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Cheio de humor e carisma, Rodrigo Simas roubou os holofotes do Encontro na manhã desta sexta-feira, dia 21, e aproveitou a oportunidade para falar sobre o seu novo projeto, Prazer, Hamlet. A peça teatral está em cartaz em São Paulo e tem o ator como personagem principal do monólogo. Rodrigo contou que foi convidado especialmente por Ciro Barcelos para viver Hamlet e conquistar todo o coração do público.

Mas como nem tudo são rosas, o ator também confessou que considera toda a produção um grande desafio e quase precisou abrir mão da produção por um conflito de datas, mas quando é para ser, acontece, né? E no final deu tudo certo.

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- É um desafio duplo. Não só por ser monólogo, mas também por ser Shakespeare. Quando eu recebi o convite do Ciro Barcelos, que é o autor e diretor da peça, meu coração bateu forte. Eu não sabia quando eu ia fazer por causa de datas.

Mas sabia que ele quase desistiu de tudo no meio do processo? É isso mesmo, apesar de estar recebendo uma enxurrada de elogios por sua incrível atuação, Rodrigo pensou em abrir mão do papel por medo de não ser a escolha perfeita.

- É um desafio, e quando eu pensei em pensei em desistir foi realmente um medo que eu tive e coincidentemente tem muito a ver com a peça, que é um ator se preparando para viver Hamlet no teatro no dia seguinte. Então quando eu fui ver, eu estava vivendo a peça. Eu falava coisas que eu estava sentindo, eu falava falas de: Eu tenho medo, mas eu preciso ser corajoso.

E não para por aí! O bonitão se jogou de corpo e alma, literalmente, no projeto e não está nem um pouco inibido em se mostrar como veio ao mundo. Ao ser questionado por Patrícia Poeta sobre a nudez artística que encena nos palcos, o ator riu e comentou:

- Estou ali entregue no palco, não tem nada gratuito. É muito usado pelo Ciro na direção dele como uma metáfora, do jeito que ele cuidou de Hamlet, então não me incomoda, é muito artístico, e ele ainda brincou: Mas se as pessoas quiserem assistir por causa disso, que elas sejam atravessadas pela arte!

O ator Riz Ahmed (O Som do Silêncio) foi escalado como Hamlet na nova adaptação do clássico de Shakespeare, dirigido por Aneil Karia (Surge).

Em entrevista ao Deadline, eles disseram que se trata de uma versão moderna do conto: “Este é um Hamlet sobre raça, privilégio, corrupção – e se acertar as coisas significa incendiar toda a velha ordem. Este Hamlet pertence a uma rica família indiana britânica que compra seu caminho para o estabelecimento inglês a um grande custo pessoal. É uma história urgente contada de forma ousada, que prenderá o espectador e não o soltará mais”

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Karia e Ahmed desejam apresentar a história para um público mais amplo, com elenco diverso no cenário contemporâneo de Londres “Como sul-asiáticos também estamos profundamente conectados ao que essas histórias tratam – temas como família, honra e dever. Então, nosso objetivo é dar vida a Hamlet, definindo-o em nossa própria comunidade”.

Michael Lesslie (Macbeth) será responsável pelo roteiro. O elenco inclui Morfydd Clark como Ofélia e Joe Alwyn como Laertes.

Riz Ahmed e Aneil Karia já trabalharam juntos anteriormente em “The Long Goodbye” (2020), que venceu o Oscar de “Melhor Curta-Metragem em Live Action” neste ano.

Por Maria Eduarda Veloso

O ator britânico-paquistanês Riz Ahmed, conhecido pelo filme “Rogue One: Uma História Star Wars” e pela minissérie “The Night Of”, está cotado para protagonizar a nova adaptação do clássico “Hamlet”, de William Shakespeare.

De acordo com o The Hollywood Reporter, a nova adaptação ainda não possui muitos detalhes, mas será uma versão moderna do clássico e deve se passar em uma Londres dos dias atuais. Mike Lesslie (Macbeth: Ambição e Guerra) assina o roteiro.

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A clássica peça de Shakespeare conta a história de um jovem príncipe dinamarquês que procura vingança após a morte de seu pai, que foi vítima de um golpe pelo próprio irmão. A trama foi adaptada para o cinema diversas vezes, mas a versão mais conhecida é de 1948, que foi dirigida e protagonizada por Laurence Olivier e ganhou quatro Oscars, incluindo na categoria de “Melhor Filme”. Outras versões incluíram os atores Kenneth Branagh, Ethan Hawke e Mel Gibson protagonizando o clássico personagem.

