O humorista Gustavo Mendes, conhecido por imitar Dilma Rousseff, deixou algumas pessoas irritadas durante o seu show na cidade de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, nessa sexta-feira (30). Enquanto fazia seu número de stand up, Gustavo foi interrompido por supostos eleitores do presidente Jair Bolsonaro que não gostaram do teor das piadas.
Chamado de "fascista", Gustavo Mendes expulsou da plateia as pessoas que o xingaram no meio do show. "Eu não tenho problema nenhum em expor minha opinião política. Pode levantar vocês aí. Eu devolvo o dinheiro e quero vocês fora. Tchau", disse o humorista, sob forte aplauso da plateia. Segundo o advogado João Gabriel Prates, que esteve na apresentação, relatou no Twitter, as pessoas que se sentiram ofendidas chamaram a polícia e registraram um boletim de ocorrência contra Gustavo.
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"Finalizando a noite, a dupla de advogados à disposição do Gustavo, já que os fascistas chamaram a polícia e registraram B.O. A censura violenta vem crescendo no Brasil, mas a firmeza de artistas como ele nos enche de esperança. Luta de segue!", escreveu o jurista, compartilhando uma foto com o humorista. Gustavo Mendes ainda não se pronunciou sobre o caso.
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Em julho, o humorista passou por uma situação parecida dois dias antes de apresentar o show de comédia em Governador Valadares, também em Minas Gerais. Na época, o intérprete de Amadeus no humorístico "Xilindró", do Multishow, declarou que a sua peça estava sofrendo boicote.
"É a primeira vez que me deparo com uma situação de "boicote", no primeiro momento eu gargalhei, mas logo passei a me preocupar profundamente, pois conheço muito bem Governador Valadares, sei de seu povo generoso, acolhedor e amável. De onde então sai esse tipo de gente? Não sei, ratos não costumam ficar muito fora de seus ninhos", escreveu.
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