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Centenas de guerrilheiros comunistas armados marcharam através de pântanos e pela selva colombiana para uma reunião onde eles baixaram suas armas, vestiram camisas brancas a apresentaram uma nova face de paz aos seus compatriotas.

A conferência de uma semana das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) nas planícies ao sul do país tem sido em parte um seminário pedagógico, parte Woodstock e parte um esforço de marketing para melhorar a imagem pública de um grupo bastante criticado por sua campanha de anos de assassinatos, sequestros e atentados.

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A reunião deve se encerrar nesta sexta-feira, com uma nota histórica: o maior líder dos rebeldes deve ratificar uma acordo de paz com o governo da Colômbia que tenta encerrar um uma insurgência de 52 anos e permitir que o grupo procure um movimento político.

O real significado da conferência é que as guerrilhas notoriamente sigilosas abriram as portas para convidar centenas de jornalistas e convidados especiais. O propósito é mostrar um grupo mais gentil, que agora busca o poder apenas por meios políticos pacíficos.

Ao serem questionados por jornalistas sobre o que fariam em paz, muitos rebeldes simplesmente disseram que fariam o que a liderança das Farc pedisse, com a maioria vendo um papel como ativistas políticos pressionando por um Estado marxista-leninista.

Em seu discurso aos rebeldes no meio da floresta, o supremo comandante das Farc, Rodrigo Londoño - que é mais conhecido como Timochenko - disse que a Colômbia abriria agora um novo e pacífico capitulo. "Nessa guerra não há vencedores ou perdedores. O que as Farc ganharam foram garantias de que pode continuar sua luta através das eleições", completou. Fonte: Dow Jones Newswires.

Campo Grande, 27/12/2014 - Com uma missa de agradecimento, a família de Arlan Fick, 17 anos, comemorou o retorno do jovem à sua família, depois de 267 dias em poder do grupo guerrilheiro Exército do Povo Paraguaio (EPP). Nas redes sociais, são várias as palavras de felicitação aos pais e familiares próximos do adolescente, que foi sequestrado em abril deste ano.

Uma das irmãs do jovem, Neusa Fick, afirma que rever o irmão foi uma "emoção inexplicável". Arlan chegou em casa na noite de Natal, o que para a família representou "o mais bonito presente". A família mora na colônia Rio Verde, na região de Concepción, no Paraguai. Na localidade moram várias famílias de brasileiros que sobrevivem da agricultura.

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"Por fim, depois de um longo tempo, pude dar o abraço mais desejado ao meu irmãozinho. Foi uma emoção inexplicável poder tê-lo tão perto depois de tanto tempo", sustentou Neusa em mensagem na internet. Ela também agradeceu o apoio de todos que se fizeram presentes durante o tempo de espera, pelas orações e pelas manifestações e carinho. "Graças a Deus pelo presente".

Em mensagem de uma outra irmã de Arlan, Rosinei Fick, havia o convite para uma missa na casa da família, em Rio Verde. Após a missa, a família seguiu em caravana pelas ruas de Concepción.

Peritos escalados pela Comissão Nacional da Verdade (CNV) concluíram nesta sexta-feira, 28, a primeira parte das escavações para elucidar dois assassinatos emblemáticos ocorridos durante a Ditadura Militar, de Márcio Beck Machado e Maria Augusta Thomaz. Ainda não foram encontrados vestígios novos, mas a próxima etapa dos peritos e um levantamento aéreo para indicar o local das covas. O Estado apurou que a meta da CNV agora é também deslanchar investigações sobre oito desaparecidos políticos que tiveram foco em Goiânia, "envolvendo ações da segurança pública estadual e da Polícia Federal durante a ditadura", informou Daniel Lerner, gerente de projeto da CNV.

Os peritos usaram um radar de solo e fizeram o escaneamento de uma área de cerca de quatro metros quadrados onde escavaram até dois metros de profundidade. Segundo Lerner, a busca por novos vestígios continuará em uma extensão de 100 metros quadrados prevista em um croqui da área confeccionado em 1980 e a partir dos vários testemunhos sobre o caso. "Documentos inéditos também estão contribuindo", afirmou Lerner, sem detalhar quais são. Iniciadas na quarta-feira, 26, as buscas em Rio Verde têm o objetivo de localizar restos mortais ou objetos pessoais de Márcio e Maria Augusta, estudantes guerrilheiros que militavam no Movimento de Libertação Popular (Molipo) e que foram metralhados em 1973, em Rio Verde. Eles viviam clandestinamente, disfarçados com os nomes de Neusa e Raimundo, em uma fazenda chamada Rio Doce, palco das buscas. Os corpos nunca foram encontrados.

