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As famílias brasileiras melhoraram a percepção sobre suas finanças no futuro, o que contribuiu para o avanço na confiança dos consumidores em fevereiro, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). Porém, o resultado ainda não deve se traduzir em vendas de bens duráveis, já que a intenção de compra desses produtos continua em queda.

Neste mês, a confiança dos consumidores subiu 2,1 pontos ante janeiro, a segunda alta consecutiva. O quesito que mais contribuiu foi o grau de satisfação com a situação financeira das famílias nos meses seguintes, que aumentou 5,9 pontos, para 76,1 pontos, o melhor resultado desde fevereiro de 2015 (77,6 pontos).

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Na direção contrária, a intenção de compras com bens duráveis recuou 6,0 pontos, atingindo o menor nível da série histórica, iniciada em setembro de 2005.

Em relação ao momento atual, o indicador que mede o grau de satisfação dos consumidores com a situação econômica corrente saiu de seu menor nível, atingido em janeiro, e avançou 2,2 pontos, para 73 pontos. "Na análise da tendência por médias móveis trimestrais esse é o primeiro resultado positivo após uma sequência de 18 quedas consecutivas", destacou a FGV.

O ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, disse nesta segunda-feira (15) que o principal ajuste econômico a ser feito agora é aumentar a flutuação do câmbio. De acordo com ele, isso vai levar o câmbio a se apreciar um pouco mais. Ele acrescentou também que a medida da depreciação vai depender do quanto vai se avançar na questão fiscal. "Na questão fiscal, tem que elevar gradualmente o primário. Isso melhora a previsibilidade da política macroeconômica e resolve parte dos problemas que temos hoje de sustentabilidade fiscal", disse Barbosa, que participou do 11º Fórum de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Perguntado sobre o que seria uma política fiscal sustentável, o ex-secretário respondeu que seria o primário subindo para um nível de 2,0% em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) num período de dois anos ou até um pouco mais.

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