Hamlet, a obra de William Shakespeare que gira em torno de uma luta familiar pela coroa da Dinamarca, será apresentada em Pyongyang por uma companhia de teatro inglesa. A companhia de teatro Shakespeare's Globe de Londres atuará em setembro de 2015 na Coreia do Norte como parte de uma turnê para celebrar o 450º aniversário do nascimento do dramaturgo inglês.

A data exata ainda não foi confirmada, declarou uma porta-voz do teatro. Na obra, o príncipe Hamlet acaba assassinando seu tio Claudius, um usurpador do trono, em um desenlace que lembra a execução de Jang Song-Thaek em dezembro de 2013, ordenada por seu sobrinho e líder norte-coreano Kim Jong-Un.

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O teatro britânico pretende enviar uma pequena companhia de atores para representar Hamlet em todos os países do mundo, começando no dia 23 de abril, data do nascimento de Shakespeare. "Levamos a obra a Coreia do Norte como parte de uma turnê de dois anos por todos os países do mundo", declarou a porta-voz.

O espetáculo PPP@WllmShkspr.Br, do grupo teatral Parlapatões, estará em cartaz na Caixa Cultural Recife, no Bairro do Recife, desta quinta (20) a sábado (22). A comédia, considerada uma das mais divertidas da carreira de mais de 22 anos da companhia, terá sessões às 20h e uma extra às 17h do sábado (22). Os ingressos custam R$ 20 e R$ 10 (meia) e serão vendidos a partir desta quarta (19) na bilheteria da Caixa Cultural. 

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O título da peça é uma forma de dizer que a montagem é baseada na obra completa de William Shakespeare, numa versão abreviada. Os textos são dos atores americanos Adam Long, Jess Borgeson e Daniel Singer, com tradução de Barbara Heliodora e direção de Emílio Di Biasi. O espetáculo foi encenado pela primeira em 1998, quando foi apresentada cerca de 500 vezes e integrou os principais festivais de teatro brasileiros. 

A nova versão da montagem segue a construção de Di Biasi, com a roupagem, cenário e figurinos originais. No elenco, os veteranos Hugo Possolo e Raul Barretto trazem o ator Alexandre Bamba para compor o trio que, em 90 minutos, resume de forma cômica todas as peças de Shakespeare.

E de fato todos os trabalhos para o palco escritos por William Shakespeare estão presentes no espetáculo, que dá mais destaque à Romeu e Julieta e ao clássico Hamlet. Nas cenas, os embates por reinos, coroas e poder são comparadas a uma disputada partida de futebol, enquanto os versos de Otelo surgem na forma de um rap.

Parlapatões

O grupo nasceu em 1991, em São Paulo, e trabalha a comédia, o circo e o teatro de rua. O espetáculo Parlapatões, Patifes e Paspalhões, que deu nome ao grupo, transportou a trupe às salas de espetáculo. Depois de 23 anos, o grupo se consolidou nacionalmente e mantém o foco na pesquisa artística e realização de turnês com seu repertório. 

Serviço

PPP@WllmShkspr.Br

De quinta (20) a sábado (22) | 20h (sessão extra no sábado, às 17h

Caixa Cultural Recife (Av. Alfredo Lisboa, 505 – Bairro do Recife Antigo)

R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) 

(81) 3425 1900 / 34254 1915

Sob a concepção e direção de Ron Daniels, que volta ao Brasil depois de 12 anos, o espetáculo Hamlet chega ao Recife nesta sexta (03) e sábado (04), às 21h, e domingo (05), às 19h, no Teatro Santa Isabel. Com 15 atores em cena para contar a tragédia enigmática, a peça traz o ator Thiago Lacerda como o príncipe dinamarquês. 

Para enfrentar o desafio de encarnar o mítico personagem que proferia emblemática frase "Ser ou não ser, eis a questão", o ator Thiago Lacerda contou com a batuta do diretor anglo­brasileiro Ron Daniels, hoje, um dos Diretores Associados da Royal Shakespeare Company (Nova York). Hamlet é o seu retorno aos palcos brasileiros.­ Sua última encenação no Brasil foi Rei Lear, em 2000, protagonizada pelo ator Raul Cortez.

