Tópicos | hassan rohani

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o seu homólogo iraniano, Hassan Rohani, mantêm neste sábado (11) à tarde uma conversa telefônica, depois que o Irã admitiu que abateu, por engano, um avião da companhia Ukraine Airlines International, matando todos os 176 pessoas a bordo.

Zelensky terá "uma conversa telefônica com o Presidente da República islâmica do Irã, Hassan Rohani, às 17h (12h, em Brasília)", após a qual "falará ao povo ucraniano", informou um comunicado da presidência ucraniana.

##RECOMENDA##

"Os nossos especialistas em Irã tiveram acesso a todas as fotografias e vídeos e outras informações necessárias para analisar os processos em curso em Teerã", informa ainda o comunicado, que manifesta confiança de que o Irã vai realizar um inquérito "rápido e objetivo".

Neste sábado, o presidente da Ucrânia exigiu a punição dos responsáveis pelo abate, além do pagamento de indenizações por parte do governo iraniano.

"A manhã trouxe a verdade. A Ucrânia insiste no pleno reconhecimento de culpa. Esperamos do Irã que leve os culpados à justiça, devolva os corpos, pague uma indenização e publique um pedido de desculpas oficial", escreveu Volodymyr Zelensky na sua conta do Twitter.

"A investigação tem de ser completa, aberta e deve continuar sem atrasos ou obstáculos", acrescentou.

O Irã admitiu hoje que o avião ucraniano que caiu na quarta-feira (8) em Teerã foi abatido inadvertidamente por militares iranianos.

Nas redes sociais, o presidente do Irã afirmou que o país "lamenta profundamente" ter abatido um avião civil ucraniano, sublinhando tratar-se de "uma grande tragédia e um erro imperdoável".

O Boeing 737 da companhia Ukrainian Airlines caiu na quarta-feira nos arredores de Teerã. A maior parte das vítimas era iranianos e canadenses, mas também havia afegãos, britânicos e suecos, além de 11 ucranianos, nove dos quais membros da tripulação.

O acidente ocorreu horas depois do lançamento de 22 mísseis iranianos contra duas bases da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, em Ain Assad e Erbil, no Iraque, em uma operação de vingança pela morte do general iraniano Qassem Soleimani.

Teerã continua "aberta" à negociação, após o fracasso da tentativa francesa de aproximar americanos e iranianos, à margem da Assembleia Geral da ONU em Nova York - declarou o presidente Hassan Rohani, nesta quarta-feira (2).

O Irã estava preparado para "manter uma negociação frutífera", destacou Rohani, em referência às 48 horas de esforços diplomáticos em Nova York, em 23 e 24 de setembro, por parte do presidente francês, Emmanuel Macron, para tentar estabelecer um diálogo entre Rohani e o presidente americano, Donald Trump.

"Do meu ponto de vista, o caminho (do diálogo) continua aberto", afirmou Rohani durante um conselho de ministros.

"Quero agradecer ao presidente francês. Fez todo o possível durante as 48 horas, e em particular durante (as últimas) 24 horas de sua estada em Nova York", completou Rohani.

De acordo com o presidente iraniano, a França havia preparado um plano que, "de certa maneira, poderia ter sido aceitável e, se alguém impediu que tivesse êxito, foi a Casa Branca, mais ninguém".

Em pleno "auge das negociações diplomáticas, o presidente americano, por duas vezes em 24 horas, anunciou claramente que queria intensificar as sanções contra o Irã", lembrou Rohani.

"Dissemos aos nossos amigos europeus: 'está bem, mas em quem devemos acreditar? No que vocês estão dizendo, que os Estados Unidos estão dispostos (a retirar as sanções), ou no que afirma o presidente americano?'", completou o iraniano.

Em nenhum momento do discurso, Rohani afirmou se estava prevista uma eventual conversa com Trump.

O governo iraniano disse estar disposto a negociar com os Estados Unidos, caso Washington suspenda suas sanções contra Teerã - anunciou o presidente Hassan Rohani nesta terça-feira (6).

"A República Islâmica do Irã é favorável às negociações e, se os Estados Unidos quiserem realmente conversar, antes de mais nada têm de suspender todas as sanções", declarou Rohani na televisão.

Depois de se retirar em maio de 2018 do acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano firmado em 2015, Washington restabeleceu uma série de sanções econômicas contra Teerã, acusado de desestabilizar a região.

Desde então, as tensões aumentaram entre ambos os países.

