasil a partir do ano de 2021.

De acordo com o jornal "O Estado de São Paulo", o RJ enviou o cronograma de depósitos bancários das taxas e uma apresentação de garantias financeiras. Além disso, a proposta carioca garantiu para a F1 um repasse de até US$ 60 milhões por ano, que seria cerca do triplo que São Paulo vem oferecendo para conseguir renovar o contrato com a categoria, que encerra no final de 2020.

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A quantia prometida pelo Rio inclui rendas com vendas de produtos oficiais, promoção do GP e ingressos VIP.

São Paulo recebe anualmente o GP do Brasil desde 1990 e recentemente terminou uma reforma no autódromo de Interlagos. O governador João Doria afirmou em novembro que está quase tudo certo para que o circuito paulista renove seu contrato para continuar recebendo a prova pelos próximos 10 anos.

O Rio de Janeiro, por sua vez, que voltar a ter a categoria, tanto que a cidade vem trabalhando na construção de um novo circuito no bairro de Deodoro.

O jornal ainda informou que a proposta encaminhada pelo RJ prevê o pagamento da primeira parcela até março. Já até o mês de junho, a cidade deverá apresentar uma carta de crédito com a garantia bancária do restante da quantia. A F1, por sua vez, poderá enviar sua resposta em janeiro.

Em nota enviada ao "Estado", a Secretaria de Esporte do RJ revelou que a previsão de impacto da F1 na economia da cidade poderá chegar a US$ 160 milhões.

Da Ansa

Um ano depois, Max Verstappen enfim subiu no lugar mais alto do pódio em São Paulo. Se no ano passado o holandês perdeu a vitória após sofrer um toque de Esteban Ocon, neste domingo o piloto da Red Bull brilhou no autódromo de Interlagos e venceu o GP do Brasil de Fórmula 1. O também jovem Pierre Gasly, da Toro Rosso, e o inglês Lewis Hamilton, hexacampeão antecipado, completaram o pódio após disputa eletrizante até os metros finais do traçado.

Para faturar a sua oitava vitória na F-1 e a primeira no Brasil, Verstappen fez grande exibição do início ao fim, após largar na pole position. E contou com seguidos erros de estratégia da Mercedes, que estava sem seu chefe, Toto Wolff, em Interlagos.

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Como de costume, o GP do Brasil foi uma "corrida maluca", com duas entradas de safety car e batidas inesperadas. A maior delas foi entre os carros da Ferrari nas voltas finais. O alemão Sebastian Vettel e o monegasco Charles Leclerc se chocaram e saíram da prova juntos, quando brigaram pela última posição do pódio.

Na volta final, Hamilton se envolveu em batida com o tailandês Alexander Albon, o que abriu espaço para Gasly faturar o seu primeiro pódio na Fórmula 1, após ser rebaixado neste ano, saindo da Red Bull para defender a Toro Rosso. Em quarto lugar, chegou o espanhol Carlos Sainz Jr., da McLaren, que havia largado da última posição.

A CORRIDA - Com uma largada tranquila e sem imprevistos, o GP do Brasil começou com o brilho de Hamilton. O inglês fez grande ultrapassagem sobre Vettel ao passar por fora na entrada do "S do Senna". O pole position Verstappen sustentou ponta sem sustos.

No pelotão intermediário, Leclerc passou a ganhar posições rapidamente. Depois de largar em 14.º, o monegasco já ocupava o nono posto na quarta volta. No 10.º giro era o sexto, acumulando oito ultrapassagens seguidas. Ele tinha estratégia diferente da de Vettel por apostar em uma primeira perna mais longa, antes da primeira parada nos boxes.

No mesmo grupo, Daniel Ricciardo acertou Kevin Magnussen ao fazer ultrapassagem na oitava volta. O dinamarquês perdeu diversas posições, enquanto que o australiano precisou trocar o bico do carro, caindo para o último lugar. Para piorar, Ricciardo foi punido com cinco segundos de parada em seu pit stop.

A primeira rodada de paradas nos boxes teve início na 21.ª volta. Hamilton foi o primeiro e manteve os pneus macios, com a mesma estratégia de duas paradas de Verstappen, que fez o mesmo. O holandês, contudo, sofreu mais em seu pit stop. Quando saía dos boxes, quase foi atingido por Robert Kubica, da Williams - o polonês acabou sendo punido com cinco segundos nos boxes.

Entre estas paradas, Verstappen passou Hamilton, que o havia superado nas trocas de pneus. Em seguida, Vettel, Bottas e Leclerc também foram para os boxes. O monegasco colocou pneus duros no 30.º giro, com tática de fazer apenas uma parada em toda a corrida.

