Tópicos | Hilda Brekenfeld

A disputa por empregos fica cada vez mais acirrada em cenários de crise e desemprego, quando há mais pessoas procurando trabalho do que vagas disponíveis. Além disso, o aumento da demanda por qualificação está deixando os currículos dos candidatos muito parecidos. Nesse cenário, a imagem dos candidatos a vagas de emprego se torna um fator decisivo, sendo a linguagem corporal um fator de forte influência para a opinião do entrevistador a respeito do candidato. 

O LeiaJá entrevistou a consultora de imagem e comportamento Hilda Brekenfeld para entender como a linguagem corporal é entendida pelas pessoas responsáveis por seleções de emprego, o que nunca deve ser feito numa entrevista e como utilizar a linguagem corporal a seu favor.

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Hilda explica que a importância da linguagem corporal se dá porque o ser humano é muito visual, reagindo primeiro ao que vê e formando conceitos sobre as outras pessoas, até inconscientemente, com base nisso. Nossa postura corporal e nossos gestos têm uma ligação inconsciente com o que pensamos e sentimos, segundo Hilda, mas ela afirma que quando entendemos como isso funciona, é possível controlar o corpo e usar a linguagem corporal ao nosso favor.

No contexto de uma entrevista de emprego, de acordo com a consultora de imagem, é preciso que os candidatos mantenham uma postura aberta e receptiva, não cruzando braços nem pernas. “Quando alguém está nos explicando algo e a gente fica de braços cruzados, parece que não está dando importância ao que está sendo dito. É melhor ficar de coluna ereta e com o braço apoiado na cadeira, na mesa ou no colo. Quando estamos nervosos e cruzamos as pernas, a gente tende a balançar o pé, o que pode passar a ideia de nervosismo, é melhor cruzar só os tornozelos, ou manter as pernas em 90 graus”, explica Hilda. 

Algumas posições ou movimentos podem ser vistos de forma negativa pelos entrevistadores. De acordo com Hilda, roer ou mexer nas unhas e balançar o pé indicam nervosismo, que é uma característica indesejada para os empregadores; mexer muito no cabelo, especialmente para as mulheres, pode ser interpretado como uma tentativa de sedução ao entrevistador. 

Ela também destaca a importância de deixar o celular desligado, nem mesmo no modo de vibrar, pois se o candidato sente a vibração do aparelho, isso pode desviar a atenção ou provocar tensão. Hilda também alerta para o modo de se sentar na cadeira, que não deve ser muito relaxado para não passar a ideia de que a pessoa não está levando a situação a sério e poderia ser relaxada com assuntos da empresa caso seja contratada. 

Além do corpo em si, algumas atitudes dos candidatos também contribuem muito para a formação da imagem que o entrevistador vai ter do candidato. “Ouça tudo com atenção, deixe o outro falar, olhe nos olhos, tenha um aperto de mão firme e sem pegar nos dedos, sem balançar o braço, conforme diz a regra de etiqueta. Sempre fale a verdade, seja claro e cumprimente todas as pessoas no local”, destaca ela.

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