Em julho, o Irã deixou de cumprir alguns compromissos do acordo e ameaça continuar nesse caminho, se os demais Estados-parte (Reino Unido, Alemanha, França, China e Rússia) não o ajudarem a evitar as sanções americanas, que asfixiam sua economia.

Nesta terça, o presidente iraniano afirmou que Teerã está disposta a negociar, mesmo que os Estados Unidos não façam mais parte do acordo.

"Queiram, ou não, fazer parte do JCPOA [as siglas do acordo de 2015], eles têm de decidir", completou Rohani.

"Se quiserem discussões, devem abrir o caminho. O caminho que leva a elas passa pelo arrependimento. Não há outras vias", insistiu, considerando que "a paz com o Irã é a mãe de todas as pazes" e, "a guerra com o Irã, a mãe de todas as guerras".

O presidente deu estas declarações do Ministério das Relações Exteriores em Teerã, onde se reuniu com o ministro Mohammad Javad Zarif.

- Ponto morto -

Em resposta, o embaixador americano para o Desarmamento, Robert Wood, assegurou que o presidente Donald Trump "estava disposto a sentar e discutir com o Irã".

"Mas não estamos seguros de que o Irã queira manter esta discussão", acrescentou.

Na segunda, Zarif confirmou ter rejeitado um convite para se reunir com Trump, apesar das ameaças de sanções.

Dois dias antes, a revista americana "The New Yorker" havia informado que o senador americano Rand Paul se reuniu com Zarif em Nova York em julho. Neste encontro, contando com o sinal verde de Trump, convidou Zarif a ir à Casa Branca.

Hoje, o presidente Rohani saiu em defesa de seu chanceler, criticado no Irã pelos partidários da linha-dura em relação aos Estados Unidos. O acordo trouxe "tantas vitórias econômicas [para o Irã] que enfureceu alguns", afirmou.

Segundo o portal de Internet do governo dolat.ir, Rohani conversou por telefone com o presidente francês, Emmanuel Macron. Durante o telefonema, ambos concordaram quanto a uma maior cooperação entre Irã e Europa.

"Infelizmente, apesar das tentativas simultâneas de Irã e França de reduzir as tensões e criar as condições favoráveis para uma coexistência pacífica na região, assistimos a medidas de escalada da parte dos Estados Unidos", teria dito Rohani a Macron, de acordo com a mesma fonte.

Desde maio, a tensão foi aumentando entre Washington e Teerã, após várias sabotagens e ataques de navios no Golfo e da destruição de um drone americano por parte do Irã.

A derrubada do drone fez surgir o medo de uma escalada no conflito. No último minuto, Trump afirmou que havia cancelado um ataque de represália ao Irã, após enviar mais soldados para a região.

"Se quiserem segurança, se seus soldados quiserem segurança na região, [então aceitem] a segurança em troca de segurança", disse Rohani nesta terça.

Pouco depois, o ministro iraniano da Defesa, general Amir Hatami, apresentou três novos tipos de mísseis teleguiados de precisão. Segundo ele, são a prova da capacidade do Irã de se defender diante "da traição e das conspirações" americanas.

Nesse contexto, a captura por parte do Irã de três petroleiros estrangeiros no Golfo em menos de um mês avivou a pressão.

O segundo incidente de barco interceptado, um navio sueco com bandeira britânica, aconteceu 15 dias depois de as autoridades britânicas capturarem, em 4 de julho, um petroleiro iraniano frente a Gibraltar, no sul da Espanha.

"É impossível que o Estreito de Ormuz esteja livre para vocês e que o Estreito de Gibraltar não esteja (livre) para nós", frisou Rohani.

Teerã, 31/12/2015 - O presidente do Irã, Hassan Rohani, ordenou a aceleração da produção de mísseis em resposta aos planos norte-americanos de impor novas sanções ao país. Rohani diz que o Irã não aceitará quaisquer limitações ao seu programa de mísseis, que, segundo ele, não faz parte do acordo nuclear alcançado com as potências mundiais em julho. A ordem de acelerar o programa foi apresentada por meio de em uma carta ao ministro da Defesa, publicada no site do presidente nesta quinta-feira.

Um oficial sênior dos EUA disse à agência Associated Press na quarta-feira que o país está considerando designar alvos adicionais para as sanções relacionadas com o programa de mísseis balísticos do Irã. Os EUA dizem que o programa de mísseis está "completamente separado" do acordo nuclear. Fonte: Associated Press.

##RECOMENDA##

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando