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Uma nova medida do Plano Nacional de Educação, documento elaborado pelo Ministério da Educação (MEC), institui que, até 21 de julho de 2021, todos os cursos de graduação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) precisarão contar com 10% de sua carga horária voltada para atividades de extensão. A curricularização será implementada em conjunto pelas Pró-Reitorias de Graduação (Prograd), de Extensão e Cultura (Proexc).

A pró-reitora de graduação da UFPE, Magna Silva, lembra que a extensão é o meio pelo qual o conhecimento adquirido na universidade dialoga e é aplicado na sociedade, sendo um importante aspecto para a formação do estudante. O princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão é garantido pela Constituição Federal de 1988. “A partir do contexto social, o curso se ressignifica, em uma via de mão dupla que retroalimenta o conhecimento produzido na universidade”, comenta a pró-reitora.

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As inserções serão definidas de acordo com o contexto de cada curso, podendo passar tanto por novas ações quanto pela regularização de outras que já existam. “É uma oportunidade histórica de recolocar a extensão do seu papel fundamental na sociedade civil, promovendo práticas dialógicas”, ressalta o pró-reitor de Extensão, Oussama Naouar. O pró-reitor conta que uma comissão foi montada para assessorar coordenadores e colegiados a inserirem as atividades de extensão nos projetos pedagógicos dos cursos.

A UFPE trabalha em um novo Sistema de Informação e Gestão de Projetos (Sigproj) e na liberação dos módulos do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (Sigaa). “A melhoria da interface digital da extensão é uma prioridade”, garante Naouar. Será necessário ainda repensar a grade curricular de cada curso. Nesse sentido, duas oficinas formativas de curricularização e elaboração de projetos de extensão serão retomadas. Os materiais do grupo de trabalho da Prograd e Proexc podem ser acessados no site da curricularização da extensão.

Em comemoração ao Dia do Voluntariado, o presidente Michel Temer e o ministro da Educação, Rossieli Soares, homologaram, na manhã desta terça (28), as diretrizes que permitem que as horas de trabalho voluntário dos alunos de escolas e universidades possam ser computadas como carga horária. De acordo com o Governo Federal, o objetivo da medida é estimular esse tipo de atuação. 

 As atividades voluntárias poderão ser incluídas na carga horária mínima do currículo ou serem contadas como horas a mais, sendo a política uma opção de cada instituição de ensino. Apenas na educação básica, as horas de voluntariado, caso sejam adotadas, deverão ser obrigatoriamente contabilizadas como acessórias e complementares ao conteúdo mínimo obrigatório. “O que estamos trazendo é a importância de termos agora a possibilidade, de acordo com as próprias instituições educacionais da educação básica e superior, de trazer o voluntariado para dentro dos seus currículos, se desejado pela instituição e, logicamente, pelo próprio voluntário”, comentou Rossieli Soares.

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O ministro elogiou o trabalho do Conselho Nacional de Educação (CNE) em prol da homologação da resolução. “Mais do que trazer os educandos brasileiros para o voluntariado, é o que o voluntariado pode fazer pela educação, pela transformação da educação do Brasil”, explicou Rossieli Soares.

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, acrescentou ainda que a resolução busca promover a utilização dos espaços escolares e universitários para ações voluntárias. “Esta valorização se dará, inclusive, dentro dos currículos acadêmicos, tendo como princípios orientadores, o desenvolvimento integral dos educandos e a articulação com as comunidades locais e o entorno escolar”, concluiu. 

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