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Além de Thiago Lacerda, estarão em cena os atores Antonio Petrin, Selma Egrei, Sylvio Zilber, Eduardo Semerjian, Anna Guilhermina, André Hendges, Chico Carvalho, Everson Romito, Fernando Azambuja, Marcelo Valente Lapuente, Marcos Suchara, Rafael Losso, Ricardo Nash e Rogério Romera. Os ingressos variam entre R$ 30 e R$ 60 e está à venda na loja Samsung Experience, do Shopping Recife. 

Serviço

Hamlet

Sexta (03) e Sábado (04), às 21h, e Domingo (05), às 19h

Teatro Santa Isabel (Praça da República, s/n - Santo Antonio) 

R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia­entrada)

Classificação etária: 14 anos

(81) 3355 3323

Algum lugar entre o teatro e o cinema, entre a memória e o efêmero. É nessa intersecção que se coloca o Wooster Group, afamado coletivo de Nova York que vem à cidade para apresentar dois espetáculos: Hamlet, de Shakespeare, e Vieux Carré, de Tennessee Williams.

Representante do cenário off-Broadway, o Wooster tornou-se conhecido pela maneira como interage com outras linguagens, em especial a cinematográfica, em suas montagens. "Estou usando técnicas do filme para revigorar o teatro. É difícil saber se isso realmente contribui com alguma coisa, mas é muito divertido", diz a diretora e fundadora do grupo Elizabeth LeCompte. Além dos espetáculos, a mostra que acontece no Sesc Pompeia prevê uma seleção de filmes e registros realizados pela companhia.

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Em Hamlet, que o público assiste de hoje a domingo, LeCompte mescla suportes e tempos. Integra, à performance dos atores, trechos filmados de uma outra montagem da clássica história do príncipe da Dinamarca. Dirigida por John Gielgud, a produção da Broadway estreou em 1964 e era protagonizada por Richard Burton. Foi gravada, ao vivo, de 17 ângulos por câmeras diferentes. Editada como um filme, estreou nos cinemas e significava, àquela época, uma nova maneira de observar o teatro.

Em sua versão, o Wooster Group empreende o processo contrário: reconstrói o espetáculo a partir do filme. Tenta reproduzir, com a máxima fidelidade, os movimentos e a interpretação daquela peça perdida no tempo. "Nossa concepção surgiu de uma conversa com essa criação anterior. A relação entre o nosso Hamlet e a produção de 1964 é como se fosse um relacionamento entre Hamlet e seu pai. É um fantasma que devemos obedecer e deixar para trás", observa LeCompte.

O espetáculo aprofunda a investigação da companhia sobre a condição de efemeridade inerente ao teatro. Tentativas semelhantes já haviam sido feitas em suas criações anteriores. Em 2003, eles remontaram As Três Irmãs, de Chekhov, fazendo explícitas menções a uma montagem do mesmo texto feita 20 anos antes. "Quando trabalho, não estou tão preocupada com o resultado", comenta a encenadora. "Mas tentando entrar em contato com alguma coisa que já se foi, que está partindo, escapando, assim como acontece na memória. Minha vontade não é só capturar essas coisas, e sim vê-las uma a uma, estar dentro delas ou hospedá-las em mim."

A relação com a memória e sua fragilidade se espraia para a outra produção que o Wooster encena aqui. Entre os dias 22 e 24, o público terá a chance de acompanhar Vieux Carré: apropriação que o grupo faz do texto de Tennessee Williams.

HAMLET - Sesc Pompeia. R. Clélia, 93, 3871-7700. 5ª a sáb., 20 h; dom., 19 h. R$ 24. Até 17/3 - www.sescsp.org.br/SESC/

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Um dos mais respeitados grupos teatrais do Nordeste, o Clows de Shakespeare, estreou, nesta sexta (18), sua montagem do clássico do teatro mundial Hamlet. A apresentação aconteceu no Teatro de Santa Isabel, dentro da programação do 19º Janeiro de Grandes Espetáculos. O grupo tem uma programação intensa durante o festival, com a apresentação de mais duas peças, a realização de uma oficina e o lançamento do projeto Cartografia do Teatro de Grupo do Nordeste.

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Com direção de Márcio Aurélio, um dos mais importantes diretores da cena contemporânea do teatro brasileiro, a releitura do clássico de Shakespeare empolgou a plateia, que reagiu em vários momentos da peça. O texto, escrito há quatro séculos, é ainda atual no que diz respeito às relações humanas e à fraqueza pelo poder. "O que acontece na peça é o que acontece desde sempre", opina o diretor Márcio Aurélio, pela primeira vez trabalhando em conjunto com o Clows de Shakespeare.