Ao fim desta série de pit stops, o holandês seguia na ponta, à frente de Hamilton, Vettel, Bottas, Albon e Leclerc. Os dois primeiros planejavam mais uma parada, enquanto que os demais tinham estratégia de continuar na pista até a bandeirada final. Verstappen, portanto, tentava abrir boa vantagem sobre os rivais para conseguir se manter na liderança mesmo após a segunda parada.

Porém, não teve sucesso. Ele e Hamilton foram para os boxes novamente na 45.ª e na 44.ª, respectivamente. Ambos retornaram com pneus médios para a pista. Verstappen voltou logo à frente do rival inglês. Mas os dois ficaram atrás de Vettel, também com médios, compostos de maior durabilidade que os macios.

Quase ao mesmo tempo, Bottas precisou fazer seu segundo pit stop, mudando de estratégia, após erro da Mercedes. Voltou somente em sexto e iniciou boa disputa com Leclerc. Assim como Bottas, Vettel também precisou mudar sua tática, para duas paradas. Isso aconteceu no 50.º giro. O alemão voltou em quarto lugar. Mas logo assumiu o terceiro posto, em razão de parada de Albon.

Se a corrida parecia com resultado encaminhado, tudo ficou indefinido quando Bottas teve problemas em seu motor e abandonou na 52.ª volta. Acabou causando a entrada do safey car na pista, o que beneficiou diretamente Vettel, com pneus mais novos e agora sem a desvantagem de 20 segundos para os líderes.

Verstappen, por sua vez, entrou rapidamente nos boxes para poder contar também com pneus menos desgastados. Hamilton recebeu quase ao mesmo tempo a orientação por rádio para fazer o mesmo. Porém, não entrou. O inglês liderava, com pneus médios, seguido de Verstappen e Vettel, ambos com macios (mais velozes). Leclerc, também com compostos novos, estava em quinto.

A relargada, em razão da saída do safety car, aconteceu na 59.ª volta. Sem perder tempo, Verstappen tratou de passar Hamilton logo na primeira curva, no "S do Senna". Já Vettel foi superado por Albon.

Mas uma nova reviravolta bagunçou novamente as primeiras posições. Na 66.ª volta, Leclerc passou Vettel, que tentou dar o troco. As duas Ferraris se tocaram, tiveram pneus estourados e ambos acabaram abandonando a prova. Em fúria, os dois pilotos trocaram xingamentos via rádio.

O choque forçou a entrada novamente no safety car. Hamilton correu para os boxes para nova troca de pneus e retornou em quarto. Na relargada, Verstappen manteve a ponta e Hamilton tocou em Albon, que acabou cruzando a linha de chegada em penúltimo. O inglês perdeu o segundo lugar para Pierre Gasly e fez disputa apertada com o francês até os metros finais do traçado, terminando em terceiro.

A temporada de 2019 da Fórmula 1 será encerrada na próxima etapa, em Abu Dabi, no dia 1.º de dezembro, nos Emirados Árabes Unidos.

Confira a classificação do GP do Brasil de Fórmula 1:

1.º - Max Verstappen (HOL/Red Bull) - 1h33min014s678, após 71 voltas

2.º - Pierre Gasly (FRA/Toro Rosso) - a 6s077

3.º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - a 6s139

4.º - Carlos Sainz Jr. (ESP/McLaren) - a 8s896

5.º - Kimi Raikkonen (FIN/Alfa Romeo) - a 9s452

6.º - Antonio Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo) - a 10s201

7.º - Daniel Ricciardo (AUS/Renault) - a 10s541

8.º - Lando Norris (ING/McLaren) - a 11s204

9.º - Sergio Perez (MEX/Racing Point) - a 11s529

10.º - Daniil Kvyat (RUS/Toro Rosso) - a 11s931

11.º - Kevin Magnussen (DIN/Haas) - a 12s732

12.º - George Russell (GBR/Williams) - a 13s059

13.º - Romain Grosjean (FRA/Haas) - a 13s599

14.º - Alexander Albon (TAI/Red Bull) - a 14s247

15.º - Nico Hulkenberg (ALE/Renault) - a 14s927

16.º - Robert Kubica (POL/Williams) - a 1 volta

Não completaram a prova:

Sebastian Vettel (ALE/Ferrari)

Charles Leclerc (MON/Ferrari)

Lance Stroll (CAN/Racing Point)

Valtteri Bottas (FIN/Mercedes)

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