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Na próxima terça (12), o Cinema São Luiz recebe a pré-estreia do documentário Osvaldão. O filme conta a trajetória de uma das principais lideranças guerrilheiras do Araguaia, o mineiro Osvaldo Orlando Costa, que se transformou num ícone da resistência pela democracia contra a ditadura militar. A sessão é gratuita.

A história de Osvaldão é recontada a partir de depoimentos e um rico material de arquivo. As gravações foram feitas em sua cidade natal - Passa Quatro, em Minas Gerais; no Araguaia e no Rio de Janeiro. A produção conta, também, com narrações do ator Antonio Pitanga, do rapper Criolo e da cantora Leci Brandão. 

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Osvaldo Orlando Costa, o Osvaldão, era descendente de ex-escravos e chegou a ser campeão carioca de boxe em 1950. Com a deflagração do golpe de 64 ele passou a integrar as trincheiras da luta armada dedicando-se à resistência no Araguaia. Foi assassinado em fevereiro de 1974 e seu corpo chegou a ser pendurado em um helicóptero que sobrevoou a região para mostrar à população a força do regime autoritário.

Serviço

Pré-estreia do filme Osvaldão

Terça (12) | 19h30

Cinema São Luiz (rua da Aurora, 145 - Boa Vista)

Gratuito

O governo apresenta nesta quarta-feira, 11, laudo pericial que confirma a execução do guerrilheiro mineiro Arnaldo Cardoso Rocha, de 23 anos, nos porões do DOI-CODI, em 1973, em São Paulo. A perícia mantém a versão aceita em 1996 pela Comissão de Mortos e Desaparecidos de que Arnaldo, militante da Ação Libertadora Nacional (ALN), foi capturado e morto sob tortura. Outros dois integrantes da ALN, Francisco Emmanuel Penteado, 21, e Francisco Seiko Okama, 26, também foram mortos na ocasião.

Em agosto deste ano, uma equipe de peritos da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, acompanhada de agentes da Polícia Federal e de representantes da Comissão Nacional da Verdade, exumou o corpo de Arnaldo num cemitério de Belo Horizonte. O laudo que será divulgado oficialmente na manhã desta quarta no Fórum Mundial de Direitos Humanos, em Brasília, destaca que o guerrilheiro foi executado com um tiro na cabeça.

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A versão da ditadura, derrubada por depoimentos colhidos nos anos 1980 e 1990 e laudos de necrópsia, destaca que os guerrilheiros da ALN tinham enfrentado os agentes nas proximidades do cemitério da Penha, na capital paulista, e mortos em combate. Testemunhas disseram, no entanto, que viram os jovens feridos e ainda vivos sendo levados em carros da polícia.

A ativista de direitos humanos Iara Xavier Pereira, que foi companheira de Arnaldo, avalia que o laudo pericial é mais um passo na história da família. "É uma história que precisa ser concluída", afirma. Ela teve ainda dois irmãos mortos por agentes da ditadura. Iuri e Alex Xavier de Paula também integravam a ALN.

O ex-comandante guerrilheiro e líder anticastrista Eloy Gutiérrez Menoyo, o único opositor cubano que dialogou com Fidel Castro, morreu nesta sexta-feira, em Havana, aos 77 anos por causa de um aneurisma, informaram dissidentes e um blogueiro.

"Menoyo estava muito doente há algum tempo e morreu na madrugada desta sexta, segundo sua família", declarou o opositor Elizardo Sánchez, que dirige a ilegal, mas tolerada Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional.

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O blogueiro Yohandry, que difunde oficiosamente informações do governo cubano, afirmou no Twitter que Gutiérrez Menoyo, nascido na Espanha, em 1934, faleceu no Hospital Clínico Cirúrgico Irmãos Ameijeiras, em Havana.

Gutiérrez Menoyo, que estava quase surdo e cego, vivia desde que voltou a Cuba em 2003 sob tolerância das autoridades.

Ele teve grau de comandante das forças guerrilheiras de Fidel Castro na luta contra a ditadura de Fulgêncio Batista (1952-58), mas abandonou Cuba em 1961 por discrepâncias em relação ao rumo marxista-leninista adotado pela revolução e se exilou em Miami, onde se incorporou a grupos anticastristas.

Em 1964, desembarcou à frente de um grupo armado na ilha, mas foi preso e condenado a 30 anos de prisão, dos quais cumpriu 22. Libertado em 1986 por mediação do então presidente do governo socialista espanhol, Felipe González, foi novamente para o exílio e se reuniu algumas vezes com Fidel Castro.

Em 2003, durante férias na ilha, Menoyo surpreendeu tanto o governo como a oposição interna e o exílio ao anunciar que não voltaria a Miami, o que lhe valeu críticas de anticastristas.

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