Foram cerca de três meses de preparação para a montagem, que teve a difícil missão de revisitar talvez o mais encenado e referenciado texto teatral de todos os tempos. Apesar da linguagem e da história serem antigas, o grupo e o diretor tiveram o cuidado de atualizar a cena, trazendo referências contemporâneas ao espetáculo. A trilha sonora tem guitarras roqueiras e há um microfone no palco usado para algumas falas, dando em alguns momentos um ar de show ao espetáculo.

Há ainda comentários nos diálogos, quase cacos, e até piadas metalinguísticas, como quando da chegada da trupe de atores que visitam Hamlet, identificada como Clows de Shakespeare. Em diferentes momentos, o riso foi despertado na plateia, que se manifestou várias vezes.

Mas a força do texto de Shakespeare se impõe, e a encenação foca nos diálogos e atores, fazendo pouco uso de piruetas técnicas. O cenário é enxuto, com poucos objetos, e nada literal. A luz do espetáculo é muito bem desenhada e proporciona momentos muito plásticos, com destaque para a aparição do fantasma do rei a Hamlet. A simplicidade cênica é explicada pelo diretor Márcio: "Os recursos da época em que a peça foi escrita eram mínimos. Shakespeare e seus atores acreditavam numa relação direta com o público". Ao fim, o grupo foi aplaudido de pé.

À frente do palco, o jovem Hamlet proclama sua cólera: "Quer tirar um sarro da minha cara?", questiona. "Me acha um frouxo?" O sentido da sua revolta é o mesmo daquele eternizado no clássico de William Shakespeare. Mas as palavras que esse príncipe usa não são aquelas que costumamos associar ao bardo. Na montagem que abre temporada nesta sexta no Teatro Tuca, o herdeiro do trono da Dinamarca fala um português nada castiço. "Procura uma forma íntima, brasileira, de chegar ao ouvido da plateia", observa Thiago Lacerda, ator que encarna o personagem-título.

Uma tradução que livrasse o texto de floreios desnecessários foi uma das principais preocupações do diretor Ron Daniels. "De que servem palavras complicadas que o público não entende? O que me interessa é o pensamento do Shakespeare. Ele não estava escrevendo poesia, mas teatro, ação", diz Daniels, que traduziu a peça ao lado de Marcos Daud. "Me sinto muito confortável com Shakespeare. Não é o texto que é intocável, é o seu conteúdo que é maravilhoso."

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Especialista na obra do dramaturgo inglês, o brasileiro Ronaldo Daniel transferiu-se para a Inglaterra em 1964. Lá, foi diretor da Royal Shakespeare de Stratford-upon-Avon, cidade natal do escritor. Mundo afora, também já conduziu dezenas de montagens de seus textos, entre elas cinco versões de Hamlet. "E a cada vez com uma visão completamente diferente", acredita.

Na primeira delas, durante os anos da ditadura militar no Brasil, revestiu a tragédia de sentido político. Depois, imprimiu uma aura "espiritual" à criação. Mais adiante, concebeu a imagem de um Hamlet doméstico, um menino doente que, noite e dia, vagava pela casa de pijama. "De certa forma, esse espetáculo de agora é uma redescoberta do texto, mas também uma síntese de todas as outras montagens. Uma radicalização de todas as ideias que já tinham aparecido antes", comenta o encenador, que não trabalhava com teatro no Brasil desde 2000, quando dirigiu Raul Cortez em "Rei Lear".

Ainda que seja sua primeira incursão pela dramaturgia de Shakespeare, Thiago Lacerda já estava, de certa maneira, familiarizado com as crises de consciência do mais representado personagem da dramaturgia ocidental.

Coincidentemente, o jovem atormentado que o ator vive agora guarda suas semelhanças com "Calígula", protagonista da obra de Albert Camus que ele interpretou recentemente no teatro, sob a direção de Gabriel Villela. "Tenho certeza que o Camus foi beber em Hamlet. São dois personagens existencialistas, que exercitam constantemente o livre-arbítrio, que vivem uma liberdade sem limites." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

HAMLET

Tuca (Rua Monte Alegre, 1.024, Perdizes). Tel. (011) 4003-1212. 6ª e sáb., às 21 h; dom., 19 h. De R$ 40/ R$ 50. Até 16/12.

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