Tópicos | Guedes Peixoto

A Orquestra Sinfônica do Recife se despede de 2019 com homenagem ao maestro Guedes Peixoto - que foi um dos seus regentes. Nesta quarta (11), o conjunto comandado por Marlos Nobre toca no Teatro Santa Isabel, às 20h. Complementam o repertório do último concerto do ano, além do tributo a Guedes, peças de Robert Schumann e do próprio Nobre. A entrada é gratuita, com retirada de ingressos uma hora antes, na bilheteria da casa.

Nascido em Goiana, Pernambuco, Mário Peixoto Guedes foi regente da OSR entre 1975 e 1984. Compôs muitos frevos canção e de rua, além de peças eruditas com influências de ritmos nordestinos, a exemplo do maracatu. Na apresentação desta semana, a Orquestra Sinfônica interpretará a composição "Ciranda".

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A "Convergências Opus 28 para Orquestra" foi escrita em 1977, por Marlos Nobre, por encomenda do 1º Festival Latinoamericano de Música Contemporânea de Maracaibo, Venezuela. A obra já foi interpretada e gravada por importantes orquestras dos Estados Unidos e da Europa.

A parte internacional do repertório será representada pela "Sinfonia nº 4 em re menor, Opus 120", do alemão Robert Schumann. "O ponto mais decisivo desta versão que apresentaremos, na quarta, em nosso concerto, é a perfeita unidade estrutural da versão final desta peça, com o entrelaçamento sutil e perfeito entre as distintas atmosferas dos quatro movimentos que compõem esta grande obra", exalta Marlos Nobre.

Serviço

Concerto Oficial da Orquestra Sinfônica do Recife

Data: Quarta-feira, 11 de dezembro

Horário: 20h

Local: Teatro de Santa Isabel

Entrada franca

Informações: (81) 3355-3322

*Via assessoria de imprensa

Um encontro de gigantes. Mestres responsáveis por moldar uma música que, de tão rica e sui generis, é considerada Patrimônio Imaterial da Humanidade. A pulsação do frevo conduz o documentário Sete Corações, dirigido por Dea Ferraz e que tem pré-estreia neste domingo (26), às 11h, na programação do Janela Internacional de Cinema.

Sete maestros de frevo, que encarnam a tradição viva do mais recifense dos ritmos, se encontram e ganham uma missão: compor - em uma parceria inédita - um novo frevo. Duda, Edson Rodrigues, Nunes, Ademir Araújo, Clóvis Pereira, Zé Menezes e Guedes Peixoto. Cada um dele é apresentado pelo idealizador do documentário, o maestro Spok.

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Verdadeiro regente de Sete Corações, Spok não só teve a ideia do documentário como conduz a ação e é a ligação entre os maestros e destes com o público que assiste ao longa. A intenção é o registro da obra destes gênios vivos da música popular.  “Nosso país é muito pobre de memória”, resume Spok no documentário.

Sete Corações opta por focar no lado humano dos maestros.  A câmera é íntima, visita os músicos nas suas casas, testemunha momentos de contemplação, de trabalho, de família. “Não Houve muito direcionamento”, contou a diretora Dea Ferraz ao LeiaJá. “Entendi que o melhor caminho era deixá-los decidir o caminho”, completa.

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Assim, o espectador conhece não só o papel que cada maestro tem no frevo pernambucano, mas também sua relação com esta música e com o trabalho dos colegas. Um retrato sensível da cultura viva do Carnaval, que também é um personagem importante do documentário. A aproximação da maior festa do mundo é registrada, além dos dias de Carnaval e a maneira com que cada mestre se relaciona com o momento máximo desta musicalidade no momento do registro documental.

Som e silêncio

O som tem papel de destaque no filme. Não apenas as melodias e músicas, mas o som da cidade, do comércio, das ruas que gestaram o frevo e o passo. Há muito som direto, e o que foi gravado em estúdio tem excelente qualidade, em parte por conta do zelo de Spok, da qualidade dos técnicos e músicos, e da estrutura do Portomídia, onde o som foi finalizado.

O silêncio também marca presença. A quietude no momento de compor, a contemplação da própria vida dedicada ao frevo, o silêncio que a idade começa a impor a cada um dos mestres vivos do frevo são também personagens em Sete Corações

Sete Corações é um registro que deve ficar para a história, se tornando referência para quem quiser conhecer a intimidade dos criadores e mantenedores de uma das mais espetaculares tradições musicais do Brasil. “É histórica esta filmagem”, avalia o maestro Ademir Araújo. “Daí pra frente acho que o frevo vai ser mais respeitado”, completa.

Para o maestro Edson Rodrigues, o documentário “Faz uma coisa que mestres como Nelson Ferreira, Zumba, Levino Ferreira, não tiveram direito”. Já Guedes Peixoto sente que “Atendeu a necessidade de se fazer um documento que fizesse justiça” aos grandes mestres vivos do frevo.

Zé Menezes, o mais irreverente dos maestros citados em Sete Corações, morreu antes que o documentário pudesse ser lançado. Mas pôde assistir o corte final do filme, segundo a produtora Carol Vergolino, quando estava hospitalizado, sem de deixar de demonstrar sua emoção. 

Quem não for pernambucano e nunca viveu o que é o Carnaval de rua embalado pela temperatura e pressão do frevo pode ter um gostinho do que é a festa mais definitiva da personalidade recifense. E ainda conhecer, através de um registro sensível e humano, alguns dos seus mais importantes mestres, incluindo o jovem Spok, que se encaminha para ser ele mesmo mestre das próximas gerações de maestros e músicos dedicados ao frevo.

O documentário deixa também para a história uma parceria inédita entre alguns dos mais importantes mestres que já se dedicaram ao frevo, apontando para o futuro. A estreia oficial de Sete Corações está marcada para 21 de novembro, no Cinema São Luiz, no centro do Recife.

Serviço

Sete Corações

Pré-estreia domingo (26), às 11h

Estreia 21 de novembro no Cinema São Luiz

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