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Uma equipe de observadores da Organização das Nações Unidas (ONU) entrou nesta quinta-feira no vilarejo de Heffa, após tropas do governo sírio terem retomado a área perto da costa do Mediterrâneo, depois de combates que se alastraram por oito dias. A visita ocorreu algumas horas após um suicida detonar seu veículo cheio de explosivos em um subúrbio de Damasco, ferindo 14 pessoas e danificando um dos mais sagrados santuários da minoria xiita na Síria, informou a agência estatal de notícias Sana.

Sausan Ghosheh, uma porta-voz dos observadores, confirmou que a equipe da ONU conseguiu entrar em Heffa e testemunhas que viajam com os observadores confirmaram que viram cenas de destruição e combates pesados, incluídos prédios do governo queimados e um corpo largado em uma rua deserta.

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Os observadores tentavam entre em Heffa, na província costeira de Latakia, há vários dias. Foi levantada a suspeita de que um assalto brutal das tropas do governo estava ocorrendo contra o vilarejo.

Ainda não está claro se o ataque a bomba desfechado nesta quinta-feira no subúrbio de Sayyida Zainab, em Damasco, tinha na mira o santuário xiita ou uma delegacia de polícia que fica a 15 metros do prédio religioso. Testemunhas dizem que o suicida detonou o artefato na van que dirigiu para um estacionamento a 50 metros do santuário, apesar de esforços feitos por guardas para parar o veículo. A explosão destruiu as janelas da mesquita e ruiu alguns dos mosaicos que decoram as paredes. Algumas partes do veículo detonado pelo agressor foram encontradas dentro do santuário.

A agência Sana disse que 14 pessoas ficaram feridas pela explosão em Damasco. Seis ônibus de turistas e mais de 30 automóveis, bem como um micro-ônibus da polícia, foram danificados. "Eu trabalhei 10 anos para poder comprar esse carro" disse Amin Daoud, um trabalhador de 35 anos que estava perto do local do atentado. "Eu estacionei o carro ali ontem à noite e agora ele foi totalmente destruído", disse o trabalhador.

Um segundo carro-bomba foi explodido nesta quinta-feira em Idlib, no norte do país. O alvo da explosão em Idlib foi um posto de verificação do Exército, informou o grupo Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, acrescentando que vários soldados foram mortos e feridos no ataque. O Observatório também informou que três civis foram mortos em um confronto entre soldados e insurgentes na entrada do bairro de Jouret el-Shayyah, em Homs, que está há dias sob fogo das forças do regime.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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