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A Justiça de São Paulo decretou a prisão preventiva do homem de 37 anos que foi amarrados pelas mãos e pernas por policiais ao ser conduzido pela delegacia. Ele é suspeito de ter furtado duas caixas de bombom de um mercado em São Paulo, no último domingo (4). 

Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, o suspeito passou por uma audiência de custódia na segunda-feira (5) e teve sua prisão em flagrante convertida em prisão preventiva, sem prazo determinado. Após analisar o caso, a juíza responsável concluiu que não há evidências de ocorrência de tortura, maus-tratos ou violação de direitos na abordagem ao homem. 

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Segundo a magistrada, o suspeito já estava cumprindo pena em regime aberto quando cometeu o crime. Assim, ela considerou que ele quebrou a confiança da Justiça Criminal ao não cumprir o acordo de se manter longe de problemas com a lei.

No boletim da ocorrência, os policiais envolvidos alegaram que amarraram o suspeito porque ele teria resistido à prisão e os ameaçado. No registro, eles também relataram que foram acionados por uma mulher durante uma patrulha na Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, por volta das 23h50. Ela indicou que havia uma movimentação atípica em um mercado próximo.

Peritos foram ouvidos, nesta quarta-feira (1º), em audiência de instrução sobre o caso da morte do menino Henry Borel. Realizada no plenário do 2º Tribunal do Júri e presidida pela juíza Elizabeth Machado Louro, a audiência durou mais de 12 horas e teve a participação do perito legista do Instituto Médico Legal (IML) Leonardo Huber Tauil, além do perito assistente técnico Sami El Jundi, contratado pelos advogados do ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho.

O perito do IML sustentou que a principal hipótese para a morte de Henry são agressões sofridas pelo menino e ele descartou que isso possa ter ocorrido por manobras de ressuscitação. Segundo ele, é difícil afirmar que as lesões são compatíveis a uma queda da cama, que possa ter lesionado o fígado do menino.

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“O traumatismo abdominal foi de alta energia. Nos livros de abuso infantil, quedas baixas são difíceis de causar essas lesões. Eu afirmo que o trauma abdominal foi de alta energia, incompatível com a queda da cama”, disse Tauil.

Já o médico Sami afirmou que sua principal hipótese é que houve erro médico no Hospital Barra D´Or, para onde Henry foi levado por sua mãe, Monique Medeiros, e o padrasto, possivelmente por massagem cardíaca incorreta. Ele também sustentou que a autópsia feita no corpo do menino foi falha, de má qualidade, executada pelo perito do IML.

“Todas as lesões são compatíveis com os eventos narrados pela mãe e o padrasto. Não encontrei nada contrário a essa narrativa”, disse Sami, ressaltando que não constatou sinais de tortura ou maltrato crônico em Henry.

O garoto morreu no dia 8 de março de 2021 em um  apartamento na Barra da Tijuca, onde morava com a mãe e o padrasto. Laudo de necropsia do IML apontou que ele sofreu 23 ferimentos pelo corpo. A causa da morte teria sido hemorragia interna e laceração hepática. A criança sofreu lesões hemorrágicas na cabeça, lesões no nariz, hematomas no punho e abdômen, contusões no rim e nos pulmões, além de hemorragia interna e rompimento do fígado.

No dia 13 de junho, será feito o novo interrogatório de Jairinho. Monique foi dispensada, a pedido de sua defesa. A juíza Elizabeth Louro decidirá se eles vão a júri popular.

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