Tópicos | Gregório Bezerra

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) vai realizar, na próxima quinta-feira (27), uma sessão pública para devolução simbólica do mandato parlamentar de deputado federal a Gregório Bezerra, cassado em 1948 quando o Partido Comunista foi colocado na ilegalidade. A sessão atende pedido do deputado Waldemar Borges (PSB) e da deputada federal Luciana Santos (PCdoB).

A Câmara dos Deputados aprovou, em março de 2013, uma resolução que anulou a decisão da Mesa Diretora da Casa adotada em 10 de janeiro de 1948, que extinguiu os mandatos dos deputados federais sob a legenda do Partido Comunista do Brasil. 

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A Mesa da Câmara atual considerou que a decisão da década de 40 contrariou a Constituição Federal democrática de 1946, promulgada após o governo de Getúlio Vargas (1930 a 1945).

“Queremos fazer esse ato simbólico de devolução do mandato desse verdadeiro herói do povo brasileiro que foi Gregório Bezerra aqui em Pernambuco, sua terra, lugar que ele amou e defendeu por toda a sua vida. Essa reparação histórica é necessária para que possamos corrigir e reparar uma injustiça aos constituintes da década de 1940”, comenta Luciana. "Além disso, queremos reafirmar a confiança que os pernambucanos lhe depositaram ao elegê-lo”, completou Waldemar Borges.

A nova edição do livro Memórias, de Gregório Bezerra, pela editora Boitempo Editorial, será lançado em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, na próxima quinta-feira (12), às 19h, na Academia Caruaruense de Ciências e Letras. O livro é uma autobiografia, com textos e fotos inéditos, e já foi lançado no Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.

Gregório Bezerra é militante comunista, camponês e pernambucano, nascido em Panelas, no Agreste. O lançamento terá um debate aberto com a presença do jornalista e dirigente do Partido Comunista Brasileiro, Roberto Arrais - que assina a orelha do livro - e do maestro Mozart Vieira. A entrada é gratuita.

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Em Memórias, o líder comunista repassa sua trajetória de vida e resgata um período rico da história política brasileira. Analfabeto até os 25 anos de idade e militante desde as primeiras movimentações de trabalhadores influenciados pela Revolução Russa de 1917, Bezerra teve papel de destaque em importantes momentos políticos da esquerda brasileira. Gregório começou a escrever o livro quando esteve exilado.

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