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O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o ministro da Economia, Paulo Guedes, e comentar a entrevista que concedeu à revista Veja na semana passada. Em evento da Caixa Econômica Federal nesta segunda-feira (27), o chefe do Executivo afirmou, contudo, que se fosse trocar o comandante da Economia, seria por alguém com política diferente da dele.

"A revista Veja perguntou para mim se eu trocaria o Paulo Guedes. Ah, trocar o Paulo Guedes, se for para trocar tem que trocar por alguém com política diferente da dele. Se não, é trocar seis por meia dúzia", afirmou Bolsonaro. "Se não tivesse alguém com a garra dele, será que teria caído apenas, o que é bastante, 4%?", questionou o presidente, citando o encolhimento da economia brasileira em 2020, primeiro ano da pandemia.

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Em uma nova defesa de Guedes, o chefe do Executivo ainda citou o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) que disse que o desempenho econômico do Brasil tem sido melhor que o esperado.

"Qual economista queria estar no lugar dele, com aquela pandemia, tendo que fazer coisas completamente diferentes daquilo que ele se preparou ao longo de toda a sua vida?", questionou Bolsonaro.

No primeiro dia da semana em que participará de vários eventos para marcar os mil dias de governo, Bolsonaro afirmou ainda, durante o evento, que viajará nos próximos dias não apenas fazendo entregas de obras, mas "mostrando o que está acontecendo".

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, destacou nesta terça-feira, 21, que uma das hipóteses com a qual a Polícia Federal trabalha nas investigações dos boatos sobre o fim do Bolsa Família é de um ato planejado. "Evidentemente houve uma ação de muita sintonia em vários pontos do território nacional, o que pode ensejar a avaliação de que alguém quis fazer isso deliberadamente, planejadamente, articuladamente.", afirmou após a cerimônia em que assinou atos com o governo e prefeituras de Goiás do Programa "Crack, é possível vencer".

Cardozo disse não ser possível tipificar o crime que houve, o que ocorrerá apenas após identificado o que motivou a situação. Ele garantiu, porém, que punirá os responsáveis, assim que identificados. "Garanto, a partir do momento em que conseguirmos identificar os responsáveis por isso, independente de quem seja, nós faremos a lei agir", ressaltou.

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Um dia depois de a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, acusar a oposição de espalhar os boatos, o ministro da Justiça disse que seria leviano afirmar que a motivação para o ato foi política. "As pessoas podem ter suas teses, suas impressões, mas o ministro da Justiça tem que fazer que a Polícia Federal conduza com absoluta imparcialidade e republicanismo a investigação."

Embora não tenha adiantado dados sobre as investigações da PF, para as quais se negou também a dar um prazo de término - a legislação determina 30 dias, prorrogáveis - o ministro concordou que a quantidade de Estados atingidos pelo falso rumor gera um alerta. "Não é um delito fácil de ser investigado por força da atuação difusa em todo o território nacional. Isso chama a atenção. Não podemos afastar a hipótese de ter havido algum tipo de orquestração desse boato."

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