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Além dos testemunhos e documentos, já houve coleta de botões, fragmentos de ossos e dentes em uma cova clandestina, atribuídos às vítimas, além de cápsulas de balas. Esses vestígios foram encontrados depois que foi descoberta a realização de uma "operação limpeza", feita por agentes federais em 1980. Eles teriam removido os corpos logo depois que equipes de um jornal e familiares das vítimas estiveram na fazenda fazendo buscas por conta própria. Mas a pressa em ocultar novamente os restos mortais deixou para trás os vestígios. O livro "As Quatro Mortes de Maria Augusta Thomas", do jornalista Renato Dias, nas páginas 182 e 183 republica fotos do acervo do jornal Diário da Manhã, que mostram restos mortais (dentes) e botões de roupas provavelmente do casal, recolhidos na fazenda.

Os corpos de Márcio e Maria Augusta foram vistos por moradores da fazenda no dia 17 de maio de 1973, após rajadas de metralhadoras terem atingido o barraco onde viviam, por volta das 3 horas da madrugada, conforme os relatos que existem nos autos do inquérito do Ministério Público Federal (MPF), que também participa das buscas, junto com a Polícia Federal.

Quem eram.

Maria Augusta Thomaz e Márcio Beck pertenciam ao chamado Grupo dos 28, formado por jovens integrantes da Aliança Libertadora Nacional (ALN) e do Movimento de Libertação Popular (Molipo), envolvido em ações armadas audaciosas. A mais notória foi o sequestro de um Boeing 707 da Varig em Buenos Aires que foi desviado para o Chile e depois voou para Cuba em 1969. Eram ligados ao guerrilheiro Carlos Marighela, assassinado em 1963. Os dois estudaram táticas de guerrilha em Cuba e retornaram em 1971 para o Brasil, vivendo clandestinamente.

Crime permanente.

Para o MPF, desde o sumiço dos restos mortais das vítimas o crime se tornou permanente, razão pela qual os procuradores da República que atuam no caso afastam a hipótese de prescrição e insistem na inaplicabilidade da Lei da Anistia. Eles sustentam que, se os corpos nunca foram encontrados, o crime de ocultação permanece, então, o prazo para a prescrição nem começou a contar, o que valeria também para suspeitos de participação nas mortes e ocultação de cadáver, mesmo se tiverem mais de 70 anos de idade.

Treze guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) morreram em uma ação do exército no noroeste do país, informou nesta segunda-feira (20) o Comando Geral das Forças Militares da Colômbia.

A ação ocorreu na madrugada de domingo na zona rural do município de Puerto Rondón, no departamento de Arauca, cerca de 380 quilômetros ao noroeste de Bogotá, informaram os militares em um comunicado à imprensa.

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O comunicado oficial diz que primeiro houve um bombardeio e que, posteriormente, iniciou a intervenção das tropas em terra. Um guerrilheiro foi capturado. Inicialmente as autoridades militares reportaram 11 guerrilheiros mortos. Mais tarde, no município de Tame, Arauca, a 390 quilômetros da capital colombiana, o exército informou que foram 13 rebeldes mortos.

"A operação, realizada por unidades do Exército Nacional e da Força Aérea, se iniciou na madrugada de domingo na aldeia de Las Nubes do município de Puerto Rondón, quando os integrantes do bloqueio oriental das Farc se concentravam em um acampamento com o propósito de avançar uma ação terrorista", informou o comunicado à imprensa.

Além disso, a nota diz que os insurgentes mortos pertenciam à coluna móvel "Alfonso Castellanos" das Farc. Segundo as Forças Militares, essa coluna rebelde e seu líder, conhecido como "Franklin", são responsáveis por ações "terroristas" contra a população civil, a infraestrutura econômica de Arauca e a Força Pública, "sendo a mais demencial o assassinato de 14 soldados da Décima Oitava Brigada em 24 de agosto do ano passado, no Silio Flor Amarillo do município de Tame".

O informe oficial agregou que nas três primeiras semanas de 2014 foram mortos 18 integrantes das Farc e do também rebelde Exército de Libertação Nacional (ELN). No mesmo período, 40 guerrilheiros foram capturados e outros 66, desmobilizados. Desde o fim de 2012, o governo do presidente Juan Manuel Santos e os rebeldes das Farc negociam em Cuba um processo de paz para colocar fim a meio século de guerra.

Na semana passada, porém, a guerrilha informou que não iria renovar um cessar-fogo unilateral com o qual se comprometeu no fim do ano passado por causa da agressividade das recentes ações militares colombianas contra os rebeldes. Fonte: Associated Press.

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